Aquele vazio com o coração cheio
João Silva
Parece poesia, mas não.
Trata-se de mais uma reflexão.
Sim, parece que estou a fazer de janeiro o mês dos pensamentos profundos.
No fundo, já aflorei esta questão nos últimos dias: passo meses a fio a preparar o meu grande objetivo. Corro-o, felizmente tem corrido bem, chego ao fim e depois vem um marasmo.
Não em termos de treinos, continuo a correr e a treinar todos os dias. Não dou tréguas nesse aspeto.
Porém, tenho percebido, e já lá vão três oportunidades, que a cabeça não fica logo pronta para outra.
É como se me apagassem a memória e estivesse a preparar tudo do início, do quilómetro zero.
Cria-se ali um marasmo, um hiato tão difícil de resolver. Faz-me questionar tudo, o que não é mau, mas obriga-me a perder muito tempo com coisas desnecessárias.
Não sei se acontece o mesmo por essas bandas, mas gostava de saber, claro.