Análise ao 1.º período de aplicação do conceito de higiene
João Silva
Cá em casa, o conselho administrativo foi extremamente gentil e "permitiu" que começasse a desconfinar as minhas pernas na estrada.
O princípio base seria sempre com o máximo de responsabilidade e sem descurar a constante higenização.
Devo dizer que a parte da segurança foi inteiramente cumprida.
Procurei sempre manter-me fiel ao distanciamento e ao afastamento relativamente às pessoas.
Sempre que alguém se encontrava num raio demasiado próximo, procurava seguir para o lado oposto.
Ao chegar a casa, nunca entrei sem desinfetar as mãos, mesmo tendo em conta que não toquei em nada nem ninguém nos trajetos.
Mal coube em mim de feliz por ter merecido um grande voto de confiança.
Onde estive mal, mesmo muito mal, foi no facto de não me conseguir conter e de ter feito sempre mais tempo do que o previsto e, pior ainda, logo na primeira semana, mais sessões do que o estipulado. Apesar de não me ter metido em sarilhos nem de ter colocado alguém em perigo, foi irresponsável da minha parte e só revelou que não consigo seguir inteiramente o que proponho quando se trata de algo que me diz muito.
É como se fizesse um plano e já estando a pensar na forma certa de o contornar...
Do ponto de vista técnico, arranquei com demasiada sede e comecei a sentir bem cedo que não estava preparado para correr logo mais de 1 hora.
Não parei na pandemia, mas fiz trabalho de força e bicicleta estática, o que é claramente diferente da corrida, desde logo, pelo desgaste das articulações e pelo impacto. E acabei por sofrer com isso. Esticões fortes e músculos a endurecer no final das sessões.
Uma espécie de "bem feito, eu avisei-te"!