Alongamentos: "cá deles"?
João Silva
Começo este texto por algo que nada tem a ver com o desporto e por congratular a minha mãe, que hoje faz mais um ano.
Não é pelo facto de ser minha mãe que assim tem de ser, mas, de facto, temos uma história de grande cumplicidade até aos meus 16 anos. Depois disso, o amor manteve-se mas muitos outros fatores foram criando um certo distanciamento. Ainda assim, não é motivo (nem nunca foi) para não lhe dar os parabéns. Gosto muito dela e agradeço muito o facto de ter ficado com os (alguns dos) seus genes. Saí claramente a ganhar com isso.
Terminada esta divação, falo-vos do tema desportivo de hoje: alongamentos.
Quais alongamentos?
Pois, pela boca morre o peixe. Sempre defendi e fiz alongamentos que davam para mim e para uma equipa inteira. A verdade é que isso nos faz chegar a outro patamar, sobretudo, quando o corpo precisa de "matar" o desgaste e de eliminar eventuais formações de radicais livres.
Trata-se da forma proativa mais eficaz contra lesões.
Exato. Tudo isto é muito lindo, mas desde o início de 2020, sempre na ótica de aproveitar todo o tempo disponível para fazer exercício/treinar, comecei a cortar nas sessões de alongamentos.
Consigo perceber claramente o enferrujamento do corpo, agora que estou em fase de retoma de treinos de corrida.
Desde o início da quarentena que não fiz alongamentos. Aliás, foram muito raros. Só no dia 30 de maio, após 20 km corridos, é que voltei a alongar a sério e foi triste ver um corpo que outrora foi funcional estar tão perro.
A sensação que deu foi que parei de fazer exercício, a realidade é que descurei por completo este tipo de treino tão ou mais importante do que o "ativo". E fartinho que eu estou de saber isso...Quer dizer, aparentemente, faz o que eu digo, não faças o que eu faço.