Afinal, afinal...
João Silva
Nunca tive treinador de corrida. Sempre assumi que gostava de tomar as rédeas da minha própria evolução, o que denota alguma audácia mas também excesso de confiança em alguém sem créditos firmados como é o meu caso.
Nunca critiquei o facto de alguém ter treinador. Crítico o facto de ser necessário ter um treinador para se criar motivação numa pessoa, porque considero que isso deve vir do interior de cada um.
No entanto, há que reconhecer que há um limite.
Quando queremos passar para um patamar diferente, é necessário aumentar a exigência e isso implica métodos mais duros e testes mais desafiantes.
Por muito autodidata que uma pessoa seja, não domina toda a terminologia técnica na perfeição.
Por exemplo, quando se fala em Vma, o valor máximo aeróbico, fala-se num dos pontos mais importantes dos treinos. No entanto, a literatura é confusa na hora de apresentar formas de treino, porque fala em sessões com diferentes ritmos. Há muitos textos que falam em fazer uma sessão de Vma a um ritmo de maratona. Isso é muito vago.
Um treinador saberia interpretar isso melhor e ajudaria a passar logo essa barreira para o atleta. Não vos parece?