A recaída que nunca desaparece...
João Silva
Não é um bicho de sete cabeças. É algo comum. Falo nas recaídas.
Como já disse, reeduquei-me a nível alimentar. Os meus gostos e preferências foram alterados, claramente, para melhor.
Todavia, refiro-me às recaídas de quantidades.
Bem sei o que causa esses episódios, mas, por vezes (muitas, para ser sincero), é difícil manter a consciência e a razão.
O que faço? Quando não consigo estancar a quantidade que comi e sinto que abusei, nada mais me resta do que tentar manter a calma e retomar a minha rotina assim que possível.
Não há milagres.
Emagreci mas nunca deixei de ter fome. Passei, por outro lado, a ter um aliado de peso para dar cabo do peso: o desporto. Algo que adoro e que, felizmente, vou tendo tempo para praticar, o que vai diminuindo o impacto e a gravidade dos dias mais complicados.
Nos últimos tempos, devo ter "apanhado" alguma "hormona estragada" nos meus cardápios e tenho comido mais do que gostaria. Porém, houve algo de muito bom que aprendi em tudo isto: não vou aceitar culpa nem "morrer culpado" por isso, tenho de perceber (e às vezes custa) que é normal, faz parte. No fundo, após estas recaídas, tento "fazer as pazes" comigo próprio e depois continuo onde estava.
Um aspeto fundamental é nunca perder noção de que não posso alargar a rédea, tenho de manter sempre a preocupação quanto ao peso. O risco de voltar ao que era não desaparece por ter emagrecido, apenas "desvanece".