A prova, the one and only
João Silva
A 04 de novembro de 2018, o desfecho foi maravilhoso, como se pode ver por estas duas fotos abaixo:
Um dia de chuva copiosa em que tudo foi perfeito. Alinhou-se tudo e ainda me lembro que parecia uma criança, em parte assustada, quando me vi no meio de tanta gente com a minha loucura. Apesar de ter sido apenas a primeira edição, a maratona de Aveiro, realizada em abril de 2019, em nada se pode comparar com a dimensão internacional que a maratona do Porto tem.
Aliás, para cada zona que se olhe, na Invicta respira-se apoio incondicional, alegria e um povo que nos leva em bicos dos pés até à meta. E, além de tudo isto, estas duas maratonas que já fazem parte do meu currículo não podiam ter apresentado climas mais distintos: chuva no Porto, calor tórrido em Aveiro.
O meu momento de forma em novembro era muito superior àquele com que me apresentei em Aveiro. No entanto, não se trata de comparar, porque não há forma justa de o fazer.
Trata-se, ao invés, de afirmar que os meus objetivos para o dia de hoje são, em primeiro lugar, terminar bem de saúde (vivo, como costumo dizer). Por muito "pobre" que seja, trata-se de um objetivo relevante, tal é a dureza de uma prova deste género.
Numa segunda fase, conquistado o primeiro objetivo, irei à procura de fazer menos de 03h33m37s, tempo com que terminei no ano passado. O meu propósito passa por colocar o cronómetro abaixo das 03h30.
Em termos de treinos, sei que fiz mais sesões técmicas este ano do que no ano passado e também tenho noção de que os meus conhecimentos aumentaram, mas isso não me garante nada e tudo se vai resumir à capacidade que terei para não me empolgar com o que fiz nos treinos. Porquê? Porque essa adrenalina e excitação iniciais acabam por se pagar muito caro numa fase mais adiantada do trajeto. Ainda me lembro do medo que senti ao ver pessoas a cair e já nas bermas a receber assistência depois dos 30 km. Modéstia à parte e sem saber o que esses atletas (não) fizeram em termos de preparação, sei que tomo muitos cuidados e que me defendo bem, mas isso pode não chegar.
Igualmente importante é abastecer bem e não esquecer o lado sólido que tantos "problemas" me causou nos treinos de longões.
Por fim e muito mais fundamental do que tudo isto, oxalá volte a viver uma simbiose perfeita com a multidão, Sou um "animal" social e adoro sentir o calor e os incentivos das pessoas. Preciso disso como de água para não desidratar durante uma corrida. O público do Porto é maravilhoso.