A opinião no feminino II
João Silva
Hoje trago-vos um texto da estimada Nala, cujo blogue podem consultar aqui.
Decidi lançar-lhe o repto porque reconheço nela um espírito íntegro e vejo nos seus textos alguém com ideias muito claras sobre a forma como a sociedade deve ver a mulher na atualidade.
De que forma o desporto te faz sentir uma mulher mais forte?
Mentiria se dissesse que faço desporto pelo prazer do desporto...
Pratiquei vários desportos ao longo da minha vida e, como não era propriamente muito dada ao desporto e de tanto me terem dito isso, acabei por me classificar como “um zero à esquerda” e a prática desportiva deixou de fazer parte da minha vida.
Hoje em dia tenho, portanto, uma relação de amor-ódio com o desporto. Obrigo-me a fazê-lo em primeiro lugar porque me faz bem ao corpo e depois porque me faz bem à alma mas não posso dizer que não seja uma grande batalha cada vez que preciso de começar.
O desporto faz-me sentir forte não no momento em que o faço mas essencialmente quando sinto os seus efeitos a longo prazo: quando me sinto mais calma e capaz de gerir o stress, quando estou motivada e com os pensamentos renovados depois de uma boa sessão de exercício ou quando sinto a autoconfiança típica de quem está em boas condições físicas.
No fundo o desporto para mim funciona como uma arma secreta para lidar com o stress e a ansiedade a que estamos todos tão sujeitos e fazer aquela pausa que me é muitas vezes tão necessária e que me faz sentir muito mais forte e segura de mim.
E as diferenças entre os momentos em que estou mais focada no exercício e aqueles em que me desleixo são notórias: sou muito mais eu, muito mais capaz de responder às exigências de uma vida a 100 à hora e muito mais forte graças a ele.