A corrida deu-me o amigo que a vida me "tirou"
João Silva
O desporto é maravilhoso e tem histórias fantásticas para oferecer.
O jovem que veem na imagem é o Filipe Coelho. Não querendo avançar muito sobre quem é este gigantone, até porque merecerá honras neste blogue amanhã, digo-vos que foi um "reachado".
Passo a explicar: o Filipe foi meu colega de escola em Quiaios desde o 5.º ao 9.º. Foi um grande amigo na altura, sempre tivemos uma grande empatia e foi daquelas boas pessoas que a vida tem por hábito "levar" das nossas vidas.
Porquê? Porque a entrada no ensino secundário nos levou para escolas e vidas distintas.
No tempo em que estivemos na Figueira da Foz, cerca de 3 anos, só nos cruzámos uma vez.
Depois disso, universidade e anos a fio sem sabermos do paradeiro um do outro.
Até que...no dia 04 de novembro de 2016, este vosso amigo foi participar como caminheiro no seu primeiro trail em Ega. Na altura, fui com os meus cunhados, também eles muito especiais.
Os momentos foram de tal forma maravilhosos que não resisti a colocar algumas fotos no Facebook.
O Filipe viu as ditas e contactou-me porque também ele lá havia estado naquele dia.
Valha a verdade que não nos vimos no dia 04. Contudo, o meu (reativado) encantamento pelo desporto fez com que partilhássemos aquela paixão pela corrida.
A vida faz mais uma vez das suas e o jovem veio viver com a namorada Tânia precisamente para onde? Exatamente, para a minha vila, Condeixa-a-Nova.
Reatámos contacto e voltámos a trocar histórias e episódios fantásticos.
É verdade que, mesmo assim, não estivemos sempre juntos, mas ficámos muito mais próximos.
Foi a primeira pessoa com quem treinei, ainda bem roliço.
Agora, já pai de um filhote, o Filipe e a namorada vivem em Coimbra, mas, ainda assim, o contacto manteve-se. Na verdade, o "Fifi" e a Tânia são um casal nosso amigo.
A última foto que podem ver diz respeito ao trail de Alcabideque em que, mesmo não participando, fiz questão de estar presente para lhe dar um abraço.
Ao longo destes anos todos e mesmo não estando ou falando sempre, continuo a considerar o Fifi como um amigo, um dos verdadeiros, um dos poucos. E fiquei muito orgulhoso dele quando se tornou ultramaratonista em junho deste ano, em Miranda do Corvo.