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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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27
Mar22

A comparação


João Silva

Poderia estar a falar da corrida, mas não. Este é mais um caso de paternidade, algo que também é importante e que também faz parte deste espaço.

Como já disse várias vezes, cresci num meio de violência doméstica. Naturalmente, é algo que nos ensombra e persegue.

E depois chega a hora em que sou eu o pai e em que tenho de ajudar a dar educação a um ser humano.

Há muita coisa que o meu pai faz ou diz com a qual não me identifico. Pura e simplesmente, vejo (muitas) coisas de maneira diferente.

Quando se cresce, procura-se seguir o que vemos em casa. Eu tive que lutar contra isso, porque o exemplo era francamente mau a vários níveis.

E depois surge a paternidade e somos obrigados a educar e a cuidar de alguém.

Felizmente, o Mateus não tem nem o meio nem o exemplo que eu tive em pequenito.

Mas também não é viável educar com base na comparação ao contrário. Não serve de nada e pode ser prejudicial fazer algo como "comigo foi assim, então vou fazer ao contrário". Até porque nem tudo o que foi feito foi errado. Há que reconhecê-lo: houve coisas que só agora consigo perceber e essas nada tiveram a ver com o tal ambiente. São as questões próprias da chegada de um filho a casa. Aqui é que está a dureza: ter de reviver o passado para educar de forma consciente no presente e sempre com um olho no futuro. 

Houve uma altura em que o pequeno João foi privado de falar com a avó materna. É algo impensável para o pai João. Não é essa a via, até porque o amor dos avós é necessário para construir uma personalidade forte, apoiada, consciente do seu valor. Porque os pais têm de estar ocupados a educar e nem sempre dão o mimo que só os avós vão conseguir revelar. Neste caso, sei que o Carlos é muito mais "apaixonado" como avô do que foi um pai. Mas isso é ótimo para o Mateus. E eu estou de bem com isso.

Temos sempre duas opções: podemos cortar abruptamente com o passado e não aproveitamos nada dele ou temos de o reviver para tirar algo benéfico de lá. Só que essa comparação traz dores. As dores do que se viveu! E depois das dores vêm os fantasmas e isso cria mais dores...

 

 

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