Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Os pequenos vídeos deste "filme" foram gravados pelo meu amigo Basílio e pela sua mulher Milu durante a prova Meia-Maratona de Viseu.
Este é um registo que vejo com orgulho e que mostra o espírito de amizade que pode haver em corridas maravilhosas, que explica o que é correr uma prova apenas no sentido de ajudar uma colega a chegar ao seu recorde pessoal (embora ela diga que não) e como nos respeitamos na hora em que ouvimos o nosso corpo e percebemos a nossa realidade.
Foi precisamente essa mensagem que procurei passar no final desta prova, onde decidi caminhar nos últimos 970 m.
Este é o meu vídeo de crescimento como homem e como corredor, pois mostra-me que não abdiquei dos meus valores em prol dos resultados. Ambas as coisas são importantes para mim, muito até, no entanto, há momentos em que importa reconhecer tudo.
Este é também o meu vídeo de propaganda para quem quiser ser treinado por mim. É bom que a Fátima e o Marco não venham cá ver isto.
Gestão financeira é algo que começa a ficar cada vez mais no ouvido dos portugueses. A nossa literacia financeira tem vindo a mudar muito e já é bastante positivo sentir um pouco a onda de conversas sobre finanças pessoais, sem ter medo de falar de dinheiro e do dinheiro em si.
Não cresci com muito dinheiro, na verdade, a gestão do mesmo sempre foi algo muito complicado em casa dos meus pais. A monopolização, por um lado, a escassez de recursos e a ignorância, por outro, eram uma combustão um pouco complicada para um miúdo. Cedo tive de aprender a mexer em dinheiro e tê-lo, em alguns casos, era uma sorte e uma espécie de dádiva.
A dada altura, como sempre gostei de fazer tabelas, listas e esquemas, dava por mim a escrever numa folha de papel o que ia ter de gastar e o que ia receber. De forma atabalhoada, ainda assim, posso dizer que aprendi isso com o meu pai.
Durante muitos e bons anos, essas tabelas e listas passaram a constar em cadernos dedicados ao efeito. Mais tarde, numa ou noutra tentativa, ia tudo para um word.
Mais recentemente, quando passei a ser freelancer a tempo inteiro, em 2018, comecei a sentir as dificuldades de ter tudo devidamente organizado. Sim, crescer num meio desfavorável traz-nos essa virtude da organização. Viver num e com um espaço desorganizado é algo que ainda hoje não me agrada particularmente. Em termos profissionais, desde logo, porque tenho vários clientes, era necessário perceber de onde vinha o dinheiro, em que altura (tenho clientes que pagam a 30, a 45 e a 60 dias) e qual o valor que precisava de não gastar por ser do estado.
Aqui, no último ano, tive a sorte de receber a recomendação do Excel da Luscofia, uma das minhas referências em termos de freelancing. Comprei o dito e senti melhorias drásticas em toda a gestão do dinheiro: fosse o pessoal ou o profissional. Tudo muito mais estruturado com cálculos diretos automatizados e apresentação de gastos por categorias e possibilidade de descriminação da proveniência do dinheiro. No entanto, para uma gestão mais abrangente e real, faltava-me ter a noção do meu dinheiro atualmente disponível nas contas e dos valores das minhas poupanças.
Na corrida, o cenário era ainda mais difícil. Não conseguia saber com certeza o que tinha gasto, quando ou em quê. Nem sequer sabia de que conta me estava a sair o dinheiro para financiar provas, equipamentos ou acessórios.
Recentemente, numa fase de rutura na minha vida, deparei-me com um software de gestão muito bom. É o Boonzi. É de uma empresa portuguesa e permite seguir o rasto de todo o nosso dinheiro. Numa altura em que passei a ter de contar cêntimos, este programa foi uma enorme ajuda.
Primeiro, é bastante intuitivo, como se vê pelo vídeo.
Os menus têm várias apresentações, permite ver as transações feitas e de que conta foram, faz o agendamento de transferências e ainda possibilita a gestão dos montantes existentes em cada conta. Com menos de cinco minutos, é também possível otimizar a importação dos dados dos extratos bancários para se perceber qual o rumo dado ao dinheiro.
Numa altura em que os gastos não dão tréguas, pensando no caso da corrida, é a diferença entre ir a um prova e estragar o orçamento ou antecipar um mês mais complicado em termos financeiros e evitar comprar aquelas sapatilhas mais caras.
O Boonzi pega nos dados que lá inserimos e acelera processos, deixando-nos livres para uma análise menos errónea dos nossos valores bancários.
Tem também uma versão mobile que pode ser emparelhada com o computador.
Esta marca portuguesa já foi alvo de entrevista no Contas Poupança e é mesmo uma recomendação assídua do Dr. Finanças.
Oferecem a licença gratuita durante um mês e, após esse prazo, a subscrição vitalícia com direito a uma licença com três acessos tem um custo que não passa os 39,99 €, um montante facilmente recuperável face à possibilidade de saberem para onde vai o vosso dinheiro. E se podem ou não ir àquela prova que tanto desejam.
Acedam por aqui, experimentem o software e, se for caso disso, adquiram-no. Eu já tenho o meu e tem-me dado muito jeito para me ajudar a "prever" o futuro financeiro.
Como tem sido hábito nos últimos vídeos, tenho tido alguns problemas com o som, os microfones têm de ser substituídos. É possível que se ouça muito baixo.
Esta corrente de exercícios ajuda a perceber a importância dos oblíquos e da zona abdominal do baixo ventre na corrida.
Hoje trago um conjunto simples de quatro exercícios básicos e fundamentais para melhorar a forma de qualquer corredor. Quando virem o vídeo vão perceber que já conhecem estes exercícios.
Pela minha experiência, diria para fazerem duas sequências de 10 minutos por semana após treinos ligeiros.
Vão ver como melhoram a vossa postura e o vosso ritmo na corrida.
Bodo - Pombal
Lama Solta - Louriçal
Meia-maratona de São Mateus - Viseu
João Silva
O verão já foi embora.
Para trás, deixou-me com uma abordagem diferente em relação ao que tinha previsto em termos de provas.
Entrei a pensar e grandes objetivos e cedo percebi que a minha realidade física e mental não estava para brincadeiras. Correi e participar em provas foi um luxo dos mais docinhos da minha vida.
Assim, estive em três provas diferentes.
A dois dias de fazer 35 anos, estive no Bodo em Pombal. Semana complicada e uma prestação em prova com muitas dores e muitas más sensações, em parte, provocadas pelo gel da Gold Nutrition, que, entretanto, já mudei.
Um percurso duro para 10 km de prova e um ambiente de sonho.
Acabei no 114.º lugar com 41 minutos.
Duas semanas mais tarde, a 13 de agosto, a convite do Marco, a amigo que entretanto também treino, emprestei o corpo a outra camisola e fui fazer 21 km numa espécie de inferno físico pelo estado em que estava. O trail Lama Solta no Louriçal é espetacular, vale a pena, tem muita animação. Recomendo. Tive muito pouco descanso, uma vez mais, mas dei tudo. Cheguei vazio, fiz menos de 2h. Terminei em 31.º com 1h58. O Marco ficou a dever-me um jantar.
A vida segue e rapidamente chegámos a setembro. Tinha uma estreia na Meia-Maratona de São Mateus. E quanto queria participar nesta prova. Objetivo proposto em maio, 1h29. Uma realidade bem diferente. De julho para agosto, tive um aumento de carga a ronda os 172 km, com muita altimetria, pouco descanso e muita bicicleta em terrenos inclinados. A pubalgia deu sinais de retoma. E eu dei sinais de crescimento, parei de correr durante três dias, diminuí o treino e tirei o foco do resultado. Fiz 1h49, o meu pior tempo de sempre, fiquei em 214.º, mas fui feliz como poucas vezes fui em provas onde tinha objetivos. Desfrutei da linda cidade de Viseu, da Feira, do apoio, do evento. Agora sinto que cresci mesmo. Em todas estas provas terminei a andar entre 30 a 100 m da meta. Não é lesão, é um sinal para o cérebro. A mensagem é clara: a brutalidade dos últimos dois meses pede-me para me acarinhar e para cuidar de mim. Terminar assim é um sinal de respeito. E tem sido igualmente bom poder usufruir do meu grupo de amigos mais chegados. Têm sido uma "bênção".
Já trouxe o vídeo da primeira parte, o episódio em podcast da segunda e agora não podia faltar o fim da entrevista ao Carlos Patrão.
A tarde já se estava a despedir, mas o Carlos ainda deu conta da sua vitória no campeonato distrital de estrada e lançou um pedido a todos os intervenientes no atletismo.
Hoje trago uma novidade neste espaço e aqui entra a máxima de "nada se perde, tudo se transforma".
Problemas de imagem na gravação da entrevista ao Carlos Patrão resultaram numa segunda parte em formato podcast, que permite que todos ouçam enquanto fazem as suas atividades.
O Carlos é um atleta muito disciplinado e procurou não se deixar afetar por um problema que incomoda muitos atletas, as cãibras.
Neste episódio, até nos picles como solução para as cãibras falou.
Num dia difícil, fui falar com uma enciclopédia desportiva ligada à corrida.A entrevista teve alguns problemas técnicos e até o realizador se "recusou" a colaborar.Por agora, não podia perder esta primeira parte, a única que ficou nas devidas condições. Nas próximas semanas, haverá refilmagem, já pedida, com o Carlos, porque ele tem tanto para partilhar connosco que nem me parece descabido tê-lo em parceria comigo neste espaço... se ele quiser.
Gostava muito.
Carlos, se vieres aqui, fica o pedido!!!
Vejam lá o que ele nos diz nesta primeira parte e vejam se não é um livro de corrida com pernas...
Ficam prometidas outras conversas sobre nutrição, disciplina e treinos em Z2, um enorme achado nos meus treinos.
A primeira coisa que a fisioterapeuta me disse quando avaliou a minha lesão na anca em 2021 foi "felizmente não me parece ser uma bursite".
Já conhecia o termo, até já o tinha exposto no blogue há cerca de dois anos, mas não sabia bem do que se tratava. Até que fui ler. Entre as várias fontes disponíveis, deparei-me com uma muito boa (cujas imagens vou usar neste post): https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/bursite-na-anca/
Grosso modo, as bursites são inflamações nas bursas, ou bolsas sinoviais que se encontram entre os ossos e os tendões (neste caso, na anca) e que visam reduzir o atrito nos movimentos das articulações.
Nesta zona tão importante do corpo, a anca, existem quatro bursas de cada lado, como por ver nas imagens:
Poderia estar a explicar qual a área de cada bursa, mas a fonte que referi em cima está muito completa e bem explicada.
Na verdade, antes de terminar, deixo apenas a relação que poderia existir entre uma bursite e o problema que tive: basicamente, significaria que a bursa do glúteo médio estaria inflamada, impedindo todo o tipo de movimentos, porque o meu bloqueio da banda iliotibial teve início numa oscilação do músculo piriforme, que se encontra no glúteo médio.
Ditam as "regras" que uma bursite deve obrigar a parar imediatamente. Por não se tratar de um músculo, podem fazer-se alguns períodos de gelo para reduzir a inflamação. As bursas são tão pequenas mas tão importantes ao ponto de não ser "aconselhável" brincar com estes sacos sinoviais. Uma vez mais, uma parte da solução passa pelo reforço muscular das zonas envolventes.