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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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31
Jan23

O glamour da escuridão


João Silva

Para muitos, a vida/o desporto só existe em companhia e na presença de outros, mesmo que desconhecidos. 

Porém, há um lado que não se vê em que se treina todos os dias e de forma regular. Sejam amadores ou profissionais. 

Há muitos dias de solidão para essas pessoas, atrevo-me a dizer. Também por ser o que se passa comigo. Mas, a meu ver, isso não é mais. É a vida.

Treino todos os dias. Vou diversificando as modalidades. Faço muito reforço muscular em casa. Não vou a ginásios. Por opção, preferência e questões financeiras. 

Acham que treino num "ginásio caseiro"? Cheguei a ter um espaço no escritório ou na sala, mas depois veio o Mateus e tive de me adaptar. Sobretudo quando comecei a treinar em casa após as 04h da manhã. A vida num apartamento também não oferece grandes opções de espaço. Se é assim, tudo bem. Cá me arranjo. E arranjei! Passei a treinar na cozinha. Levei para lá a bicicleta estática e tenho lá o meu tapete e alguns acessórios de musculação como pesos ou fitas de reforço muscular. E todos os dias ao início da noite estendo o meu tapete de ginásio.

Como estou em casa e quero ter conforto no meio do desconforto do exercício, ainda estendo duas mantas. Há que ter o mínimo de quentinho.

E todos os dias vou para o meu ginásio, onde nem sequer gasto luz. Sim, para evitar acordar o Mateus com o reflexo da luz acesa da cozinha, habituei-me a trabalhar apenas com a luz dos visoree do forno e do micro-ondas. E sabem que mais? Funciona. Apesar de míope e "vesgarolho", vejo bem.

O meu ginásio não tem glamour. Ou melhor, até tem, se olharmos para o "bright side of life".

29
Jan23

Era uma vez um muffin que virou bolo


João Silva

Ser pai/mãe também tem na lista de funções a necessidade de diversificar a cozinha e a comida.

Pois nós não fugimos à regra.

Por influência da Diana, vou recorrendo à página Comida de bebé. É uma enorme ajuda, embora, na verdade, não fuja muito do que já se fazia cá em casa. Mas boas receitas não faltam.

Uma delas foi esta:

https://comidadebebe.pt/receitas/sobremesas/muffins-de-maca-e-aveia/

 

Muffins de maçã, aveia e canela.

Curioso ou não, segui a receita em dose dupla e não funcionou como muffin. Mesmo após uma hora ainda estavam meio "líquidos" no Interior.

No entanto, metemos os neurónios a funcionar e adicionámos três ovos e uma colher de sopa de farinha de trigo com fermento (em vez de usar fapenas fermento em pó) e transformámos vários muffins num bolo delicioso de outono/inverno que pede um belo chá num final de sábado/domingo.

 

27
Jan23

A competitividade: exagero ou necessidade?


João Silva

Durante imenso tempo, escondi-me. Não me assumi. Alguém elogiava ou espicaçava com objetivos e eu preferia resguardar-me. Era sempre o medo de não superar as minhas expectativas. No entanto, o apoio que tenho recebido também me tem mostrado que tenho legitimidade para as criar. Mesmo altas. Claro que há sempre o risco da queda. Todavia, a vida é mesmo um risco e é um jogo. Umas vezes ganha-se, outras, perde-se.

Comecei a não ter medo de assumir resultados concretos, sonhos. Passei a verbalizar. Sim, sou competitivo, não apenas comigo. Procuro mais, quero mais, quero ficar à frente. Mas com regras e respeito pelos outros, sem passar por cima de alguém. Assumir isto de forma clara, dá-me leveza. Quando estou em prova e vejo um colega da equipa ou algum conhecido à frente, uso-os como faróis. Aconteceu com o Bruno e, mais tarde, com o Tiago. Um ainda ultrapassei na meia maratona de Leiria, o outro não consegui nas 4 estações da Venda da Luísa. No fim, mantive as excelentes relações com ambos.

Com um tipo de competição saudável, ficam todos a ganhar. Se o respeito e a amizade se mantiverem, todos usufruímos das boas prestações uns dos outros.

Sim, sou muito competitivo, mas também sou muito respeitador das prestações dos outros. Já por várias vezes dei os parabéns a atletas no final das provas. Sem segundas intenções.

25
Jan23

Um aperto bom para o corpo


João Silva

Refiro-me à fita desportiva, também conhecida por banda, que se usa para criar tração.

Basicamente, nunca tinha recorrido a este acessório simples e relativamente barato. Até ter feito fisioterapia, há mais de um ano, e me ter cruzado com ele.

Entre outras coisas, utilizei a fita para fazer agachamentos e ostras verticais. E com que propósito? Com o intuito de corrigir a postura dos joelhos. Nós agachamentos, por exemplo, a fita manteve os joelhos alinhados e ainda me obrigou a criar alguma força para não os deixar virar para dentro.

Resumindo, fiquei grande fã e percebi que uma fita é um mecanismo essencial para gerar força. A minha custou 2€ na The flying tiger e tem a dureza heavy. No fundo, o mais difícil é escolher a dureza, mas posso garantir que a fita não aperta, estica bem sem ficar solta. 

23
Jan23

Pontos de (des)equilíbrio


João Silva

Partilho convosco uma das coisas mais importantes que aprendi durante as sessões de fisioterapia para tratar os meus problemas na BIT (banda iliotibial) em 2021: antes de bloquear, o corpo da sinais de alerta.

Eis alguns pontos de desequilíbrio do corpo que podem redundar em problemas nas ancas e nas coxas de qualquer corredor:

- em pé, inclinar-se mais para um dos lados;

- inclinação do joelho para dentro ao subir e descer escadas;

- ponta do joelho a passar a ponta do pé quando se descem escadas;

- ponta do pé para fora e do joelho para dentro quando nos baixamos;

-dores fortes numa das nádegas quando estamos sentados em superfícies rígidas;

- um maior volume muscular de uma das coxas quando as duas pernas estão estendidas;

- oscilação de uma das pernas quando se está apoiado num dos pés;

- escolha permanente da mesma perna para levantar o corpo.

 

Se repararem em todos estes aspetos, poderão perceber se têm um lado mais solicitado. Na verdade, isso pode levar a sobrecarga e a um bloqueio dessa zona. E tudo isto é necessário na hora de conhecer bem o corpo.

19
Jan23

O reforço muscular tem prazo de validade?


João Silva

Os nossos músculos adaptam-se a praticamente tudo. Por isso mesmo, ao fim de algum tempo deixamos de ver efeito neles.

É por essa razão que devemos mudar a tipologia, a regularidade e a intensidade dos exercícios de reforço muscular.

No entanto, apesar de se habituarem às cargas, isso não acontece de um dia para o outro.

No início, passei por uma fase em que achava que tinha de mudar o plano ao fim de cada mês. No entanto, percebi que isso é contraprodutivo e que não dá ao corpo o tempo de assimilar as mudanças advindas desse exercício.

66_ruptura_menisco_5_1.jpg

Fonte da foto: inscrita na lateral

 

Atualmente, procuro seguir planos de reforço durante dois meses. Quando começo a sentir demasiada facilidade na realização dos mesmos, aumento a intensidade e, noutros casos, mudo a tipologia.

Como é convosco? Fazem sempre os mesmos exercícios ou mudam? Se mudam, ao fim de quanto tempo o fazem e como fazem?

Uma boa estratégia é, por exemplo, fazer um grupo de exercícios durante algum tempo e depois mudar para a mesma versão com pesos.  Comigo resulta.

17
Jan23

Entre o fundamentalismo e a aceitação


João Silva

Nesta senda de partilhas de reportagens sobre a "verdade desportiva" vista pelo prisma do atleta, esses documentários foram financiados (ou divulgados, pelo menos) por uma plataforma de apostas desportivas.

Não tenho nada contra a empresa em causa e, valha a verdade, foi graças a eles que pude ver testemunhos maravilhosos e chocantes de atletas que idolatrava e com os quais vibrei pela televisão.

O que sinto em relação a este tipo de coisas é o mesmo quando vejo que um seminário de nutrição saudável é financiado por cadeias de fast-food que nada têm de saudável. Não consigo passar por cima do interesse subjacente.

E o meu ponto é este: numa coisa tão importante como o desporto e numa altura em que se procura chamar mais pessoas para as diferentes modalidades, não fazia mais sentido ter uma cadeia de televisão, pública, por exemplo, a financiar este tipo de reportagens? 

Assim não haveria associações duvidosas. Seria tudo muito claro.

Faz mais sentido financiar tardes infindáveis de feiras e músicas tradicionais? (Nada contra, mas, no meio de tanta emissão dessas, se calhar, era possível ter uma dedicada a reportagens sobre atletas especiais e sobre o seu lado humano.)

Ficam as questões...

15
Jan23

O que podem fazer os pais para evitar a asfixia do desporto?


João Silva

Já lá vai muito tempo desde que estes vídeos foram lançados, mas não vi ninguém pegar nisto a sério para focar os problemas associados ao desporto, mesmo no nosso país.

Caramba, fiquei chocado com as declarações e a visão da Vanessa. E precisamos e precisávamos mais disto!!

Não neste vídeo que aqui trago mas no documentário da Betclic, a Vanessa foca o sofrimento dos pais enquanto ela estava no Centro de Alto Rendimento.

Perante isto, quero ouvir o que têm a dizer: será que os pais têm o dever/a obrigação de cortar o mal pela raiz e de tirar os filhos deste tipo de pressão a que são sujeitos?

Qual o preço mental para toda a família para superar a perseguição desenfreada dos sonhos (dos atletas e das respetivas federações)?

Por favor, digam-me o que acham...

13
Jan23

Quando o desporto nos afoga


João Silva

Todos sabemos que o desporto faz bem. A todos os níveis. Mas tem um lado pérfido. Falo muito nisso. Não para demover ninguém, mas para mostrar (até a mim próprio) que o bom em excesso pode transformar-se em mau.

Há muito tempo, a Betclic Portugal lançou no YouTube uma série de vários episódios sobre alguns dos melhores atletas portugueses. Apesar de ser uma empresa de apostas, saúdo inteiramente este tipo de trabalho.

Cresci a admirar a Vanessa Fernandes, talvez a nossa melhor triatleta de sempre. Como era possível ficar indiferente às suas prestações?

Há mais de um ano, a Vanessa trouxe o lado humano em dois momentos e eu fiquei de rastos ao perceber, uma vez mais, que o desporto pode ser uma "arma destruidora".

Só posso pedir que vejam os dois vídeos e venham cá comentar...

 

 

 

 

11
Jan23

Caiu?


João Silva

Já contei vários episódios caricatos ligados à corrida ou aos treinos.

A última "novidade" surgiu durante os alongamentos.

Ao ver-me no chão junto a um passeio, uma senhora, que ia lançada para a escola, parou perplexa e perguntou-me o seguinte: "caiu?".

Olhei e sorri, deixando sair um "não, estou só a alongar."

Aliviada, a senhora seguiu caminho.

Perante aquela preocupação boa, não pude deixar de rematar com "obrigado pela preocupação".

Foi simpático da parte dela...

2020-01-01_11_02_27_780.jpg

 

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