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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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12
Out22

A "praga" dos Lève-tôt


João Silva

São cada vez mais e, aos poucos, a moda está a pegar. Na verdade, em França, por exemplo, já é uma realidade.

Falo do conceito "lève-tôt", também conhecido por madrugadores. Numa sociedade que nos asfixia cada vez mais com o passar das horas, há pessoas que optam por acordar cedo, bem cedo, de modo a conseguirem algum tempo para si ou para alguma tarefa mais exigente.

Não é fácil, porque acaba por ser um contrarritmo social, uma vez que, por norma, um madrugador se deita muito cedo, quando os outros ainda estão de pé, e acorda muito cedo também, quando todos estão a dormir. Isto numa ótica de não encurtar o sono para ter um dia maior.

Depois de muitos anos num trabalho que me fazia deitar tardíssimo e me deixava de rastos, passei por uma fase em que me deitava pouco depois da meia noite. Sempre gostei de aproveitar o início do dia.

Quando comecei a correr, a exigência dos treinos passou a obrigar-me a deitar até perto da meia noite para estar num brinquinho na manhã seguinte. Os meus objetivos levaram-me a isso.

O nascimento do Mateus acentuou ainda mais essa necessidade: passei a treinar de madrugada. Foi a minha resposta para conseguir tratar do meu filho, estar presente na vida familiar e continuar a correr. Passei a acordar às 05 h da manhã. Cá em casa, aproveitámos o nascimento do Mateus para nos deitarmos com ele. Foi um hábito um pouco doloroso no início, porque implicava ir dormir algures entre as 20 e as 21 horas. Foi uma opção mas também uma necessidade. Com as noites mal dormidas do rapaz, era imperativo aproveitar cada segundo para dormir.

Isto virou rotina e passou a forma de estar na vida. Há relativamente pouco tempo, quando o trabalho começou a apertar mais, tentei trabalhar depois de o Mateus ir dormir à noite. No entanto, continuava a acordar às 05 h para ir correr. Embora não fosse todos os dias, acreditem, é uma dor bem forte deitar às 00h e acordar às 05 h.

Como não me sentia bem com isso, porque acabava a parecer um zoombie, adaptei esta realidade profissional à minha preferência (é efetivamente uma das vantagens de ser trabalhador independente) e retomei a hora de deitar entre as 20 e as 21 h. Para conseguir trabalhar e treinar, passei a levantar-me mais cedo do que as 5 h. Aconteceu muitas vezes acordar às 03h e sair para treinar às 05 ou 05h30. Parece loucura, mas, como o meu corpo descansa seguido, consigo recuperar melhor e, mais importante, ter concentração a trabalhar, um dos aspetos que mais sofriam com o trabalho à noite.

Isto também tem um lado negativo, pois nem sempre me consigo deixar a descansar. Há muitos dias em que não preciso de acordar tão mais cedo do que o habitual, mas o corpo e, principalmente, a cabeça já estão a pensar naquele acordar e não descanso o que devo. Este aspeto tem de ser melhorado. 

Acabo a viver em contraciclo, mas, deste modo, consigo fazer algo por mim e ainda trabalhar antes do acordar do meu filho, uma vez que depois o meu dia é organizado em função dele. Durante o dia é normalmente a Diana quem assume o leme do trabalho.

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