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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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30
Abr22

Como assim dois anos??


João Silva

O meu muchachito faz hoje dois anos!

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Ainda estou a tentar perceber como é que o tempo passou tão depressa, embora tudo isto tenha sido intenso, muito intenso.

E é assim, sem saber bem como, que vejo o meu filhote fazer dois anos. 

Parabéns, muchachito da minha vida!!! 

 

Para quem se quiser dar "ao trabalho", deixo abaixo o primeiro conto (no caso de Natal, mas que eu não expus da devida maneira na altura) que escrevi inspirado no meu tesouro (e agora também papagaio). A palavra que dá origem ao título ainda hoje é utilizada pelo Mateus...

 

Abri a porta e lá estava ele...

 

- Já cá estás, avô? - perguntou-me com a admiração de quem não sabe que horas são e com a articulação possível numa criança de quase cinco anos.

 

- Hoje vim mais cedo. O corpo já não aguenta tanto tempo a correr - respondi, enquanto tirava o gorro de natal e a gravata decorativa.

 

- Andas sempre com isso, avô? - quis saber, enquanto se apoderava dos meus acessórios encharcados e do meu frontal. Já sabia ligar a luz... há tanto tempo.

 

- Queres saber a história da gravata e do gorro, Pedro?

 

Ainda sem saber a resposta dele, sentei-me no tapete já com uma roupa quentinha e cruzei as pernas.

Depois de fazer a dança do velhinho, como lhe chamava a avó, o Pedro saltou para o meu colo e disse "sim", sem nunca tirar os olhos da gravata e do gorro.

 

Já bem aconchegados, comecei:

 

Então olha, o "Ta tin ta" teve duas vidas: uma antes da chegada do filho dele, o Mateus, e outra depois. Foi pouco antes de o filho chegar que se apaixonou pelo Natal e foi já com os primeiros passos e sorrisos do pequenote que percebeu a magia...

 

Antes disso, o "Ta tin ta" não ligava muito à época nem era muito fã de decorações natalícias. Os natais da sua infância não tinham sido felizes. Não se lembrava de nenhum em que não tivesse havido confusão: ora o pai discutia com a mãe e acabava a dormir no chão de casa dos avós maternos, ora o pai metia-se em pancadaria no café da vila e ia para o hospital com a clavícula partida, ora o pai não controlava os ciúmes e acabava a discutir com o cunhado, padrinho do "Ta tin ta. Quando não era isso a arruinar aquela época, era o padrinho que discutia com a tia, eram os pais que não tinham dinheiro para lhe comprar uma prenda no Natal. Já adulto e dono e senhor da sua vida, o "Ta tin ta" não tinha motivos para gostar do Natal. Passava-os a trabalhar num hipermercado. As pessoas eram mal educadas e tratavam-no mal. Chamavam-lhe nomes feios e não lhe davam descanso. Apareciam quando a loja estava a fechar...

 

- Já que não querem sair daí, tomem lá... - disse a avó do Pedro que chegara ali sem que nos tivéssemos apercebido. Ela sabia que não íamos arredar pé enquanto não terminasse a história do "Ta tin ta", até porque ela própria gostava da tradição associada ao jovem rapaz.

Ainda antes de seguir viagem para o quente da lareira da sala e para a companhia do nosso filho e da nossa nora, entregou uma fatia de pão caseiro com manteiga ao Pedro e, estendendo a outra mão, ofereceu-me o meu estimado chá verde bem quentinho...

 

Tentei seguir o fio da história, mas a memória já me pregava muitas partidas...

- Ainda te lembras onde é que o avô ia? - perguntei ao Pedro sempre com a intenção de disfarçar o meu tom preocupado. Aquele esquecimento poderia ser bem mais do que isso

 

- Estavas a dizer que o "Ta tin ta" não gostava do Natal...

- Boa, era isso mesmo, agradeci, bem aliviado. O garoto estava atento.

Prossegui, procurando não me perder novamente...

 

Mais tarde, o "Ta tin ta" conheceu uma menina, a Diana, que gostava muito do Natal com os seus pais, as suas irmãs e sobrinhas.

Só que aquela alegria e felicidade genuínas não passavam para o "Ta tin ta". Nem mesmo nas tardes de Natal em que essa família se reunia para trocar presentes e histórias. Havia sempre algo que faltava. Sentia-se sempre sozinho, como se não tivesse direito a partilhar aquela sensação de amor e paz.

 

Uma vez mais, de vez em quando, lá havia Natal com os pais do "Ta tin ta" e lá voltava a aparecer a discussão. Era uma confusão e era tudo muito triste... Mas as coisas mudam...

 

Sem se aperceber, o "Ta tin ta" começou a correr para perder peso, porque era muito gordo e não gostava.

E começou perto do Natal.

 

No sítio onde agora vivia, era tudo diferente. No Natal, havia luzes, tantas, espalhadas por toda a vila... eram tantas casas coloridas, algumas com Pais Natal, outras com presentes. Umas reluziam a verde, outras a azul e ainda havia o vermelho e o dourado.

 

Parecia que o "Ta tin ta" tinha chegado ao reino encantado do Natal. Na verdade, tinha começado ali a segunda vida dele.

Passou a gostar do Natal.

Mas, mesmo assim, não percebia o sentido. Não acreditava em nenhum deus e não partilhava de nenhuma fé.

 

A única fé do "Ta tin ta" era a corrida. Assim que punha os pés na estrada, era muito mais feliz, estava sempre a sentir-se preenchido.

 

Mais tarde, teve hipótese de correr numa corrida que acontecia todos os anos no Natal. As pessoas deram-lhe o nome de São Silvestre.

Era uma magia que não se explicava. Sentia-se feliz no meio daquelas pessoas, eram tantas. E tão felizes naquelas noites. E as ruas?! Eram o melhor. A cor, a vida, a felicidade que davam quando ele passava...

 

Aos poucos, o "Ta tin ta" sentia que havia algo de especial na corrida e nem mesmo um bicho com um nome esquisito lhe roubou isso.

 

Quando o seu filho, o Mateus, nasceu...

 

- Mateus?, quis saber o Pedro ao sentir que era o mesmo nome do seu pai...

- Sim, Mateus, muito bem - respondi, meio atrapalhado e com pressa de acabar a história para não me perder...

A custo, lá retomei...

 

... O "Ta tin ta" percebeu o que era a magia do Natal quando viu o seu pequeno a sorrir para as luzes e a fazer uma grande festa quando via árvores de Natal nas janelas do prédio da frente.

 

Nesse momento, o "Ta tin ta" soube que o seu propósito no Natal era correr por toda a vila e acenar aos meninos para lhes levar o espírito natalício.

 

Criou assim uma tradição. Pegou numa gravata de Natal comprada na loja dos chineses e num gorro de Natal, que sobreviveu aos tempos no hipermercado em que trabalhou, e saiu para correr. Fazia-o sempre de madrugada.

 

No início era só ele na rua, rodeado por casas, envolvido por árvores e torturado pelo frio. Nada de novo, portanto. Até que, com o passar dos anos, começaram a aparecer os primeiros meninos e meninas à varanda. Já sabiam que ele lá iria passar.

 

O "Ta tin ta" não levava prendas, levava acenos de mão e sorrisos para todos. Passava pelas vielas muito decoradas e abria os braços para mandar xi-corações. Batia palmas aos meninos e sorria. Desejava um feliz Natal a todos.

 

Chovia sempre nessa madrugada. E o "Ta tin ta" usava a chuva para lavar as lágrimas da felicidade que levava daquela corrida. Não era mais uma corrida. Era o momento dele.

 

Com o tempo, o "Ta tin ta" compreendeu o verdadeiro sentido de tudo. Percebeu que o Natal era pensar naqueles de quem gostava, era juntar a cara dessas pessoas às histórias que teve com elas, às memórias que formaram juntos.

 

Na corrida em que dava mimos a todos, era o "Ta tin ta" que se sentia feliz. Era aí que percebia que também sabia o que era a felicidade genuína. Percebeu finalmente que o Natal era o momento em que era mais feliz e que não precisava de forçar esse sentimento.

 

O "Ta tin ta" começou a ver o outro lado do Natal e, de repente, os seus natais passados já não eram só as discussões dos seus pais ou os desacatos na família, eram as filhoses rijas mas sempre saborosas da mãe, eram as fogueiras no quintal para cozer bacalhau, eram as músicas e os serões à frente da fogueira em casa do padrinho e com os primos, eram a aletria feita pela mãe, eram os debates acesos sobre política e religião com o pai, eram os doces intermináveis, era o globo oferecido pelos pais num Natal em que não havia dinheiro para prendas...

 

Durante muito tempo, o Natal era tristeza. Mas a corrida, a vila iluminada e o nascimento do Mateus mostraram ao "Ta tin ta" que mesmo esses natais mais conturbados tinham um toque de magia. O Natal era isso: juntar pessoas e coisas a momentos. Lembrar as vivências do passado. E lembrar novamente. E fazer perdurar a vida daqueles que já partiram no seio da nossa memória.

 

O pequeno Pedro já não estava a prestar a atenção ao avô. Na verdade, já tinha fugido para junto dos pais e da avó...

Mas lá longe, ainda o ouvi dizer aos pais que queria ser como o "Ta tin ta" e correr sempre para fazer os meninos felizes...

 

"Ta tin ta" é o nome que o meu filho dá ao Pai Natal e este conto é também uma forma de lhe mostrar que o Pai Natal existe... Cada um com o seu, nas mais diferentes formas...

 

27
Abr22

Muitos parabéns, amor!


João Silva

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Muitos parabéns, meu amor!

Que este dia faça jus a toda a felicidade que trazes à nossa família!

És uma pessoa incrível e és absolutamente fundamental para nós!! A nossa vida!

(tudo o resto que fica por dizer aqui, dizemos, eu e o Mateus, pessoalmente)

Wir lieben dich =D

26
Abr22

Exemplos práticos de fartleks


João Silva

Falo muitas vezes neste treino técnico no meu blogue. É uma forma simples (na sua versão mais básica) de evoluir porque traz alguma intensidade ao ritmo. 

Basicamente, é um jogo de ritmos que alterna períodos de ritmos mais altos com momentos de ritmos mais baixos.

É quase um aspeto fundamental para uma evolução a partir do primeiro dia em que se sai para correr.

De forma a ilustrar bem melhor tudo isto que vos digo, trago um conjunto de vídeos curtos que vos vai guiar por este mundo de fartleks, que, não, não envolvem farts.

 

24
Abr22

Estagnar é (muito) mau, andar para trás é doloroso


João Silva

Olhando para trás, ao fim de quase cinco anos e meio, vejo que foram muitas as vezes em que não consegui fazer o que queria em termos de treinos. 

Percebo que estagnei muitas vezes. Se o primeiro ano foi de grandes mudanças, como era suposto, depois passei muito tempo atrás daquilo que já tinha acontecido no passado.

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Se, por um lado, é bom saber que chegamos a determinado ponto e que, se estamos mal, é apenas uma fase, por outro, não adianta perseguir aquilo que, a dada altura, se torna muito distante.

O que mais me desilude é ter esta noção de que o excesso de treinos me minou a evolução e que, à exceção de alguns períodos de provas, nunca consegui estar em plena forma durante muitos meses. Até me ter lesionado a sério. Foi o episódio de que precisava para abrir os olhos. Sobretudo, em termos de qualidade de treino e ao nível dos resultados.

A chave para subir a forma é combinar os treinos de elevada intensidade com períodos de descanso. Sei que falhei nesse capítulo. Durante muito tempo, como não "sabia" o conceito de abrandar, o corpo não deixou fazer mais sessões de treinos de velocidade pura. Outra das causas estúpidas para isso foi acreditar que, para poder comer (coisas "normais" no meu estilo de vida atual), tinha de treinar sempre e sem olhar para trás. Tudo isso me levou a um ponto em que não consegui evoluir. 

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Agora tornei-me constante, tenho sido paciente e os resultados dos treinos estão a materializar-se em boas sensações do corpo e em resultados práticos, mas dói perceber que fui muito burro (por culpa própria) durante tanto tempo. Sobretudo, custa saber que se tem as ferramentas certas e que bastava ter calma e método.

Não gosto de ser conhecido como o tolinho que corre muito. Porque sim, corro muitos quilómetros, mas gostava que esta quantidade se transformasse em algo palpável. Não falo de pódios, embora pense neles, ainda assim, sinto que sei qual o caminho teórico a percorrer para chegar lá e que acabo a andar para trás por "cegueira". 

No entanto, os últimos cinco meses, no balanço do meu regresso da lesão, provaram que afinal aprendemos com os erros.

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Pior do que estagnar é ficar pior do que se estava. Isso aconteceu-me no ano passado depois de ter corrido os 50 km pela primeira vez. 

Não foi a distância a provocar isso, foi a falta de descanso e a incapacidade para mudar métodos.

Aceitei o que me aconteceu e todas as dores reais que tive e, na verdade, nem posso dizer que tenha sido tudo mau, porque consegui mudar a minha passada para o pé direito (passei a conseguir marcar ritmo com os dois) e consegui mudar um pouco as cargas do fim de semana e apostar no reforço muscular. Só que já foi muito tarde naquela altura. O corpo já estava muito massacrado e nunca mais consegui ter regularidade num ritmo que me permitisse fazer 18 km em 1h30 (era o normal em períodos bons) sem me deixar quase k.o. nos dias seguintes.

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Isso doeu tanto. Representou um enorme fracasso e foi provocado por mim. Diria que é um pouco o resumo da minha vida.

Digerir tudo isto não foi fácil... mas o que não nos mata, torna-nos mais fortes... foi o caso. Pelo menos, por agora.

 

22
Abr22

Afinal, afinal...


João Silva

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Nunca tive treinador de corrida. Sempre assumi que gostava de tomar as rédeas da minha própria evolução, o que denota alguma audácia mas também excesso de confiança em alguém sem créditos firmados como é o meu caso.

Nunca critiquei o facto de alguém ter treinador. Crítico o facto de ser necessário ter um treinador para se criar motivação numa pessoa, porque considero que isso deve vir do interior de cada um.

No entanto, há que reconhecer que há um limite. 

Quando queremos passar para um patamar diferente, é necessário aumentar a exigência e isso implica métodos mais duros e testes mais desafiantes.

Por muito autodidata que uma pessoa seja, não domina toda a terminologia técnica na perfeição. 

Por exemplo, quando se fala em Vma, o valor máximo aeróbico, fala-se num dos pontos mais importantes dos treinos. No entanto, a literatura é confusa na hora de apresentar formas de treino, porque fala em sessões com diferentes ritmos. Há muitos textos que falam em fazer uma sessão de Vma a um ritmo de maratona. Isso é muito vago.

Um treinador saberia interpretar isso melhor e ajudaria a passar logo essa barreira para o atleta. Não vos parece?

20
Abr22

Como se avalia a forma sem competição?


João Silva

Há muitos corredores que usam as provas como forma de perceber o ponto em que se encontram.

É, na verdade, o mais comum, até porque é mais imediato e mais exato. Há tempos, há números de ritmos, há números de cadência e há energia desperdiçada contabilizada.

Mas também há quem corra sem competir. E também é justo que queiram poder avaliar a sua evolução. 

Além da disposição com que correm, essas pessoas também podem medir os seus ritmos e as cadências. Essa é uma forma. Depois podem repetir percursos e registar a velocidade global. 

Antes de tudo isso, dá para perceber se o corpo responde bem a diferentes cargas, se é possível aumentar a carga gradualmente e se o corpo reage bem nos diferentes dias.

Não são propriamente métricas, são, ao invés, perceções, mas são igualmente válidas. Ninguém melhor do que os próprio para poder perceber os próprios estados.

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18
Abr22

O coice do burro


João Silva

Não é preciso correr para se sentir uma bela sensação de "facada" num dosados do abdómen.

Não é preciso mas é muito provável, porque se trata de um problema que afeta sobretudo corredores e praticantes de equitação.

Já se percebeu, mas estou a falar da dor de burro, termo popular. Esta dor é conhecida no mundo médico como ETAP (Exercise Related Transient Abdominal Pain ou dor abdominal transitória relacionada com o exercício físico).

Como o nome indica, é uma dor que desaparece. Normalmente, não persite quando adotamos determinados comportamentos.

É uma dor muito incómoda e que se assemelha a uma pontada intensa e repentina durante a atividade.

Durante algum tempo, pensou-se poderia estar associada a uma má digestão ou à ingestão genérica de alimentos. Também se avançou um descontrolo da respiração como motivo claro.

Na verdade, todos esses aspetos podem estar associados, se tivermos em conta que uma má irrigação sanguínea ou uma má contração de alguns órgãos como o diafragma vão sofrer particularmente com atividades como a corrida.

Uma lista de eventuais causas (vou expô-la abaixo) avançadas pelo hospital Lusíadas mostra a relação de falta de irrigação e de disfunções respiratórias com a dor de burro.

Causas possíveis 

  • Isquemia do diafragma, ou seja, má irrigação sanguínea do músculo que divide a cavidade torácica da região abdominal;
  • Stresse sobre os ligamentos viscerais de suporte que prendem os órgãos abdominais ao diafragma;
  • Isquemia gastrointestinal;
  • Cólicas da musculatura abdominal;
  • Dor isquémica resultante da compressão da artéria celíaca - da qual saem as artérias responsáveis pela vascularização dos grandes órgãos abdominais, estômago, fígado, duodeno, baço e pâncreas - pelo ligamento arqueado mediano do diafragma.
  • Irritação dos nervos espinhais, que ligam a medula espinhal aos músculos esqueléticos do tronco;
  • Irritação do peritoneu parietal, membrana serosa que cobre as paredes anteriores e laterais do abdómen e que, em conjunto com peritoneu visceral, protege toda a cavidade abdominal.

Uma das formas de resolver esta dor transitória é parar o exercício, massajar a zona e inclinar o corpo para a frente como forma de alongar o diafragma.

De acordo com o especialista do hospital Lusíadas no Porto, é possível (tentar) prevenir o aparecimento dessa dor da seguinte forma:

Evitar ingerir grandes volumes de alimentos e de bebidas durante pelo menos duas horas antes do exercício, especialmente compostos hipertónicos;

Melhorar a postura, especialmente na região torácica;

Aumentar o apoio dos órgãos abdominais, melhorando a força do “core” ou usando uma cinta larga de suporte.

Mesmo havendo formas de prevenir, não há garantias de que a dor se afaste. Infelizmente há até alguns casos em que a dor de burro é apenas o primeiro passo para descobrir uma apendicite.

Sofrem muito deste tipo de dor no desporto?

Eu sofro sobretudo se comer muito antes do treino e se não regular a minha respiração.

Fonte genérica do post e fonte direta da lista de possíveis causas: https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/exercicio/que-dor-burro

16
Abr22

A lei do inversamente proporcional...


João Silva

Habituei-me desde cedo à ideia de que não posso ser feliz em horas coisas ao mesmo tempo. Se estou bem num polo, outro estará nas lonas...

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Esta é a palavra certa, porque as dificuldades dos últimos largos meses tiraram-me a possibilidade de participar em mais provas por agora, até conseguirmos inverter a espiral...

E, numa espécie de comiseração, acabo por dar por mim a pensar "logo agora que os resultados apareceram finalmente e vieram dar razão aos treinos". (Spoiler: não estou a pedir dinheiro a quem quer que seja, estou apenas a falar abertamente do investimento numa modalidade desportiva onde não existe qualquer apoio externo).

Seja como for, aquilo que procuro fazer conscientemente é avaliar o que fiz até agora e procurar preservar a crença de que tudo será mudado com dedicação. 

E o exercício de automotivação sem provas é duro, mas é algo bom porque me vai fortalecer. É nisso que penso. E foi por isso que decidi começar a preparar a minha maratona de novembro já em abril/maio. É uma prova que já tinha sido adquirida, é a minha prova de eleição e este tempo todo sem provas vai permitir-me trabalhar com calma e bem para tentar fazer menos de 3h21 (marca atual)...

14
Abr22

Os certificados e os testes: utilidade?


João Silva

O assunto é conhecido de todos: certificados e testes. Sim, tudo isso faz parte da nossa vida. Há que saber viver com essas coisas.

De forma a garantirem níveis de segurança, as organizações exigem certificados de vacinação ou testes antígenio/PCR ou autotestes (de acordo com a DGS) para deixarem os atletas participarem.

Estou inteiramente de acordo. Assino por baixo. 

O que me irritou no meio disto foi perceber que a primeira prova em que participei depois da chegada do coronavírus se borrifou completamente para o certificado só porque assumiram que a malta daquela equipa tinha cumprido.

Percebo a boa-fé, mas como é que assim se pode garantir segurança máxima ou perto disso? Estamos a falar de saúde pública.

Em abono da verdade, nas provas que fiz em janeiro, debaixo daquela chuva de infetados, houve sempre rigor na confirmação dos certificados e dos testes apresentados. 

Se demora mais? Sem dúvida, mas não se pode usar o argumento da celeridade para estas coisas, porque basta um deslize para um infetado mal-intencionado infetar centenas ou milhares de pessoas.

Não pode valer tudo para poupar tempo...

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12
Abr22

Dicas do mestre


João Silva

Não falo de mim. Não tenho assim tanta mestria no cérebro. E, no caso, não tenho mesmo grande propriedade para falar de trails.

Corri alguns, essencialmente, nos arredores de casa. Caminhei noutros. Mas nunca me dediquei tanto aos trilhos quanto às estrada. É uma questão de preferência e de gosto.

Ainda assim, gostei de correr alguns trails e apreciei imenso os que fiz a caminhar. A perceção da natureza no meio dela é fabulosa! 

Apesar de ter muitas entrevistas a atletas de trail, em termos técnicos, não dou tanta atenção a esta modalidade, sobretudo, porque não é algo que investigue muito.

A pensar um pouco em todos aqueles que gostam de trails, e são cada vez mais, deixo um vídeo com dicas básicas de um dos melhores atletas de trail do nosso país, o jovem Hélio Fumo.

Espero que haja muita gente a seguir as dicas do mestre:

 

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