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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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11
Mar22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Hoje venho dar-vos a conhecer mais uma atleta. Desta feita, mais uma conhecida, que, curiosidade das curiosidades, começou a correr na equipa ARCD Venda da Luísa no mesmo ano que eu, em 2018.

Outra curiosidade, em jeito de brincadeira, esta atleta está sempre barrada(s) (piada explicada no nome da colega). 

Tem sempre um ar bem disposto e procura espalhar animação e dar apoio nos vários eventos da equipa. Tudo isto bons ingredientes para querermos a ficar a saber mais sobre esta atleta, que alimenta o sonho de fazer uma maratona. Algo que deixa sempre muito satisfeito.

Fiquem, pois, com a Marisa Correia:

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Foto: Participação no competição distrital de veteranos 

Nome:

Elisabete Marisa Barradas Correia

Idade:
36 Anos

Equipa:
ARCD Venda da Luísa

Praticante de atletismo desde:

2018

Modalidade de atletismo preferida:
Trail

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Foto: Trail Meda de Mouros 2019, a primeira prova pela equipa

Prefere curtas ou longas distâncias:

Curtas distâncias

Na atual equipa desde

Dezembro de 2018

Volume de treinos por semana:

2 treinos de corrida intercalados com treinos no ginásio, mas sempre dependendo da minha disponibilidade pessoal e familiar.

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Foto: "As minhas filhotas, que passam horas  sem a minha companhia para eu poder treinar ou ir a provas. São o meu orgulho!!"

A importância dos treinos:
No meu caso, os treinos são importantíssimos. Quando, por algum motivo, não vou treinar ou treino menos, noto logo diminuição no desempenho e na resistência da corrida. Sendo, também importantes os treinos de ginásio para reforço muscular, de modo a prevenir eventuais lesões.

Se tem ou não treinador:

Não tenho treinador. Os meus treinadores são os/as colegas mais experientes que me dão conselhos e que “puxam” por mim nos treinos.

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Foto: Os animados convívios da equipa

Diferenças entre o atletismo passado e o atual:

Considero-me novata nisto do atletismo, por isso não posso me pronunciar sobre o passado. No entanto relativamente ao trail noto uma adesão cada vez maior.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas:

Em outubro do ano passado fui com uma amiga fazer a meia maratona em Lisboa e a certa altura no hotel onde ficámos toca o alarme de incêndio às 2 horas da manhã, um susto tremendo e, no dia seguinte, a minha amiga acordou com uma enorme dor de costas, quasen ão se mexia. Depois do susto e da dor de costas melhorar, a prova fez-se e correu muito bem. Mas em todas as provas acontece sempre alguma coisa que seja inesquecível, ou um “esbardalhanço”, ou alguém que se perde, ou alguma dor de barriga {risos}…

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Foto: Participação na Luso meia maratona 2021

Aventura marcante:

Participação na Luso meia maratona 2021, só eu e uma amiga, sozinhas em Lisboa, sem termos experiência em corrida de estrada, conseguimos fazer os 21 km (coisa que há uns anos era impensável para mim).

Participação em prova mais longa:

Sicó 2020 25 km

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 Foto: Trail do Infante 2019 com as culpadas de ter o "bichinho das corridas"

Objetivos pessoais futuros:

Conseguir fazer uma maratona

Como vê o atletismo daqui a 5 anos:

Espero que tenha uma evolução positiva e com cada vez mais jovens interessados nesta modalidade.

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Foto: Participação no competição distrital de veteranos 
Como se vê no atletismo daqui a 5 anos?

Espero ter muita forçinha nas pernas para correr e continuar a ser uma “laranjinha”.

Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?

É um desporto onde o sexo masculino é predominante mas, na minha opinião, é notório que cada vez mais mulheres participam em provas de corrida, tanto de estrada como de serra.

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Foto:  A primeira prova de trail, Castellum trail 2018

Existem diferenças de tratamento em relação aos homens:

Nunca me apercebi de tal diferença.

Como é que a COVID afetou a evolução como atleta?

Inicialmente, com as inúmeras restrições era difícil treinar e em grupo quase que impensável o que provocou na altura alguma desmotivação.

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Foto: Sicó 25 km

O que mudou nas provas com a pandemia?

Foram implementadas novas regras, como a apresentação de certificado digital e limitação de participantes. Mas onde se nota mais essa mudança é nos convívios que existiam depois das provas, fazendo desaparecer um pouco do espírito que tanto caracteriza o trail.

Essas mudanças são boas para a modalidade?

Penso que não. Alguns atletas não participam em provas devido a tanta exigência, assim como as constantes alterações e cancelamento de provas têm prejudicado a modalidade.

10
Mar22

Perdi-me e agora?


João Silva

"Estou oficialmente perdido."

Foi exatamente isto que pensei num treino em que me perdi. Acrescentei ainda uns quantos palavrões.

Não entrei em pânico, mas perdi-me mesmo.

Olhei à minha volta e só vi isto:

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Quis experimentar um caminho novo e achei que uma dada estrada ia dar onde queria.

Não foi logo, mas quando comecei a ter de escolher cortadas por estradas de terra batida, senti que já não sabia onde estava.

No meio da floresta e só com mato à minha frente, procurei seguir numa direção que acreditava ser a solução.

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Rapidamente percebi que ia passar muito tempo rodeado por mato e árvores.

Tive de tirar o telemóvel e de consultar o mapa da aplicação de GPS. 

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Ao fim de algum tempo, senti-me mais confortável. O grande susto tinha passado.

Sem saber como é que foi aquilo, acabei por ir ter ao sítio onde tinha começado.

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A partir dali foi regressar a casa.

Apesar de ter tido medo, porque, de facto, me perdi, mantive a calma para perceber, primeiro, a direção por onde queria seguir e, segundo, para consultsr o abençoado GPS. Foi uma sorte ter o telemóvel com bateria carregada, mas isso é algo que não pode faltar a nenhum corredor.

No meio disto tudo, ainda houve tempo para uma ou outra foto extra:

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08
Mar22

Será que os homens aceitariam o desafio?


João Silva

Será que os homens desportistas, sobretudo profissionais, têm noção da "sorte" que têm?

Hoje, Dia da Mulher, trago uma proposta: algum homem seria capaz de se submeter às limitações que as mulheres têm no desporto?

Principalmente no último ano, tenho tomado conhecimento de atletas femininas de elite que viram a sua vida passar a ser um inferno por terem sido mães. Perderam os patrocínios, deixaram de ter apoios e ainda tiveram de gerir toda a sua vida familiar e desportiva.

Num dos casos, assim que souberam que a atleta (alemã) estava grávida, informaram-na logo que estava na hora de fazerem uma restruturação e foram à sua vida.

Quando um homem decide ser pai, não se lhe pede que abdique da família, nem sequer se espera que escolha. É óbvio que pode ser um súper atleta.

Então e por que razão faz sentido exigir isso a uma mulher? Já o disse e reafirmo até morrer: filhos não são coisas de mulheres. São do casal, homo ou heterossexual. As responsabilidades e as expectativas têm de ser iguais. Por isso, não faz o mínimo sentido impedir as mulheres de terem as mesmas condições.

Como seria se um homem se queixasse de discriminação dos patrocinadores?

Deixo duas notas finais: sabiam que, a dada altura, se defendia que as mulheres não conseguiriam correr mais do que 1 km? Um absurdo completo!

Por último, um beijinho muito especial às mulheres da minha vida, em particular, à minha esposa, que respeito e a quem reconheço uma enorme inteligência e capacidade de luta pelos seus direitos.

 

07
Mar22

Treino interrompido....


João Silva

Esta foi uma sensação que comecei a ter muito desde o nascimento do Mateus. (E que agora regressou mesmo em grande, quase ao nível do nascimento. Ele está a atravessar uma fase muito complicada que terá começado há um mês, quando decidimos abandonar a chupeta para dormir. Falarei nisso lá muito para a frente. Naturalmente, ainda está a tentar encontrar a melhor forma de regular o seu novo sono.)

O nascimento de um filhote marca o fim do controlo que temos da nossa vida. Arriscaria a dizer que, se os dois pais fizerem as coisas de forma equitativa, é mesmo isso. Já não mandamos. Fazemos as nossas coisas e os nossos hobbies quando e se os filhos deixarem.

Uma das piores sensações que tenho é quando o telefone toca a meio de um treino (quando este está a correr bem) e tenho de regressar logo a casa.

Até há bem pouco tempo, o Mateus adormecia ao meu colo. Agora isso mudou um pouco, mas quando tem noites complicadas e não dorme depois das 05 horas da manhã, recebo as chamadas da Diana.

Para que tudo fique bem claro, não me estou a queixar por isso. Faz-se o que é necessário e a prioridade da minha vida é o filho. Mas também mentiria se dissesse que gosto da sensação de treino interrompido.

No início, ficava com o dia estragado. Remoía naquilo, porque ficava com a sensação de ter falhado! O tempo ajuda a curar tudo e lá aceitei. É o que é. E não posso fazer nada.

Se tinha marcado um treino de uma hora e meia e só fiz trinta ou quarenta minutos, pelo menos ainda corri um pouco. Tento tirar o lado bom da situação.

E quando tenho de regressar a casa, se o corpo deixar, procuro tirar o máximo daqueles quilómetros.

E já tive grandes treinos assim!!!

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E também aprendi que o pouco representa muitas vezes muito, em termos de treino (e não só). Depende sempre do que fazemos com esse pouco.

05
Mar22

"Eu mexo..."


João Silva

Alguém daí conhece a seguinte "ladainha" para bebés?

"Eu mexo um dedo, digi digi. Eu mexo o outro, digi, digi. Eu mexo os dois, digi, digi!"

Cá em casa tem sido muito usada para embalar o Mateus e para o acalmar.

Nas noites duras, naquelas que vão para o top dos internos, não há corpo que chegue para dar sequência a está ladainha.

Normalmente, são órgãos ou elementos que tenhamos em duplicado no corpo.

À conta dessas noites muito mal dormidas, já fizemos toda uma enciclopédia.

Começa nos "dedos" e segue por aí fora: orelhas, olhos, pestanas, narinas, bochechas, braços, cúbitos, rádios, cotovelos, falanges, ancas, coxas, adutores, virilhas, isquiotibiais, joelhos, rótulas, tíbias, perónios, fémures, metatarsos, tornozelos, gastrocnoménios...

Por aí a lista também costuma ser (ou foi) assim tão longa em algumas noites?

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03
Mar22

Recuperação ativa ou passiva?


João Silva

Acabámos um treino duro ou uma prova que fez chorar os nossos atacadores e o pessoal deseja-nos sempre uma boa recuperação.

Palavras gentis, sem dúvida, mas o que significam na prática?

Desde logo há três grandes hipóteses: recuperação ativa, recuperação passiva ou papo para o ar.

Embora a última também tenha o seu valor em determinados momentos, não é chamada para o caso.

Sobram-nos as outras duas.

Na recuperação ativa, mexemos o corpo, fazemos alguns exercícios como alongamentos dinâmicos ou estáticos e fazemos uma corrida, normalmente, em ritmo muito baixo. O objetivo é pôr o sistema circulatório a funcionar, é irrigar os músculos e potenciar assim a sua recuperação total. É uma forma de pegar no cansaço do corpo e de canalizar para a recuperação. É uma tipologia cada vez mais adeptos. O próprio lactato, que se pensava ser um inibidor do movimento, é utilizado neste processo ativo.

Por outro lado, há momentos em que as nossas profissões não permitem está forma ativa de recuperar de uma prova. 

Aí recorremos ao método passivo. Deixamos que o corpo faça o seu trabalho com os músculos quietos, sem grandes ações. Apesar de ser uma boa forma de recuperação, vai ser muito mais lenta. É muito reparadora, mas muito morosa também e deverá atrasar o nosso regresso à forma sem dores. Aqui a alimentação desempenha um papel importantíssimo. Em função dos alimentos escolhidos, a recuperação poderá ser mais rápida ou mais lenta.

Deixo-vos agora um vídeo onde podem perceber melhor o que significa recuperar ativa ou passivamente num cenário continuo de treinos:

Além disso, este vídeo revela ainda que, ao contrário do que se pensava, o lactato pode ser usado como um mecanismo de recuperação do corpo.

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