1, 2, 3, uma entrevista de cada vez
João Silva
Hoje venho dar-vos a conhecer mais uma atleta. Desta feita, mais uma conhecida, que, curiosidade das curiosidades, começou a correr na equipa ARCD Venda da Luísa no mesmo ano que eu, em 2018.
Outra curiosidade, em jeito de brincadeira, esta atleta está sempre barrada(s) (piada explicada no nome da colega).
Tem sempre um ar bem disposto e procura espalhar animação e dar apoio nos vários eventos da equipa. Tudo isto bons ingredientes para querermos a ficar a saber mais sobre esta atleta, que alimenta o sonho de fazer uma maratona. Algo que deixa sempre muito satisfeito.
Fiquem, pois, com a Marisa Correia:
Foto: Participação no competição distrital de veteranos
Nome:
Elisabete Marisa Barradas Correia
Idade:
36 Anos
Equipa:
ARCD Venda da Luísa
Praticante de atletismo desde:
2018
Modalidade de atletismo preferida:
Trail
Foto: Trail Meda de Mouros 2019, a primeira prova pela equipa
Prefere curtas ou longas distâncias:
Curtas distâncias
Na atual equipa desde
Dezembro de 2018
Volume de treinos por semana:
2 treinos de corrida intercalados com treinos no ginásio, mas sempre dependendo da minha disponibilidade pessoal e familiar.
Foto: "As minhas filhotas, que passam horas sem a minha companhia para eu poder treinar ou ir a provas. São o meu orgulho!!"
A importância dos treinos:
No meu caso, os treinos são importantíssimos. Quando, por algum motivo, não vou treinar ou treino menos, noto logo diminuição no desempenho e na resistência da corrida. Sendo, também importantes os treinos de ginásio para reforço muscular, de modo a prevenir eventuais lesões.
Se tem ou não treinador:
Não tenho treinador. Os meus treinadores são os/as colegas mais experientes que me dão conselhos e que “puxam” por mim nos treinos.
Foto: Os animados convívios da equipa
Diferenças entre o atletismo passado e o atual:
Considero-me novata nisto do atletismo, por isso não posso me pronunciar sobre o passado. No entanto relativamente ao trail noto uma adesão cada vez maior.
Histórias insólitas, curiosas ou inéditas:
Em outubro do ano passado fui com uma amiga fazer a meia maratona em Lisboa e a certa altura no hotel onde ficámos toca o alarme de incêndio às 2 horas da manhã, um susto tremendo e, no dia seguinte, a minha amiga acordou com uma enorme dor de costas, quasen ão se mexia. Depois do susto e da dor de costas melhorar, a prova fez-se e correu muito bem. Mas em todas as provas acontece sempre alguma coisa que seja inesquecível, ou um “esbardalhanço”, ou alguém que se perde, ou alguma dor de barriga {risos}…
Foto: Participação na Luso meia maratona 2021
Aventura marcante:
Participação na Luso meia maratona 2021, só eu e uma amiga, sozinhas em Lisboa, sem termos experiência em corrida de estrada, conseguimos fazer os 21 km (coisa que há uns anos era impensável para mim).
Participação em prova mais longa:
Sicó 2020 25 km
Foto: Trail do Infante 2019 com as culpadas de ter o "bichinho das corridas"
Objetivos pessoais futuros:
Conseguir fazer uma maratona
Como vê o atletismo daqui a 5 anos:
Espero que tenha uma evolução positiva e com cada vez mais jovens interessados nesta modalidade.
Foto: Participação no competição distrital de veteranos
Como se vê no atletismo daqui a 5 anos?
Espero ter muita forçinha nas pernas para correr e continuar a ser uma “laranjinha”.
Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?
É um desporto onde o sexo masculino é predominante mas, na minha opinião, é notório que cada vez mais mulheres participam em provas de corrida, tanto de estrada como de serra.
Foto: A primeira prova de trail, Castellum trail 2018
Existem diferenças de tratamento em relação aos homens:
Nunca me apercebi de tal diferença.
Como é que a COVID afetou a evolução como atleta?
Inicialmente, com as inúmeras restrições era difícil treinar e em grupo quase que impensável o que provocou na altura alguma desmotivação.
Foto: Sicó 25 km
O que mudou nas provas com a pandemia?
Foram implementadas novas regras, como a apresentação de certificado digital e limitação de participantes. Mas onde se nota mais essa mudança é nos convívios que existiam depois das provas, fazendo desaparecer um pouco do espírito que tanto caracteriza o trail.
Essas mudanças são boas para a modalidade?
Penso que não. Alguns atletas não participam em provas devido a tanta exigência, assim como as constantes alterações e cancelamento de provas têm prejudicado a modalidade.