Recuperação ativa ou passiva?
João Silva
Acabámos um treino duro ou uma prova que fez chorar os nossos atacadores e o pessoal deseja-nos sempre uma boa recuperação.
Palavras gentis, sem dúvida, mas o que significam na prática?
Desde logo há três grandes hipóteses: recuperação ativa, recuperação passiva ou papo para o ar.
Embora a última também tenha o seu valor em determinados momentos, não é chamada para o caso.
Sobram-nos as outras duas.
Na recuperação ativa, mexemos o corpo, fazemos alguns exercícios como alongamentos dinâmicos ou estáticos e fazemos uma corrida, normalmente, em ritmo muito baixo. O objetivo é pôr o sistema circulatório a funcionar, é irrigar os músculos e potenciar assim a sua recuperação total. É uma forma de pegar no cansaço do corpo e de canalizar para a recuperação. É uma tipologia cada vez mais adeptos. O próprio lactato, que se pensava ser um inibidor do movimento, é utilizado neste processo ativo.
Por outro lado, há momentos em que as nossas profissões não permitem está forma ativa de recuperar de uma prova.
Aí recorremos ao método passivo. Deixamos que o corpo faça o seu trabalho com os músculos quietos, sem grandes ações. Apesar de ser uma boa forma de recuperação, vai ser muito mais lenta. É muito reparadora, mas muito morosa também e deverá atrasar o nosso regresso à forma sem dores. Aqui a alimentação desempenha um papel importantíssimo. Em função dos alimentos escolhidos, a recuperação poderá ser mais rápida ou mais lenta.
Deixo-vos agora um vídeo onde podem perceber melhor o que significa recuperar ativa ou passivamente num cenário continuo de treinos:
Além disso, este vídeo revela ainda que, ao contrário do que se pensava, o lactato pode ser usado como um mecanismo de recuperação do corpo.