No passado dia 26 de outubro, chegou o momento pelo qual esperei desde o início da fisioterapia: voltar a correr.
Não, não queimei etapas. Segui as recomendações da fisioterapeuta.
Na verdade, até o digo com alguma vaidade, fui mais cauteloso do que no passado (uma evolução!!!): Ela tinha falado numa primeira corrida de 10 a 15 minutos para ver como o corpo reagia. Em terreno plano e não acidentado. Fiz 10. Não fui logo aos 15.
Aqueci muito e ainda bem, porque estava um belo gelo.
E lá arranquei. As primeiras passadas foram normais. Mas estranhas. Senti o peso de cada estrutura do meu corpo. Cada movimento dos braços e cada impacto. Já não estava habituado a achar isto tão estranho. Parecia que tinha voltado às primeiras corridas, com 118 kg, em novembro de 2016. Mas não havia vestígios desse peso. Na verdade, nem sequer havia falta de exercício (só que foram de outra natureza). Era apenas o movimento e o impacto.
Nos primeiros cinco minutos, houve alguma dor, o que me fez pensar que não ia correr aquele tempo todo. Mas a dor também faz parte do processo. Não se pode duvidar disso. Até porque foi uma dor "normal", não dor impeditiva.
Na segunda metade do treino, o incómodo manteve-se. Mas nunca me impediu de continuar. Não era aquela dor, era a dor de quem estava a iniciar uma corrida. Uma coisa era treinar sem impacto, o que nunca deixei de fazer, outra era sentir o asfalto a amparar as minhas passadas.
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O dia evoluiu sem grandes problemas. Estranhamente. Ou não. Até consegui dormir sem dores.
Dois dias depois, novo treino, aumento para o dobro da duração. Sempre por recomendação de quem me tratou.
Apesar do maior cansaço, o corpo reagiu bem.
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Não tive dores impeditivas. Apenas o corpo a reclamar tanto tempo sem correr. Fiquei a saber que ainda tinha gémeos.
Esta primeira fase do regresso estava conseguida. Depois disso e até ao dia de hoje, tenho vindo a aumentar tudo de forma muito progressiva, à ordem de 5/10 minutos a cada 2 dias. Por agora, o máximo que corri foram 35 minutos. O objetivo é ir deixando o corpo cada vez mais pronto, mesmo que, por vezes, pareça que tenho um corpo estranho, que já não é o mesmo.
Se tudo correr bem até lá, dia 8 de dezembro volto a correr em competição. Será a prova 4 estações na Venda da Luísa.
Já disse a mim próprio ao que vou. Ganhar ritmo. Ver como o corpo reage, até porque o piso não é plano. E será um desafio grande subir e descer.
Como dizem os franceses "il faut que je me fasse confiance".
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