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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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30
Jun21

Ressaca


João Silva

Não vos "trago" álcool.

Falo-vos da ressaca do corpo de cada vez que tem de recuperar de um treino duro.

No último ano senti várias dificuldades com o processo de recuperação. Desde logo, o erro de fazer treinos longos de corrida todos os dias e o de não parar um único dia desde meados de setembro. Isto cria um grande desgaste no corpo (e na cabeça).

Depois desta parte que já dificulta muito a recuperação de uns dias para os outros, vem a maior pedrada: o nascimento do Mateus trouxe algumas noites mais duras, alguns momentos de colo... em movimento. 

Passo a explicar: como forma de o embalar, acalmar e adormecer quando ele precisa (e quando eu preciso), caminho pela casa (normalmente, na divisão onde estamos) com o meu filhote nos braços. Isto faz-me passar algumas horas (a mais, em comparação) em pé. Como tal, os músculos mais sacrificados não relaxam e, durante a noite, no processo de restauro do corpo, sinto muitas dores.

Os levantares pós-treinos mais duros são mesmo muito dolorosos. E o início dos treinos é sempre muito penoso. Demoro uns três ou quatro dias a ficar bem. Se, nesse processo, consigo descansar melhor, o dia seguinte a uma noite mais "normal" parece um atropelo de um camião. É algo normal, já que o corpo aproveita para refazer o material muscular danificado pela corrida.

Nada disto foi uma queixa. Esta é a minha realidade agora e é a ela que tenho de me adaptar, mas não duvido de que encontrei um novo conceito de ressaca. 

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28
Jun21

Uma bucha que não embucha


João Silva

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E voltamos a falar de comida. 

De vez em quando, lá calha haver mais para contar da cozinha cá de casa. 

Desta feita, eu e a Diana demos vida a um clássico da nossa estadia prolongada em Aveiro nos idos anos de universidade e trabalho naquela cidade.

Trata-se de buchas de frango.

Já aqui falei na receita que usamos para fazer pão cá em casa (ver receita do pão de azeitonas). É necessário ter a massa pronta. Depois disso, é fazer frango desfiado guisado ao vosso gosto (nós usamos cebola, colorau, folha de louro, sal, pimenta e vinho branco).

De seguida, uma colherada de massa numa folha de papel vegetal, uma colher do preparado de frango e mais uma colherada de massa.

Vai ao forno a 210 graus durante de um tempo médio de 25 minutos (pode variar) e depois é só mnham Mnham Mnham Mnham.

Muito prático agora no verão. 

26
Jun21

Há lugar para isso ou não?


João Silva

De quando em vez lá aparece a "inquisição" pública para destruir um ou outro atleta pelas suas ações e palavras, sobretudo, no campo político e social.

Há quem defenda que um desportista não se deve meter nessas coisas.

Não sei o que acham disso. No meu entender, se estamos a falar de pessoas, estamos, à partida, a reconhecer que são seres sociais com deveres e direitos cívicos e, como tal, têm direito a enviar mensagens sociais e políticas.

O desporto tem um estatuto de exemplo, portanto, muitos crescem a olhar para aquelas pessoas como ídolos. Se o desporto se coaduna com futilidade, comércio desenfreado e corrupção, por que motivo só se questiona a conduta de um desportista quando este faz um gesto que reprime uma dada ação social e política?

Sempre vi no desporto uma função social. Mexe com muita coisa. Basta ver a estupidez que grassa por aí à conta de comentadores desportivos. Então isso é permitido mas ter um festejo que simboliza uma causa social ou que é contrária a um regime político não é tolerado? Faz algum sentido?

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24
Jun21

Do you think you can breathe?


João Silva

É uma coisa básica, certo? Todos sabem respirar. Fazêmo-lo de forma inata.

Então e o que nos pode trazer uma consciencialização daquela ação? Desde logo, pode ajudar a detetar eventuais falhas respiratórias.

Além disso, quando devidamente controlada, a respiração pode ser um enorme aliado na hora de melhorar a performance desportiva, em especial, na corrida.

Vejam lá se o que alguém habituado a estas andanças diz faz sentido ou não:

 

22
Jun21

Talvez a origem esteja aí


João Silva

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Nesta aventura para tentar perceber de onde vem todo este gosto pela corrida, deparei-me com uma memória que talvez possa explicar tudo.

Regressando ao meu passado de há 13 ou 14 anos, encontro-me a correr noutro país.

Ainda era bem gordinho, mas a verdade é que já via a corrida como um escape.

Na altura, foi durante uma estadia em casa dos meus pais no Luxemburgo que descobri uma verdadeira forma de me equilibrar. 

O ambiente era muito pesado e a única forma que tinha de fugir daquela opressão psicológica era caminhar e correr. De há coisa que não falta naquele país são campos frondosos e florestas bem escuras, sempre a fazer lembrar os filmes nórdicos. 

Além disso, em meados de abril costumava haver muito frio, gelo e neve. 

Lembro-me de correr devagarinho por aquele espaço e de sentir que entra a noutra dimensão. Lembro-me da felicidade e da liberdade. Recordo uma curva em particular quando saía de casa e uma reta com muitos ramos no caminho de regresso.

Durante aquelas duas semanas, corrida era o meu escape. 

Percebo hoje que é também a minha tábua de salvação e o meu ponto de equilíbrio. 

Infelizmente, perdi as fotos daquela altura. E tantas tirei eu. Porém, acredito que tudo tenha começado aí. 

20
Jun21

Lá bem longe em conjunto


João Silva

Este último ano é meio tem sido bem propício a memórias.

Sendo alguém que gosta muito de encontrar paralelos e ligações em tudo o que o rodeia, dou por mim a navegar muitas vezes no meu tanque à procura de memórias que liguem a minha paixão pela corrida ao meu passado.

O meu pai foi corredor. Quando nasci, já ele tinha deixado o atletismo.

Portanto, não deve ter vindo daí. 

Ainda assim, recordo-me bem de um dos poucos treinos de corrida que fiz na minha adolescência. Na verdade, só tenho memória de três. Curiosamente, um deles foi com o meu pai.

Eu, ele e um colega da terra. Não sei quanto tempo andámos a desbravar mato, mas sei que gostei imenso de passar pelos pinhais e que, por outro lado, não podia com uma gata pelo rabo (era cheiinho), que detestei a corrida na areia solta e que, muito curioso, queria que aquilo acabasse bem depressa.

Quem diria que, muitos anos mais tarde, ficaria um apaixonado por corridas e, melhor ainda, por longas distâncias?

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18
Jun21

Reféns dos patrocínios


João Silva

Isto do desporto é mesmo giro. 

Todos dizem que fazer é uma espécie de milagre para a nossa saúde, o que não me atrevo a desmentir. 

Além disso, o desporto é tido como um prazer. O que também é verdade. 

Mas se tudo isto é uma realidade, onde é que têm lugar as histórias de atletas profissionais que deixam de poder treinar e competir porque perderam os patrocínios?

Alguns perdem as bolsas ou mesmo os patrocínios, porque deixaram de apresentar resultados. Outros ficam sem nada porque se lesionaram e as marcas foram à sua vida. E, como se não bastasse, ainda temos o caso de atletas mulheres que deixam de ter quem aposte nelas porque, veja-se, foram mães.

Cada vez mais recorrentemente, tenho ouvido relatos de profissionais que viram a sua vida cair em desgraça porque as marcas perderam o interesse.

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Apesar de saber há muito que a nossa sociedade só valoriza números, e se for dinheiro melhor ainda, não deixo de ficar triste quando percebo que o crédito das pessoas se esgota no dia em que deixam de render. Então e onde fica o legado da pessoa? E onde se esgotam os seus valores morais e o exemo que dá aos mais novos e o caminho desportivo que mostra?

Só vale se ganhar? Recuso-me a aceitar essa ideia. 

16
Jun21

Sonhos lesionados


João Silva

Conhecem a sensação de acordarem de manhã e de um dos vossos gémeos ("barriga da perna') estar em pedra?

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Aconteceu-me isso numa destas noites.

Normalmente, isto aparece quando ando muito cansado e desgastado muscularmente.

Na dita noite, sei que não gritei (já aconteceu num movimento repentino), porque não queria acordar o Mateus, mas foram dores infernais numa ínfima fração de segundos. 

O mais estranho é que tudo isto pareceu um sonho muito distante. 

Por outro lado, quando acordei, o gémeo estava em pedra e doía. Portanto, arrisco a dizer que não sonhei... 

12
Jun21

De vez em quando lá vem ela


João Silva

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Por defeito e feitio, gero ansiedade. Deverá haver algo de genético nisto, pois a minha mãe é a pessoa mais ansiosa, nervosa e angustiada que conheço. Não sei se é genético ou "contagioso". Sei que, embora consiga lidar melhor com isso do que ela, de tempos a tempos lá vem ela chatear-me, a dita ansiedade. E é tão perturbadora que a sinto a aparecer, que a crio e que depois demora até desaparecer.

Desde logo, tudo começa com o excesso de coisas que defino para fazer em cada dia. É claramente mais do que consigo fazer e aguentar. Como tal, primeiro crio estratégias inconscientes para acordar antes do despertador, depois, essa inconsciência vira consciência e já sou eu quem "dá as ordem".

E assim vão os dias até que começo a sentir-me angustiado, até que ando acelerado e me deito com o coração a mil, não deixando, porém, de beber muito café para ajudar à festa. 

A melhor conclusão para todo este cenário é que deixo de conseguir dormir e, consequentemente, de descansar. 

A forma que encontro para lidar com isso é falar cá em casa e expor o que se passa comigo. Isso ajuda. O maior trunfo é quando começo a definir apenas uma ou duas tarefas extra para os meus dias.

Tudo isto agrava quando se tem filhos e nem sempre (muitas vezes) se consegue fazer tudo o que é necessário em termos familiares. 

Não sei como é com as outras pessoas, sei que essas épocas viram um inferno para mim. 

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