A culpa é do nevoeiro
João Silva
Com a mudança nos horários de treino, as madrugadas passaram a fazer parte da minha vida desportiva, o que não me chateia, já que sempre adorei começar o dia bem cedo. Talvez tenham sido influências da minha avó ou da minha mãe.
Uma das particularidades de se treinar em plena madrugada é o frio. Porém, tirando um ou outro caso, é algo suportável e até agradável. Outro lado bom é ter o céu estrelado. É impagável passar junto ao Castellum em Alcabideque com as estrelas a iluminarem bem o caminho.
Problema? Condeixa está rodeado por serra e leva com quantidades absurdas de nevoeiro.
Problema a dobrar: com a iluminação pública desligada e com nevoeiro cerrado, andar é um mistério, quanto mais correr.
É tão, na verdade, tudo se resume a uma hora e dez de treino com boa intensidade e a vinte minutos de alguma preocupação e lentidão para não tropeçar.
Como já conheço bem a terra e os caminhos por onde corro, acabo por ir quase em piloto automático. Ainda assim, confesso que o medo de me magoar me limita muito.
Quem corre à noite também costuma ter este tipo de problemas? Como funciona tudo desse lado?