Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub
27
Fev21

Motivação


João Silva

Não serve o presente texto como autoelogio, mas acredito que a motivação (na verdade, mais a força de vontade, embora não seja totalmente a mesma coisa) é a minha maior virtude. Na vida pessoal e no desporto. Não sendo diferente dos outros, também passo por momentos de desânimo e de desespero.

No entanto, sinto que não me falta a motivação para o que realmente quero. Conseguir ou não já é outra coisa. 

No caso da corrida, a motivação vê-se na vontade de treinar, de melhorar, de aplicar e explorar aspetos técnicos, de treinar sozinho (mesmo em treinos demasiado longos) e na capacidade para treinar faça chuva ou sol.

Às vezes, podemos estar a confundir isso com obstinação. Contudo, no meu caso, isso é motivação. Correr motiva-me e ter um plano criado por mim para me fazer evoluir funciona como farol motivacional.

Não sendo algo que possa medir, diria que a minha evolução nos treinos me motiva a fazer mais e me dá a prova provada de que é possível.

Não sei ao certo por que razão isso me acontece, mas a motivação nunca foi coisa que me faltasse. Só precisou foi de ser redirecionada para o que realmente importava ao longo dos anos.

IMG_20200919_081417.jpg

 

25
Fev21

O esboço por detrás da obra


João Silva

IMG_20201108_090225.jpg

Embora seja possível alcançar alguns feitos sem preparação, acredito plenamente que tudo é fruto do trabalho.

Nesse sentido, depois de ter feito duas maratonas (em treino) entre setembro e novembro, venho explicar agora o que me fez tirar 22 minutos ao tempo de setembro.

Basicamente, um plano que estruturei devidamente para me tornar mais consistente no desempenho. O objetivo de outubro a dezembro foi sempre esse.

Assim, vou explicar melhor tudo o que fiz:

A começar a 5 de outubro, fiz 4 semanas com a mesma estrutura: à segunda, recuperação do esforço do fim de semana, à terça, treino intervalado com 12 séries de 400 m, às quartas, treino de transição, à quinta, treinos de fartleks Watson com 8 séries de 4 minutos em ritmo alto e outras tantas de ritmo mais baixo. As sextas, usei para fazer a transição para os longões do fim de semana: corrida de 3 h ao sábado e outras tantas ao domingo, com incidência nas subidas.

Depois, entrei numa semana diferente, com um treino à terça com 6 séries e 6 sequências de fartleks. Na quarta, aumentei em 15 minutos o tempo habitual de corrida durante a semana (1h45 em vez de 1h30) e no sábado encurtei para 2 horas para depois fazer a maratona no domingo. 

Na semana seguinte à maratona de novembro, fiz treinos de 1h30 mas com um ritmo mais baixo para recuperar e no fim de semana, corri 2h30 no sábado e no domingo. No final destas 2h30, fiz dois treinos de 30 minutos com saltos à corda, escadas e técnicas de corrida para potenciar as minhas capacidades técnicas. 

Terminada esta primeira fase, decidi fazer o mesmo plano de outubro mas durante 6 semanas para cimentar melhor a capacidade de adotar um ritmo alto durante mais tempo. No final deste período, seguiu-se nova maratona. 

23
Fev21

E a família ali mesmo ao lado


João Silva

Hoje venho falar-vos de um belo episódio por que passei num dos treinos há umas: mais uma vez, saí para uma bela corrida gelada por volta das 05h30.
Vou todo contente com os podcasts em funcionamento e, de repente, vejo cinco vultos do meu lado direito num movimento muito repentino de afastamento.
Assustei-me, mas foi pior ainda quando percebi que era uma família de javalis.
Fiquei branco como a cal e só queria sair dali. Felizmente, eles acharam-me irrelevante e fugiram na direção oposta.
Já me tinha cruzado com esquilos, coelhos, cães, pássaros, gatos, ovelhas e carneiros durante os treinos. Javalis foi mesmo uma enorme (e assustadora) novidade.

 

IMG_20200101_000409.jpg

 

21
Fev21

(Não) havia necessidade?


João Silva

IMG_20201108_052749.jpg

Embora não atribua muita importância a isso, sei que há alguma perplexidade de umas quantas pessoas quando falo nas distâncias que corro, em particular, nas maratonas em treino. 

No fundo, entre outras coisas, isso acontece porque há o estigma de que não se deve correr a mesma distância de uma prova num treino.

Pois bem, percebo e respeito os argumentos, desde logo porque são distâncias muito duras e que não devem ser banalizadas.

Por outro lado, além de adorar testar os meus limites e de querer empurrá-los um pouco mais, tenho necessidade de perceber a reação do corpo numa distância de maratona antes mesmo de fazer uma oficial. Porquê? Pela necessidade de ajustar o meu esforço e de me preparar psicologicamente para o que vou enfrentar. Não me imagino a fazer uma maratona em prova sem antes ver como estou.

Há outras formas de melhorar o desempenho, mas o treino dessa distância já me deu ferramentas muito úteis em termos de abastecimento e de postura. 

Diz-se que o corpo melhora s sua forma de correr com o passar dos anos de treino. Acredito mesmo nisso. 

19
Fev21

Mas que senhor vício!


João Silva

O que fazer com 4 cenouras descascadas, 1 banana e 100 ml de leite ou água, 3 ovos e 150 g de aveia?

Está-se mesmo a ver... Tudo para a liquidificadora, bem trituradinho e espalhado por forminhas pequenas ou por uma forma grande. 20 minutos a 180 graus num forno pré-aquecido e tcharam...

IMG_20200909_171816.jpg

IMG_20200909_171825.jpg

Se no verão foi uma maravilha, imaginem no quentinho do inverno...

Se quiserem seguir melhor a receita, aqui fica ela... 

https://nit.pt/fit/alimentacao-saudavel/vai-ficar-viciado-nestes-muffins-de-cenoura-que-se-preparam-em-5-minutos

 

17
Fev21

Aqueles tops bonitos de se ver


João Silva

Não, não falo de tops de vestir, seus depravados!

Trago-vos dois vídeos com algumas das melhores chegadas em maratonas e meias maratonas.

Estas são sempre provas onde a emoção não tem qualquer tipo de limites e, nesse sentido, também tenho a minha quota de momentos inesquecíveis à chegada de algumas provas dessas distâncias.

Assim de repente, lembro-me de uma chegada em que ia vomitando numa Eco Meia Maratona de Coimbra ou de quatro chegadas efusivas e com lágrimas nas meias maratonas de Coimbra e de Leiria e em duas edições da maratona do Porto.

Deixo-vos, pois, com momentos de pura magia.

E desse lado, como é maioritariamente cruzar a meta?

 

 

 

15
Fev21

Mas que bela madalena!


João Silva

IMG_20200818_115123.jpg

Mais uma vez, a inspiração veio da Pitada do pai.
Daqui, para ser mais preciso:

www.apitadadopai.com/madalenas-de-limao/amp/

E, para não variar, na primeira vez, há mais de um ano, segui tudinho como estava e até coloquei em formas individuais.

Numa atitude mais simplista e com a ajuda da esposa, fizemos algumas mudanças que tornaram as madalenas numa madalena grande  e com o sabor refrescante da lima em vez do do limão.

Além disso, também fizemos outras mudanças: só farinha de trigo em vez de arroz, raspas de lima em vez de limão, nada de sal nem de fermento (só o que a farinha já tinha), de três colheres de sopa de azeite passámos para uma (ele fica fofo na mesma, não precisa de gordura extra, mesmo sendo da saudável), usámos leite magro de vaca.

Pronto, fica o repto: vão lá experimentar e venham cá contar como ficou.

IMG_20200818_115119.jpg

 

13
Fev21

Irritações


João Silva

Não, não falo do programa da SIC Radical, do qual sou fã.

Por defeito, sou um resmungão de primeira e sou muito sensível a muitas coisas insignificantes. 

Como o quê? 

IMG_20201024_083838.jpg

O facto de me atrasar um minuto a sair de casa antes do treino, de não ter os acessórios de treino já tirados de véspera, de me atrasar um minuto que seja na preparação do pequeno almoço e de não acordar antes do despertador para conseguir sair mais cedo para o treino. 

São pequenos nadas. Coisas insignificantes, aceito a resposta. 

Mas há um propósito para vos falar nisto: na verdade, esta irritabilidade extrema e quase histérica esconde um problema muito comum entre desportistas: o excesso de treino. 

É um dos sinais de que devemos abrandar. 

Se é verdade que consigo identificar as fases de tensão, não é menos verdade que não lido muito bem com o sobretreino, porque demoro a fazer os devidos ajustes. Vou adiando e isso prejudica a qualidade dos treinos e mesmo da minha disposição. 

Não sei se vocês chegam a este extremo, mas gostava de saber o que fazem para contrariar isso. 

 

 

11
Fev21

E tudo o medo levou?


João Silva

"Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe."

Esta frase da minha avó ecoa-me na cabeça muitas vezes.

Tendo tendência para achar que tudo tem um momento, penso sempre que as fases boas vão acabar rapidamente.

2019-10-29_09_07_49_178.jpg

O lado negro mais óbvio de tudo isto é que me martirizo cedo de mais e que gero ansiedade desnecessária.

Ainda assim, a verdade é que pensar na perda de um bom momento de forma me dá medo. É inevitável ficar tolhido pelo medo, porque essa é a sua função. 

Mais recentemente, passei por uma destas situações com o plano de treinos. 

Quando iniciei o plano específico de outubro, senti uma grande melhoria no desempenho. Tanto assim foi que isso começou a fazer pairar na minha cabeça o medo da perda. Esse sentimento só aparece quando temos algo para perder. 

Por outro lado, tudo é cíclico e é a isso que me agarro para acreditar que depois de uma fase má vem novamente uma boa, sempre com a condição de sermos nós próprios a fazer por isso. O medo não nos pode impedir de arriscar, deve, ainda assim, fazer-nos pensar bem na forma de correr esse mesmo risco. 

Desse lado também sentem o mesmo em relação à vossa vida?

Screenshot_20201015_065303_com.runtastic.android.j

 

09
Fev21

A culpa é do nevoeiro


João Silva

2019-11-17_13_00_15_074.jpg

Com a mudança nos horários de treino, as madrugadas passaram a fazer parte da minha vida desportiva, o que não me chateia, já que sempre adorei começar o dia bem cedo. Talvez tenham sido influências da minha avó ou da minha mãe.

Uma das particularidades de se treinar em plena madrugada é o frio. Porém, tirando um ou outro caso, é algo suportável e até agradável. Outro lado bom é ter o céu estrelado. É impagável passar junto ao Castellum em Alcabideque com as estrelas a iluminarem bem o caminho.

Problema? Condeixa está rodeado por serra e leva com quantidades absurdas de nevoeiro.

Problema a dobrar: com a iluminação pública desligada e com nevoeiro cerrado, andar é um mistério, quanto mais correr. 

É tão, na verdade, tudo se resume a uma hora e dez de treino com boa intensidade e a vinte minutos de alguma preocupação e lentidão para não tropeçar. 

Como já conheço bem a terra e os caminhos por onde corro, acabo por ir quase em piloto automático. Ainda assim, confesso que o medo de me magoar me limita muito.

2019-09-25_09_11_12_414.jpg

 

Quem corre à noite também costuma ter este tipo de problemas? Como funciona tudo desse lado? 

Pág. 1/2

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub