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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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30
Jan21

Dia de cinema


João Silva

Depois de dias a fio passados a falar de coisas técnicas, hoje venho partilhar convosco um filme que encontrei por acaso no YouTube. 

Trata-se de uma narrativa real que segue a vida de um corredor e os desafios que superou enquanto atleta.

Pelo caminho, vamos também ficando a conhecer a história de vários corredores e qual o seu envolvimento com o personagem principal. Descobrimos ainda lugares maravilhosos nos EUA. 

Como dizem na sinopse do filme é muito bem: "ficamos com a euforia dos corredores mas sem o suor". Portanto, ideal também para quem não gosta de correr:

 

 

28
Jan21

O bater mais forte do coração


João Silva

Hoje trago-vos o tema da VO2, que se refere ao volume de oxigénio que o nosso corpo consegue alcançar num dado instante.

Na verdade, são os treinos de séries, entre outros, que, com base na geração de oxigénio pelos músculos, nos permitem aguentar mais tempo ritmos altos e mudanças repentinas de ritmos. 

Mais do que especificar detalhadamente o que é a VO2, procuro dizer-vos que retomei as séries (numa primeira fase, curtas, de 400 m) no longínquo mês de outubro.

Depois de ter feito uma maratona de treino só com base nos treinos de resistência, decidi retomar um plano e fazer as coisas como era suposto na preparação para a segunda aventura de 42 km em treino. 

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Nem sequer vos trago esta imagem como comprovativo dos benefícios das séries. Na verdade, não foi um treino especialmente bom em termos de números. 

Por outro lado, foi um momento de "renascimento". Aquele sofrimento da primeira série às 5h30 da manhã debaixo daquela bela murrinha deu lugar à crença de que era possível e a uma frescura estranha que me fez acreditar numa série com um ritmo mais elevado. 

Em termos individuais, a média de cada série nem foi nada de especial (a melhor foi de 1'41", a pior de 1'47"). Ainda assim, o que me agradou foi a forma como o corpo respondeu após cada sequência. O coração batia mais, muito mais, e a cabeça começou-se a queixar da ausência de oxigénio. Em poucas séries, o processo passou a algo normal e a destreza apareceu.

Foi o bater mais forte do coração que fez nascer as trocas gasosas mais rápidas e que levou o corpo para outro patamar. A verdadeira ação de tudo isto só se revelou muito mais tarde.

É sempre assim: semear agora para colher mais tarde. É para isso que servem os planos de treino 

26
Jan21

Uma espécie de regresso ao passado


João Silva

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Em vários domínios da sociedade, caminhamos para um regresso às origens. A corrida não foge à regra. O nosso corpo veio devidamente equipado para correr. Algures no tempo, lá achámos que precisávamos de algo que nos ajudasse a correr melhor e criámos sapatilhas próprias. A meu ver, uma grande evolução para ajudar o corpo a suportar mais e a adiar os seus limites.

Ainda assim, talvez graças à liberdade de cada um, começámos a ver pessoas a correr descalças e/ou com sandálias!?

E sabem que mais? Eles não estão errados e, mais, até conseguem tirar mais partido do corpo.

Passo a explicar: de acordo com alguns investigadores ligados ao desporto e ao desempenho físico afirmam que o nosso corpo tira mais partido de uma corrida sem calçado e que, além disso, são menores as lesões ligadas ao "sistema" dos pés que sustenta o nosso corpo.

O quê? Mas como pode ser, considerando a dureza de uma corrida de estrada ou de um trail?

Desde logo, não nos podemos lançar à maluca para isto e temos de o fazer com acompanhamento e de forma gradual. Há duas razões para isso: como espécie animal, deixámos de andar descalços com regularidade e, além disso, um corpo habituado ao calçado tem uma biomecânica diferente.

Depois dessa habituação e de ganharmos calo na planta dos pés, diz quem o faz, tudo se torna suportável.

Ao contrário do que se pode pensar, correr descalço reduz o impacto do solo no corpo. Na verdade, estima-se que o amortecimento natural dos pés seja melhor do que o das sapatilhas, pois, não havendo drop, não há força que leve o calcanhar a aterrar primeiro, quando, na verdade, a bem da saúde física, devia ser a almofada do pé (antepé) quem devia tocar primeiro no chão para amparar melhor o impacto e transferir melhor a energia pelo corpo, levando-o a uma passada mais economizadora (como não há deficiências na aterragem, não há perda de energia nem a postura é afetada).

A juntar a tudo isto, temos os benefícios sensoriais e musculares, já que usamos todos os músculos do pé e ganhamos uma melhor perceção do espaço. 

Correr descalço é mesmo considerado melhor do que usar sandálias. Quanto muito, fala-se na utilização de luvas para pés, pois protegem de feridas e não afetam o comportamento do pé.

Ao pesquisar sobre o assunto, percebi que há povos (sobretudo africanos mas também existe um muito especial no México) que correm desde sempre descalços. Com resultados fantásticos para o corpo e em termos de classificação.

Outra das coisas que percebi melhor foi que o drop (distância do calcanhar ao solo) não deve ser muito grande para não forçar o calcanhar a aterrar primeiro. 

Cresci a gostar de andar descalço no quintal dos meus pais e ainda hoje adoro andar assim casa. No entanto, não tenho coragem de me pôr a correr sem sapatilhas, nem mesmo de forma gradual. Alguém com vontade de se aventurar desse lado? 

24
Jan21

Dividir ao meio e ficar com menos


João Silva

Alguém já ouviu falar em negative splitt (splitt negativo ou divisão negativa em português)?

O conceito parece simples e lógico: fazer uma segunda metade da prova com melhores parciais do que na primeira.

Desde logo, se tivermos em conta que demoramos, em média, 3 km a entrar no ritmo certo de uma corrida (os 3 primeiros km são uma espécie de aquecimento em competição), parece lógico que se faça menos tempo depois. Certo. Só que não!

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O cansaço, a desidratação, o desgaste do corpo, a falta de frescura mental têm, por norma, um enorme impacto na performance obtida na segunda metade da prova, que é, na maioria dos corredores "normais", mais baixa.

No entanto, a história do atletismo já nos ofereceu provas do contrário e, nesse sentido, é possível treinar esse aspeto.

Antes de mais, é necessário acreditar que é possível. Depois, torna-se necessário trabalhar muito bem a resistência física com muitos quilómetros nas pernas e a mental com muitos pensamentos positivos.

A tudo isto convém ainda adicionar uma bela pitada de frescura, inteligência na hidratação e bons equipamentos, sobretudo, no que toca a calçado. Além disso, é igualmente necessário fazer treinos em sistema de negative splitt e, para isso, temos de definir um tempo final virtual para concluir o percurso. 

Como nunca medi efetivamente os negative splitts nas provas, não sei se já me aconteceu. Sei, por outro lado, que consigo um melhor desempenho numa zona intermédia, já devidamente bem aquecido.

Por aí, feedback em relação a isto? 

22
Jan21

Com cetose ou sem cetose?


João Silva

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Em parte, lancei o "isco" para este tema com o artigo passado, o dos FODMAP.

Ora bem, o tema é muito com3e polémico. 

Em termos pessoais, revelo já que não sou praticante nem apologista de algo assim, embora seja cada vez mais utilizado, por exemplo, no ciclismo. 

O meu propósito com o tema passa pela reflexão tendo em conta a corrida. 

Desde logo, como referi há dois dias, a fonte de energia primária do corpo é a glicose, que provém maioritariamente dos hidratos de carbono simples. É a chamada energia rápida. Como sabem, depois de uma prova, por exemplo, de uma maratona, são os hidratos, na forma barras energéticas, os primeiros a ingerir para dotar o corpo de capacidade. 

Ora bem, a glicose em excesso na corrente sanguínea é transformada em gordura pela insulina. Portanto, se não houver cuidado, há o risco de ganhar massa gorda. 

Embora isso não interesse muito para este texto, revela por que razão as pessoas fogem (erradamente) dos hidratos de carbono. 

Antes de mais, não se esqueçam de que o cérebro é um músculo e que, por isso, precisa mesmo de glicose para funcionar devidamente. 

Ora bem, sempre à procura de soluções (algumas são depois canonizadas por alguns lobbies) para otimizar a nossa produção de energia, o ciclismo começou a seguir a moda de muitas pessoas famosas dos EUA e hoje a dieta cetogénica ganhou um lugar de destaque. 

E o que é e em que consiste? É um regime alimentar que abdica, quase por completo, dos hidratos de carbono como fonte de energia e que, ao invés, se inclina para uma ingestão considerável de gordura (deverá ser sobretudo de gorduras saudáveis como o óleo de coco, o azeite, o abacate, os frutos secos, os peixes gordos, entre outros) e de alguma quantidade de proteínas. 

Ora bem, vendo-se sem glicose, logo sem fonte energética, o corpo é obrigado a criar energia. Como? Pedindo ao fígado que divida os lípidos em ácidos gordos e em corpos cetónicos. A este processo dá-se o nome de cetose. 

As reservas de gordura passam a ser eliminadas para gerar forma de nos alimentar. Como afirma uma nutricionista (podem ver aqui), o corpo faz isso porque entra num estado de SOS, já que lhe faltam hidratos de carbono. 

O benefício que muitos procuram neste regime é que se perde volume e gordura efetiva muito rapidamente. (Este é o argumento usado por influencers e marcas). 

Por outro lado, sem glicose, os músculos não funcionam muito bem e as tonturas, a fraqueza ou a irritabilidade são uma constante. 

Pensem agora nisto no corpo de um desportista: numa maratona, precisamos de energia imediata. Se optarmos por ingerir gorduras no meio de um exercício físico intenso, não vamos receber energia imediata, já que o processo de cetose é muito mais lento que o da transformação da glicose em energia. Além disso, dada a sobrecarga que se pede ao fígado, as doenças hepáticas podem estar já ao virar da esquina. 

Embora ainda não se saiba muito sobre benefícios ou prejuízod para o corpo a longo prazo, sabe-se que a dieta cetogénica tem a vantagem de reduzir o nível de açúcar no sangue, de baixar o colesterol mau e de estimular o metabolismo. 

Escusado será dizer que não deve ser adotado de ânimo leve e que é necessário acompanhamento médico. 

Como forma de produção energética para otimizar o rendimento desportivo, não aprovo. No entanto, pode ser benéfica apenas com forma de estimular pontualmente o metabolismo dos corredores. 

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20
Jan21

Explique lá isso melhor


João Silva

"Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols" - vendo assim, isto diz-vos alguma coisa?

E se vos disser que os termos expostos acima resultam no acrónimo FODMAP? Se calhar, já vos é mais familiar. 

Pois bem, antes mais, explico-vos o significado do dito: "oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis". 

Porque falo nisto e porque trago este texto para aqui? Porque se trata de um aspeto que afeta cada vez mais pessoas e que pode ajudar a explicar indisposições durante provas e treinos com coisas tão agradáveis como cólicas. 

Desde logo, tem implicações intestinais, onde, como já se tornou chavão no mundo científico, se encontra o nosso segundo cérebro. 

Com efeito, são alimentos, mais concretamente hidratos de carbono de cadeia curta, ou seja, de absorção supostamente rápida que não são devidamente absorvidos pelo intestino delgado, descendo nessa forma ao intestino grosso, onde, em contacto com o nosso microbioma, fermentam. Este processo de fermentação é tão indesejado que, apesar de alimentar a nossa flora intestinal, pode provocar muitas cólicas, dores infindáveis, flatulência, inchaço e distensão abdominal. A cereja no topo do bolo (nem a propósito) é que pode estar na origem da síndrome do intestino irritável. 

Antes que alguns possam começar a pensar "eu bem sabia que o glúten fazia mal", vejam esta lista de alimentos: https://www.tuasaude.com/dieta-fodmap-para-sindrome-do-intestino-irritavel/amp/

É uma chatice não é? É que coisas como maçãs, peras, melancia, feijão verde ou lentilhas também são considerados FODMAP. Portanto, é muito mais comum do que se pensa e, em condições normais, o nosso organismo processaria o glúten, a lactose e a frutos e sem problemas. Aliás, na verdade, nós precisamos de tudo isso para garantir uma boa flora intestinal. 

Dito isto, importa ainda dizer que um dos tratamentos mais comuns passa, após consulta de médicos e nutricionistas, pela ausência absoluta de todos aqueles alimentos que viram na lista durante um período médio de 6 semanas. A lógica passa por fazer extinguir os sintomas. E deixamos de os comer para sempre? Nada disso. O recomendado é introduzir, gradual e individualmente, os alimentos para que se possa perceber qual ou quais o(s) responsável(eis) pela inflamação intestinal. Portanto, trata-se de uma dieta temporária e que deve ser seguida com um propósito de saúde e por especialistas. 

Não vão em cantigas nem naqueles embaixadores da demonização do glúten ou da lactose. Nós precisamos deles, em equilíbrio claro. 

Não caiam em esparrelas como ter iogurtes naturais magros (marca Continente) com a menção "não contém glúten". Pois não. Sabem porquê? Porque o glúten não está presente nos iogurtes, só em alguns cereais. 

Para finalizar, retomando a questão da corrida, nós precisamos de hidratos de carbono de cadeia curta (também de média e longa) porque são eles que levam a glicose aos músculos. E a glicose, meus caros, é o combustível dos músculos. Ah, e não se esqueçam de que é a glicose que vai dar origem ao glicogénio, reserva número de energia, por exemplo, para aguentar provas longas. Além disso, o cérebro é um músculo, o que significa que também não vai funcionar bem sem hidratos simples.

Naturalmente, quem sofre com FODMAP e precisa de restringir os hidratos de cadeia curta fica mais limitado em termos de produção de energia. A esse nível, por exemplo no ciclismo, já se adota outra dieta muito específica e que também é usada no combate à diabetes. Falo da dieta cetogénica. Escreverei sobre o tema num futuro muito próximo. 

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Imagem retirada de https://nutritotal.com.br/pro/o-que-significa-fodmap/amp/

 

 

18
Jan21

Há o risco de os perder?


João Silva

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Refiro-me ao reforço e à massa muscular. Na verdade, se não for estimulada e trabalhada, a massa muscular vai embora. É algo factual e a pergunta persegue-me desde que o meu treino sofreu alterações.

Passo a explicar: a gestão profissional e o nascimento do Mateus obrigaram-me, como seria inevitável, a mudar o meu sistema de treinos. O tempo está mais contado e precisava de ser prático: a corrida é muito mais "rápida" de executar do que sessões de reforço muscular de 1 h, desde logo porque o descanso entre séries prolonga o tempo da sessão, o que me iria prejudicar no resto.

Assim, ainda antes do nascimento do meu filho fui cortando no tempo dedicado ao reforço muscular. Se antes a relação normal era de 1h para corrida e 1h para reforço, mudou para 1h30/30m e, nos cinco primeiros meses de existência do meu pirralhito para 2h de corrida.

Nesta última fase, passei a fazer 10 minutos por dia de reforço. Recorria apenas aos exercícios básicos e fundamentais para não perder massa muscular. Não é uma situação fácil, porque, sobretudo os músculos lombares, do core e dos glúteos são vitais para a corrida, pois dão estabilidade e garantem o suporte necessário para enfrentar o desgaste de corridas longas. Havendo perda, a postura é dos elementos mais afetados, podendo levar a lesões.

A juntar a tudo isto, a corrida tem a particularidade de fissura tecidos no processo. Se não houver repouso para fomentar a regeneração, a massa muscular não fica bem. Portanto, abdicar de reforço muscular pode originar a perda dos músculos. Não foi fácil gerir esses receios todos durante o tempo em que não me pude dedicar ao reforço. Ainda assim, sempre que podia, fazia 5 ou 10 minutos deste tipo de trabalho. Não se perde tudo e acabamos por usar as possibilidades que temos.

Haja vontade e alguma paciência. 

16
Jan21

Sai um tapering?


João Silva

Já ouviram falar?

Livro Corrida e maratona

Pois é, a minha bíblia desportiva ensinou-me mais umas coisas. Na prática, já tinha ouvido falar na ideia, mas não conhecia a designação inglesa.

No fundo, não é mais do que reduzir o volume de treino de forma gradual antes de uma prova. Pode e deve ser feito para garantir frescura para o grande dia.

A referida redução não deve ser feita aleatoriamente. O processo tem de ser gradual. Portanto, neste caso concreto, vamos falar na maratona. Aqui defende-se uma redução que vai dos 80 aos 40% nas três semanas anteriores à prova.

De facto, o nosso pico de forma deve estar no ponto cerca de três semanas antes do grande dia. E isto é uma espécie de regra de ouro. Essa última fase deve trazer descanso ao corpo e à mente. Por outro lado, embora se defenda que a nossa forma não se perderia num período de 2 semanas sem treinos, a dinâmica ir-se-ia embora, pelo que, também defendo isto, rolar é necessário.

Desnecessário é sobrecarregar o corpo, como eu próprio já fiz no passado. Apesar de não seguir isto à risca, procuro abrandar antes de uma maratona. Aí o foco deve passar por treinar o pensamento positivo, que nos será vital quando a dura realidade nos atingir. 

E surge a questão: se reduzo o treino, devo cortar na alimentação? Na verdade, não. Tirando o volume, tudo deve ser mantido. E porquê? Porque nos vai dar uma bela reserva de glicogénio (os atletas mais experientes conseguem atingir os 720 g de reserva de glicogénio), o combustível dos músculos e o Santo Gral para aguentar os quilómetros finais da prova.

E não ficamos por aqui: o dito tapering traz a vantagem de gerar mais glóbulos vermelhos, essenciais no transporte de oxigénio para o corpo. Este aumento significa uma maior capacidade aeróbica.

E como se não bastasse, ainda há um aumento dos glóbulos brancos, logo, das defesas do corpo.

Importante é perceber que a redução deve ser gradual e não pode ser total. É necessário manter o corpo e a mente no ponto. Por exemplo, um abuso na alimentação também vai prejudicar o processo. 

14
Jan21

Vamos lá tentar a sorte em 2021


João Silva

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Já lá vão 4 anos de corrida, muita mesmo. Já sei onde posso ir, onde o corpo deixa e como me defender das adversidades. 

Em termos genéricos, gostaria um dia de fazer menos de 3 horas na maratona. Por agora, é um passo muito maior do que a perna. Ainda assim, trabalhando bem em 2021, é possível fazer 3h30 (seriam menos 17 minutos face a 2019 naquela mesma prova) em Aveiro.

Quanto à do Porto, o meu principal objetivo é tirar um minuto ao meu recorde e fazer 3h20. Com um pouco de sorte (bem trabalhada e provocada), penso que é possível acabar com 3h15. Os treinos longos de 2020 deram-me esse alento. 

Quanto às meias maratonas, objetivo maior para 2021 é fazer 1h25. Implica tirar muito ao meu recorde de 1h29, pois a margem do meu corpo já não é assim tão grande. Terei de compensar com a mental. 

 

Por último, duas notas: se fizer os 15 km no campeonato distrital de estrada em Alba, vou tentar ficar à porta da marca de 1h.

Caso não seja possível participar em nada por qualquer motivo, incluindo a pandemia, tratarei de fazer 2 maratonas em treinos por cada semestre (talvez 2) e ainda de tentar chegar a um treino de 50 km em estrada. Sozinho ou acampanhado por alguns velhos conhecidos que tenho em mente e com quem ainda não falei.

A juntar a tudo isso, vou apostar forte num programa de treinos assente na Vma (inspirado nas minhas pesquisas) para melhorar a minha capacidade de gerar mais oxigénio para os músculos.

Bater os 6092 km corridos ao longo de 2021 é outro dos desafios. 

12
Jan21

As lesões de um corredor - parte V


João Silva

Para terminar esta rubrica, que já vem longa, exponho as duas últimas lesões apresentadas no livro Corrida e maratona, da editora DK.

Como último capítulo, falamos de fascites, ou de inflamações nas fascias, uma zona suave de revestimento dos músculos e que é muito importante na horas de proteger estes últimos. 

Portanto, no menu temos tendinopatia de Aquiles, fascite e

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lesões nos tendões do pé e do tornozelo. 

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Acrescentariam mais alguma à toda esta lista das últimas semanas?

Mantenham-se longe das lesões e próximos das corridas. 

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