Julho e o "destino"
João Silva
Não acredito em destino, como já dei conta disso neste espaço, acredito em coincidências e em pragmatismo (que não invalida, de todo, quem acredita em destino).
No caso, o título serve, uma vez mais, efeitos pomposos e de alguma circunstância.
Ainda assim, encerra algo de curioso: chega-se o verão e a malta pára o exercício, neste âmbito, a corrida. Regra geral. E há razões para isso. Porém falarei no assunto (muito) mais para a frente.
Não costumo parar (se devo ou não, é outra questão), mas não só não abrando como aproveito esta fase para reverter a inclinação da minha forma. Se, até inícios de junho, o desempenho apontava para baixo, tudo mudou desde então.
O mês de junho já foi forte em termos de número de corridas e em indícios de melhoria, o de julho rebentou com todas as minhas marcas de treinos. Nunca tinha conseguido correr 400 km num só mês. No máximo, tinha chegado aos 339 em janeiro e em junho deste ano.
Tal facto enche-me de orgulho, sobretudo, porque esses quilómetros foram feitos com um propósito. Adotei uma grande diversidade de treinos, desde séries a fartleks, sem esquecer rampas, planos ou time-trials, curtos ou longos. Por agora, fico muito feliz, porque cheguei onde queria. O ciclo mudou e, a partir de determinada altura, voltei a fazer treinos a um nível muito alto.
Portanto, posto isto e um ano mais velho, resta-me esperar manter esta disciplina de treino e lutar por mais, não necessariamente quilómetros, porque os treinos não se medem apenas pelos números e distâncias percorridas. Todos os dias faço treinos funcionais depois da corrida, faço ioga e pilates pelo menos uma vez por semana, alongo profundamente e medito. Nada disso entra de forma direta e óbvia na imagem revelada acima.
Por outro lado e em jeito de conclusão, nada disso é revelado mas contribui em larga escala para a manutenção e para a melhoria do rendimento.
Desejo para os próximos tempos: venha de lá outro tanto. Assim o corpo o permita.