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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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31
Ago19

Esperar pode ser um tormento...ou uma qualidade


João Silva

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Esta imagem serve o propósito de vos mostrar o melhor treino de que tenho memória no tempo de 1h30m. Isto mostra o quê? No fundo, revela a evolução positiva sofrida pelo meu organismo desde maio. É, pois, uma sequência da publicação de ontem.

Claro que, em relação ao treino que aqui apresento, é importante ter sempre em conta que os percursos mudam, logo, a comparação acaba por ser sempre ingrata.

No entanto, há um denominador que permite atestar desenvolvimento positivo ou negativo de um atleta: os minutos que demoramos a percorrer um km.

Ainda antes de deixar uma ou duas palavras sobre o treino de dia 14 de julho, é fundamental referir que, nos meus piores momentos de 2019, quase que tinha de penar para fazer 15 ou 16 km em 1h30.

Portanto, toda a espera e a calma para não desesperar valeram a pena. No treino da imagem, consegui um ritmo de sonho para um treino e para a minha realidade. Além disso, no dia anterior, num treino em que fora acompanhado pelo meu colega de equipa André Santos, tinha percorrido 27 km. Ou seja, o corpo estava "dorido".

O percurso era bastante rolante, mas nunca quebrei verdadeiramente e cheguei ao fim com uma marca que me deixou muito feliz. Já não tinha dúvidas, mas naquele momento percebi que era mesmo verdade, que o meu corpo tinha gostado dos esticões.

Foi um daqueles treinos que, se pudesse, tinha emoldurado e guardado para mais tarde recordar.

30
Ago19

Esfalfa-te em maio para seres feliz em julho


João Silva

De facto, demorou algum tempo a reverter a situação. 

E a lição que trago neste final de verão é precisamente essa: os resultados não surgem imediatamente.

Não sou mais do que ninguém e já sabia que não seria repentino. Modéstia à parte, não ando nisto há dois dias, apesar de ter sido a primeira vez em que enfrentei uma descida de forma tão prolongada.

Como dei conta na devida altura, depois da maratona de Aveiro em abril deste ano, atingi um ponto baixo de performance e, embuído nesse espírito, percebi que tinha de mudar alguma coisa. Ainda um pouco sem rei nem roque e, a partir da segunda quinzena de maio, procurei introduzir novos estímulos. Na verdade, os estímulos vieram de forma "acidental", porque o que procurei foi mesmo retirar alguma da pressão que andava a colocar sobre mim.

Resultou. Não foi, tal como nunca é, um processo fácil. Isto de vivermos todos os dias connosco é tramado. Depois destes casos fica mais fácil ter compaixão por quem nos atura uma grande parte da nossa vida.

Ainda assim, a "balda" inicial surtiu efeito. Quando uso a palavra "balda", não estou, de todo, a dizer que deixei de treinar, mas a "rigidez" não foi a mesma e, por conseguinte, foi aí que ganhei maior descontração.

Em meados de junho, o corpo começou a mudar, a notar mais os estímulos e a ficar "entusiasmado" com isso. Por esta altura, a "transformação" não estava consumada, mas a forma física começava a subir.

Com o início do mês de julho, vieram os bons resultados em treinos. Não tive provas oficiais para confirmar isso, mas os treinos são um excelente indicador de melhorias. Aliás, como já escrevi, as provas são apenas uma "montra" do que fazemos em treino. No referido mês de julho, a introdução de mais treinos de séries e de fartleks revelou-se acertada e os resultados passaram a ser bons de forma permanente e não esporádica. Ou seja, tinha finalmente a confirmação de todos os indícios de melhoria.

Portanto, como em tudo na vida, a paciência é uma grande arma. A terminar, tenho de vos deixar com uma verdade sábia: um programa de treinos demora aproximadamente quatro semanas a apresentar resultados. Conclusão: definam as vossas metas, treinem de acordo com as mesmas e depois esperem...os resultados expectáveis aparecerão.

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29
Ago19

O trail que me ficou na memória e no corpo


João Silva

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Foi este o estado em que cheguei ao fim daquele trail.

Primeira edição do trail de Alcabideque. Corri na distância de 14 km. 

Em outubro de 2017, tinha havido um grande incêndio por aquelas bandas. Conclusão: num dia de chuva farta e com as cinzas do dito ainda a pairar por aqueles lados, o "piso" ficou uma verdadeira desgraça. Escorregadio, acidentado, pesado, lamacento.

Logo no início, fomos presenteados com uns belos flashes de relâmpagos e com umas trovoadas igualmente assustadoras e jeitosas.

Fruto de tudo o que já disse, uma vez mais sem óculos.

E ainda houve direito a uma estreia: como não eram muitos os atletas participantes, consegui partir na linha da frente. Nunca faço questão disso, mas ali não enjeitei a possibilidade.

A prova foi técnica, muito durinha, acrescentaria.

A primeira subida parecia um escorrega. Algum tempo depois, uma descida íngreme feita com a ajuda de uma "corda de metal". Como o meu jeito para isso é muito, desci com o meu braço a deslizar pela corda. Só queimou do antebraço até ao pulso. E nem ardeu muito, porque a chuva ajudou.

Na montanha seguinte, decidi fazer a outra descida através de uma nova técnica: ir ao sabor do vento e da lama. Devo dizer que a lama, as cinzas e os troncos em que fui batendo se encarregaram de me fazer chegar à estrada. Obrigadinho.

Para ajudar nesta saga, numa parte rolante, olho para o meu abdómen e não vislumbro o dorsal. Tinha caído. Tive de andar quase meio quilómetro para o encontrar. Remédio santo. Graças a isso e às informações do meu estimado colega Virgílio Neto, comprei um porta-dorsais. Lição aprendida.

No fim, foi o trail que mais me marcou pela positiva. Foi também aquele que mais marcas me deixou no corpo. Ainda hoje falo dele, portanto, só pode ter sido bom...ou traumático.

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28
Ago19

O segredo está nos esticões


João Silva

Verdade, verdadinha.

Os abanões que damos nos nossos treinos e métodos de trabalho são, sem dúvida, o segredo para mudar alguma coisa.

O corpo habitua-se a uma determinada rotina e, ao fim de algum tempo, não consegue libertar-se daquele marasmo. A partir de determinada altura, a forma começa a baixar porque os estímulos não são renovados ou reinventados.

Quando se fala na habituação ao que quer que seja, quem está de fora, acha sempre que ao fim de uma semana de treino. Contudo, estou a falar de um processo que dura alguns meses. Não é do dia para a noite e os sinais são bem percetíveis na falta de vontade, no sentimento de "é sempre igual" e depois ainda em questões técnicas, como a incapacidade para imprimir mudanças de ritmo dentro do mesmo treino, por exemplo.

Nesse sentido, algo de muito bom que podem fazer para dar nova vida aos vossos treinos é adotar un sprints durante uns treinos. Depois disso, o vosso corpo vai começar a dar sinal. Se fizerem isso em todos os treinos da semana, na semana seguinte, vão notar diferenças no vosso corpo, já para não falar na aceleração no metabolismo que isso vai provocar.

Outra dica muito boa é, para os típicos corredores de estrada, um suplício, porque implica subir uma ou várias rampas com inclinações bem jeitosas. O vosso coração e os vossos pulmões, sem esquecer as ancas, os adutores e as virilhas, vão bater palmas de contentamento, mas, certamente, passarão a correr muito melhor.

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Estagnar é um passo e, ao mesmo tempo, uma consequência (invevitável?) da prática desportiva continuada. Contudo, é importante não deixar que a estagnação se torne uma rotina, porque depois será muito complicado deixar o "buraco" em que caímos.

O que fazem quando sentem que o vosso corpo se acomodou aos treinos e às rotinas dos mesmos?

27
Ago19

Eles andam à solta...cuidado


João Silva

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Eles andam mesmo à solta e nem têm culpa. Falo dos cães.

Quem corre ou pratica desporto na rua, sabe bem do que falo. 

É tão frequente ir descansado e encontrar um cão que se revolta à minha passagem. É instintivo da parte deles e percebo isso, mas nã deixo de ficar incomodade.

Já enfrentei algumas situações complexas, embora conheça relatos de histórias mais complicadas do que as minhas. 

E desse lado, como é? Muitas situações desagradáveis a este nível?

Pior do que ter cães a ladrar para mim é deparar-me com cães soltos. Nas terras menos movimentadas isso é tão comum que me chega mesmo a transtornar, porque há uma grande probabilidade de ataque. E enerva-me solenemente quando vejo donos que passeam os cães a dizer "ele não morde". Lá agora! E se morder quem assume a responsabilidade?

Subindo na escala das irritações por causa de animais, chegamos ao topo: verão e cães abandonados. Pelo menos, todos os anos em Condeixa a festa tem sido essa. Finais de maio e lá começam os pobres dos animais a deambular sem os donos pela vila. É mau para eles porque são abandonados e podem ser atropelados e é mau para os desportistas, que se sujeitam a umas belas dentadas...Isso irrita-me solenemente.

26
Ago19

Treinar sem saber para quê, mas porque sim


João Silva

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Às vezes, penso que seria difícil passar por estas fases, caso não tivesse esta paixão pelo desporto.

O treino fascina-me. A disciplina dirária e a metodologia de treino sempre foram vistas por mim como uma finalidade em si. Ou seja: as provas dão sentido ao meu treino, mas não são a essência do meu plano. Se não tiver uma prova marcada, não deixo de treinar. E só isso é que justifica o meu gosto pelo desporto, "a cru". 

Julho representou a entrada num semestre mais vazio de provas, contrariamente ao que sucedeu nos anos anteriores, mas nem sempre a vida é como desejamos e existem contrariedades às quais é necessário responder com serenidade.

E por aí poderíamos colocar a questão: treinar para quê, se não há provas? Treinar porque fomenta a saúde, porque é maravilhoso, porque as coisas mudam e voltamos a dispor do que deixámos de ter no passado e temos de estar preparados e, em última análise, porque terei uma grande prova já confirmada em novembro.

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Até essa data ainda faltam uns belos meses, mas o tempo passa depressa e não é num mês que se ganha força. Aliás, o mês de outubro já deverá ser utilizado para maior repouso, apesar de ir participar em duas meias maratonas (Leiria e Coimbra). Portanto, não poderia ficar sem treinar até essa altura.

No fim de contas, treino é evolução e fiquei contente quando vi que vinha aí esta fase sem tantas provas, porque isso me dá liberdade suficiente para testar novos percursos, para experimentar novas modalidades e para cometer alguns erros na gestão dos percursos. Sim, eu adoro treinos longuíssimos e tenho uma, só uma, tara por andar com a roda no ar por "caminhos nunca por mim percorridos".

Resumindo, houve uma certa infelicidade na situação, que, estou seguro, será resolvida, mas isso também me ofereceu uma excelente oportunidade para experimentar, para me dedicar ao treino. E como gosto tanto de o fazer!!!!

25
Ago19

Menos treinos funcionais e o corpo deu mais


João Silva

Foi mais uma das experiências que fiz.

Regra geral, o meu treino diário é composto por uma sessão de corrida e por uma de treino funcional.

Já falei disso no passado no blogue.

Primeiro não distinguia entre parte superior e parte inferior do corpo, o que, percebi depois, acabava por me deixar com as pernas pesadas e com dificuldades em alguns treinos. Depois de ter compreendido o que estava a acontecer, o que demorou meses, acabei por definir dias para cada parte/grupo muscular. 

Quando cheguei a um extremo de sobrecarga de treinos, comecei a sentir dificuldades motivacionais em chegar depois da sessão da corrida e a submeter-me "às tareias" musculares. Demorou 2 anos e 7 meses a chegar, mas aconteceu. O que decidi fazer?

Optei por adotar um plano mais voltado para sessões únicas e seguidas. Era uma forma de não ter dificuldades em estar três horas a fazer diferentes desportos. Claro que quem pagou esta fase foram as pernas, porque me pus a correr três ou quatro dias por semana durante mais de 01h00. Conclusão: cansaço, peso nas pernas e nos gémeos, dores horríveis nas virilhas.

Ainda assim, depois de muito pensar, voltei a encontrar uma solução: concentrar os treinos funcionais em sessões isoladas por semana. Por exemplo: num determinado dia da semana, fazia 1 h de abdominais, 1 h de glúteos e 1h de saltos (burpees, flat out burpees, touchdowns, saltar À cordaetc.). Ao fim de algum tempo, percebi que a concentração num só dia tinha uma grande vantagem: aquele grupo muscular tinha hipótese de descansar e de recuperar. Na sessão seguinte, já noutra semana, comecei a notar que os músculos ficaram mais definidos. 

Passei igualmente a tomar consciência do fenómeno de inchaço do corpo. Sim, aquele fenómeno que no início me fazia pensar que estava a engordar, quando, na verdade, era apenas o músculo a reestruturar-se.

É verdade que sofri com a mudança, mas também tomei mais consciência dos benefícios para o descanso muscular.

Como mencionei acima, resolvi o problema do excesso de treino com algumas normas mais "restritas" e a solução passou por reintroduzir as sessões funcionais mas por segmentar melhor o esforço, por exemplo, das pernas. Ou seja: tentar que um treino longo não seja seguido de 1 h de sessão de saltos. 

E por aí, com que frequência recorrem ao treino funcional? E que tipo de treinos fazem? Quantas vezes por semana.

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24
Ago19

Bebe até te fartares


João Silva

Se os meus familiares vierem ler esta publicação, certamente, ficarão admirados com sta declaração. No fundo, eles conhecem-me bem e sabem que nunca poderia estar a falar de bebidas alcoólicas. Isso é algo muito idiossincrático e, apesar de (ou talvez por essa razão) ter passado uma fase na adolescência em que bebia álcool (de forma social e com um ou outro exagero), não sou adepto de bebidas alcoólicas. É mesmo muito raro. Sabe-me bem de vez em quando. No início desta aventura, ainda acompanhava alguns dos meus familiares com um copinho de vinho às refeições ou um ou outro licor. Contudo, de forma natural, por saber o peso do álcool na alimentação e na gestão do peso, mas também por razões muito pessoais que não interessam para este texto, deixei de beber nessas ocasiões.

Todavia, o presente texto não era para vos revelar que não bebo álcool. Ao invés, era para vos falar um pouco da importância da água.

Quem corre, sobretudo, em serra, em dias de muito calor e percorre grandes distâncias, tem perfeita consciência de que precisa de se hidratar. Claro que pode sempre recorrer a isotónicos, também eles importantes, embora eu não use nenhum, ou a outras bebidas, por exemplo açucaradas. No entanto, a experiência que já pude amealhar a esse nível, mostrou-me que a água é a única coisa que me ajuda efetivamente. As bebidas de frutas, mesmo as que têm maltodextrina com o objetivo de reduzir a fadiga, e o café secam-me muito a boca e não me dão frescura. 

No caso da água, os efeitos em mim são praticamente imediatos e benéficos. Já fiz alguns testes curiosos: usar 500 ml em treinos superiores a 1h30. Nesses casos, a água "deu-me" frescura e a sensação de energia. Só com base nesse líquido milagroso, já terminei treinos de 3 h sem qualquer abastecimento sólido, o que, não seria, de todo, algo que pudesse considerar possível, caso não tivesse experimentado.

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A última vez que só usei água para me "sustentar" num treino longo foi no passado dia 29 de junho. Percorri 32 km sem qualquer sinal de cãibra ou de fraqueza alimentar. No meu entender, existem duas formas de fazer esse tipo de abastecimento com água: ou programam a ingestão, por exemplo, em períodos de 40 minutos, ou vão ingerindo um pouco "à vontade do freguês". Nos dois cenários, funciona. Importante em todo esse processo é não chegar a uma situação real de sede. Com o tempo e os treinos, especialmente, os grandes, acabaram por aprender com a sentir as necessidades do corpo e a antecipar automaticamente a ingestão. Mas demora, daí aconselhar verdadeiramente que os primeiros abastecimentos líquidos nos treinos grandes sejam programados com o vosso relógio.

Curiosamente, um "sábio" tão "sábio" como eu deveria saber que é parvoíce sair de casa em pleno verão para um treino superior a 1h30 (às vezes até mesmo nos de 1h00). E sendo parvoíce já o fiz? Obviamente. Em junho, numa semana com vários treinos de 1h30 passei mal por não ter levado água. Quando digo mal, não me refiro a eventual problema físico mas a uma maior sensação de cansaço. Em julho, quando fiz três treinos seguidos de 2h00, obriguei-me a levar água...depois de ter ficado à seca no primeiro dessa sequência.

Esse desleixe é claramente um perigo nesta altura do ano. Com efeito, é necessário ter muita atenção. Além do protetor solar ou de uma "fita" na cabeça, agora já não saio de casa sem uma garrafa de água. 

Apesar de ser muito benéfico para o nosso desempenho durante os treinos, é preciso ter muito cuidado com a ingestão excessiva. Conheço algumas pessoas que bebem muito durante os treinos ou as provas e essa sensação de peso extra no estômago (já para não falar do enchimento da bexiga) é incomodativa e prejudica o desempenho. Ajuda a provocar dores estomacais. Como diz a expressão: "been there, done that".

23
Ago19

Nada cura tanto ou tão rápido quanto o desporto


João Silva

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Parece mais um dos clichés que se usam muito atualmente, mas, ainda assim, a verdade é que passamos imenso tempo à procura de soluções para os nossos problemas de saúde e, em abono da verdade, aquelas estão no desporto.

É um facto. Se tiverem algum problema de saúde e pesquisarem a fundo, vão ver que a maioria dos especialistas recomenda a atividade desportiva como solução. E não, não é necessário ser uma atividade intensa ou mais agressiva. Nem sempre tem de ser por essa via. Porém, verão que o ioga é sempre tido como uma excelente forma de controlar o aparecimento, por exemplo, de artoses ou de tensões nos tendões, desde logo, porque liberta o corpo. Uma simples caminhada tem repercussões hormonais e neuronais que nos dão literalmente anos de vida.

E notei isso em termos práticos comigo próprio?

Posso dizer claramente que sim.

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Quais foram os aspetos físicos, à exceção da redução de peso, onde notei melhorias?

Desde logo, passei a estar menos stressado, mais calmo. O que, a brincar a brincar, dá uma melhoria considerável ao organismo.

De seguida, sofria de princípios de uma espécie de apneia do sono. Algo como estar a dormir, sonhar que ficava sem ar e acordar quase sufocado. Deixou de acontecer. Nunca tinha dormido tão bem quanto agora. É verdade que passo por alguns episódios de ansiedade, mas isso não está relacionado com a prática desportiva, é uma caraterística própria do meu organismo, é a tensão acumulada em determinados momentos, sobretudo, porque quero muita coisa em pouco tempo e não sou realista na forma como procuro respostas para as minhas demandas em determinados pontos.

As dores no peito, o aperto constrangedor, tiveram direito a chá de sumiço. Agora sinto algumas quando pratico natação mas são sintomas do alargamento da caixa e não obstruções como sentia.

Algo tão evidente e do qual já me estava a esquecer: tinha problemas horríveis nas costas. Pudera, uma estrutura frágil a suportar diariamente 118 kg não é pera doce. Tive umas complicações num anterior trabalho que exerci. Depois de começar a praticar desporto, as dores que surgiram foram apenas as inerentes a más posições e não estruturais. Um verdadeiro alívio.

Antes de focar o aspeto que mais me supreendeu nesta minha vida mais virada para o desporto, refiro ainda os benefícios de que o meu colesterol  tirou proveio. Que diferença! E nem falo do quão bom foi depois mudar a alimentação. Por si só, o desporto foi um aliado de ouro. Em vez de pensarem em medicações para esses casos (falo dos mais simples em pessoas mais novas, não dos mais complicados), deveriam canalizar os vossos pensamentos para a prática de um desporto. Qualquer que ele seja. Desde que vocês adorem o que fazem e o façam com prazer, "go for it".

Por último, vem a sinusite. Ou melhor, com o passar do tempo e com base na evolução da minha prática desportiva, deixei mesmo de ter sinusite. Limpinho e sem espinhas, como é hábito comum afirmar.

E pronto, por agora, "só" me recordo destes benefícios do desporto na minha saúde. Se fosse médico, acho que a primeira coisa que prescreveria a um paciente seria, no mínimo, 30 minutos de qualquer atividade desportiva por dia.

22
Ago19

Trail chuvoso e sem óculos foi custoso


João Silva

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Não tenho nenhuma foto daquela prova que demonstre o que digo, mas o Trail de Soure em 2017 foi marcado por uma bela carga de água.

Foi a minha segunda participação a correr num trail.

Correu bem? Gostei imenso dos trilhos, não tem muita altimetria mas tem muitas "rasteiras" ao longo do trajeto. 

Quanto a tempos, francamente, não me recordo, mas penso que andaram dentro de 1h35 para 14 ou 15 km.

O curioso foi que, perante tanta chuva no momento da partida, tive de desistir da ideia de levar os óculos postos. 

Foi a primeira vez que este míope correu numa prova sem uma das suas "armas".

Demorei a focar os obstáculos e grande parte da prova foi feita aos "apalpões"...mas não meti a mão em ninguém, foi apenas nos paus e nas árvores.

Só ouvia os desesperados atrás de mim a gritar: toca a andar, a deixar passar. Chegámos a um pequeno riacho e por muita boa vontade que tivesse em deixá-los passar (e tinha), não consegui fazê-lo. Tiveram de aguentar alguns minutos.

No fim, tudo correu bem, mas foi uma experiência tão desconfortável. No fundo, os óculos estiveram sempre comigo...dentro da mala...

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