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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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Mai19

Quando o corpo diz que sim, mas o relógio diz que não


João Silva

IMG_20190511_192359.jpg

Que sensação mais estranha!

Como referi antes, não ia com ideias. Isto não anda fácil. Talvez tenha entrado em novo ciclo de sobrecarga ou talvez não tenha sequer saído do anterior.

Seja como for, se não estou bem, não me posso focar nos outros ou nos tempos sem pensar em melhorar o meu desempenho.

IMG_20190511_192430.jpg

O ambiente que se vivia antes da prova ajudou a despontar aquele interesse em querer fazer um pequeno brilharete.

Versão oficial: vim só ver as as vistas, treinar.

Versão interna mesmo antes do tiro: se calhar, até dá.

IMG_20190511_194456.jpgDão o tiro  e lá vamos nós, bem juntinhos rumo ao empedrado. Como é bom correr sobre pedras irregulares, correndo o risco de ir beijar o chão.

Comecei num grupo intermédio e desde cedo procurei puxar um pouco pelas pernas.

Senti logo uns esticões nos adutores e as virilhas aos berros. Os flexores, esses marotos, já estavam a avisar. Tentei não dar muita importância.

É verdade que fiz um muito mau aquecimento, sim, porque isto de palheta com a malta é muito bom mas depois falta tempo para o lado da preparação. Ainda assim, as dores iniciais foram um pequeno reflexo disso. 

Com o percurso muito plano, acabei por ir alargando a passada e por ir aumentando a intensidade.

Confesso: estava sempre com um olho maroto a ver onde iam os laranjas mais próximos de mim.

IMG_20190511_210010.jpg

Ao proximar-me do quilómetro cinco, senti que já estava bem quente e que o corpo estava a responder bem.

Por outro lado, senti-me ofegante. Acho que não tenho conseguido controlar bem a respiração nos treinos, não digeri bem os alimentos da tarde e tive dificuldades em manter uma respiração equilibrada capaz de me permitir aumentar a velocidade. 

Quando vi o The Special Kid, o Zé do mestre Zé, chegar-se à (minha) frente com um vigor invejável e com uma frescura notável, senti-me "tocado". O bichinho da competição começou a remoer por dentro e isso levou-me a aumentar o ritmo. 

Usar "faróis" que iam à minha frente como motivação ajudou-me a passar a parte mais complexa do percurso, uma ligeira subida em Alcabideque.

Dobrei a estrada no encalço dos velhos conhecidos André Antunes e da Lígia Casimiro. Nessa fase, voltaram a aumentar a distância que tinham sobre mim. Recorrendo a um ritmo constante, fui progredindo e consegui passá-los. Isso não é de todo o mais importante nestas provas, mas pode ajudar a motivar e ontem, diga-se em abono da verdade, não havia grande vontade para participar no evento.

Até ao 8.º km senti que fui regular, mas depois veio uma ligeira quebra. Quem ia à minha frente conseguiu aumentar a distância e reparei que o meu corpo estava a dar sinais de fadiga, é por isso que digo que estou outra vez em overtraining, o que não é nada bom.

Aos nove quilómetros, o percurso começou a inclinar para baixo, permitindo-me alargar a passada e aumentar o meu ritmo. Cortei a meta depois de ter ultrapassado um ou dois atletas mesmo antes.

E achei que tinha feito uma prova muito boa. Senti que tinha dado uma boa resposta física. Olho para o relógio e vejo 46 minutos e 40 segundos. Ninguém fica satisfeito.

Achei mesmo que tinha conseguido fazer um bom tempo.

Não foi o caso.

No entanto, é injusto para comigo, depois do esforço que fiz e de ter palmilhado terreno, considerar que foi uma má prova.

O objetivo primordial era fazer um bom treino. E para treino está bom. 

O tempo não o é, mas não pode, de forma alguma, penalizar nem mudar a minha opinião sobre o que consegui.

Resta registar tudo isto e pensar nas próximas provas. 

Venha de lá a Meia Maratona do Douro Vinhateiro no dia 26 de maio.

 P_20190511_210801.jpg

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