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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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31
Mai19

It's all about the training


João Silva

Nada se consegue sem treino.

E os treinos podem ser muito intensos.

Contudo, intensos não significa sérios e desagradáveis.

Para que possam acompanhar por onde ando habitualmente, deixo uma compilação sob a forma de vídeo no meu canal de Youtube.

Passem, visualizem, subscrevam e partilhem.

São sempre bem-vindos. 

30
Mai19

2016 e de repente já passaram dois anos e meio


João Silva

Gosto de datas especiais. E costumo ter boa memória.

Por isso, esta data que se assinalou no dia 19 de maio não me podia passar despercebida: comemorei dois anos e meio desde o dia em que comecei mesmo a correr.

Como tal, era impossível deixar passar a data sem uma ilustração gráfica.

Nesse sentido, encaminho-vos para o vídeo que criei com todas as provas onde participei até ao momento, incluindo as caminhadas.

Basta clicarem aqui.

29
Mai19

Ter um exemplo a seguir ajuda a desbravar caminho


João Silva

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Se toda esta exposição (voluntária) teve ou tem algum lado positivo (e no meu entender é extremamente positiva), foi o facto de mostrar às pessoas que é possível sem cometer loucuras, sem gastar rios de dinheiro.

Já o confessei tanta vez, mas sabe-me pela vida quando me dizem que sirvo de exemplo para os outros. Isso reconforta-me, porque tenho noção da importância de ter alguém numa situação idêntica capaz de se chegar à frente, de assumir a sua história e de não ter medo disso.

Na minha vida privada, estive durante anos exposto a um contexto desfavorável e, ainda adolescente, lembro-me de pensar muitas vezes se havia mais alguém a passar pelo mesmo que eu. 

O tempo encarregou-se de me mostrar que não estamos sós, que há sempre alguém a suportar coisas semelhantes ou mesmo piores e que o mais relevante em todo o processo é não ter medo de expor o problema. Uma vez cá fora, a perturbação perde importância e esse é o momento em que conseguimos lidar com ela.

Portanto, fico honestamente feliz por sentir que há cada vez mais pessoas a partilhar a sua história. Se há coisa que isto tem de bom é uma espécie de "(ex)obesos anónimos" à distância. Mesmo estando longe uns dos outros nunca deixamos de estar próximos e, nesse âmbito, é tão bom poder incentivar alguém e levá-lo a alcançar os seus propósitos.

Por isso, todos os que se encontram na mesma situação façam-me um grande favor: digam ao mundo o que vos atormenta e não tenham medo de ter peso a mais, tenham, em vez disso, receio de não dar o primeiro passo.

Está nas vossas mãos.

28
Mai19

Quebrar a rotina para me sentir vivo


João Silva

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Também já passaram por isso?

Seguem escrupulosamente o vosso plano e de repente começam a sentir necessidade de quebrar um pouco com a rotina, de fugir ao que definiram?

Passei por isso nas últimas semanas. Isso, juntamente com a sobrecarga de treinos, fez com que chegasse a casa depois da corrida e não conseguisse ir prontamente fazer trabalho de força.

Não fiquei farto desse aspeto do treino. Ter mudado a ordem de algumas coisas e ter mudado alguns treinos (para treinos de natação ou de exercícios como sprints ou triângulos ou saltar à corda) ajudou-me a perceber que ainda adoro fazer reforço muscular.

Contudo, o "empatar" na execução do plano previsto também revelou que foi necessário ouvir o corpo e andar mais ao ar livre, a correr que nem um maluco. 

Ganhei novamente o sistematismo que perdi e percebi que sou muito feliz se ouvir o meu corpo no momento certo em vez de o "massacrar" com coisas que não quer.

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27
Mai19

De repente ia saindo uma maratona em treino


João Silva

Tinha previsto fazer um treino longo.

Andava a precisar daquela "vitamina".

E na semana anterior já tinha esboçado um percurso interessante. Como treinei com a minha colega Sandra a 18 de maio e descobri (ela já conhecia) alguns caminhos de terra batida muito interessantes, decidi que tinha de experimentar.

E assim fiz a 24 de maio.

Aperaltei-me todo, como se fosse para uma prova. Inclusive, acrescentei à lista de material a levar as gelatinas energéticas e uma bandana para a cabeça, daquelas que são fornecidas em provas. No caso, foi a que me deram na maratona do Porto.

E lá fui eu, juntamente com o telemóvel e este gosto muito recente por ir a ouvir podcasts. É uma excelente companhia. E não deixei que me faltasse o protetor solar, que isto de correr sob muito sol e calor dá cabo da "moleirinha" de uma pessoa.

Fiz algumas experiências muito interessantes: os primeiros 10 km foram marcados por subidas, duas delas que nunca tinha feito, por descidas acentuadas e técnicas e, além disto, ainda decidi alargar o período de abastecimento de sólidos.

No total do treino, subi cerca de 400 metros em estrada e fiz o primeiro abastecimento apenas ao fim de quase duas horas. Tinha as reservas de energia recarregadas dos dias anteiores e isso ajudou. O que também se revelou extraordinário e crucial foi a gestão que fui fazendo da ingestão de água.

O segundo abastecimento seguiu-se às duas horas e meia e o terceiro e último abastecimento sólido ao cabo de três horas.

Depois do "reboliço" dos primeiros 10 km, entrei numa fase que já conhecida, que é mais "estável" (não totalmente plana) e que me permitiu aumentar o ritmo. 

Posto isto, em vez de chegar a Ega e cortar para Condeixa, decidi que ia mesmo a Campizes (já tinha pensado nisso na semana anterior). 

Nesta fase, toda ela plana, mas percorrida debaixo de um calor abrasador, acreditei que estava muito bem e que ia conseguir fazer 42 km em treino, menos de um mês depois da maratona de Aveiro.

Como sempre, o corpo é quem mais ordena e o impacto dos 30 km faz-se sempre notar.

Curiosamente, não me fez sentir mal, mas mostrou-me que, apesar de ter energia e, sobretudo, moral para chegar aos 42 km, era importante dar algum sossego ao organismo, poupá-lo para os dias seguintes (a 25 de maio fiz mais 20 km para ajudar a preparar outra colega de equipa, a Isabel, para a sua primeira meia maratona em estrada; a 26 de maio foram 24 km sozinho e com duas passagens por serra [as mesmas dos dias anteriores]). 

O incrível no fim de contas foi que, ao contrário do que aconteceu noutros treinos de 42 km, não terminei com a sensação de que estava no limite das forças.

As dores surgem sempre e os quadris ressentem-se um pouco, não dá para negar isso, mas cheguei fresco e bem lúcido. 

E isso é impagável e deixa-me muito feliz, não só porque corri sem olhar para os tempos (fiz perto de 9 km na primeira hora, ou seja, andei acima de 6'/km, embora tivesse subido aí a totalidade dos 400 m de altitude que o treino teve), mas também porque me faz acreditar que é possível correr mais maratonas num menor espaço de tempo. Algo que se prepara para me trocar as voltas e me deixa a refletir no que poderá ser o ano de 2020...

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P. S.: voltei a perceber que as gelatinas energéticas Aptonia são uma melhor fonte de energia para estes treinos em comparação com as tâmaras, porque estas últimas não apresentam o elemento redutor de fadiga que se torna essencial em distâncias tão grandes. Além disso, mesmo perante um percurso tão complexo e debaixo de tanto calor, fico com a sensação de que não precisarei de consumir tantas gelatinas como fiz em novembro de 2018 e em abril deste ano nas duas maratonas oficiais em que já participei. 

26
Mai19

Mas porque raio tens de ir tão longe?


João Silva

Calma, esta irritação do título é apenas aparente. 

No fundo, serviu propósitos dramáticos. Como diz o outro: queres é chamar a atenção!

E sim, quero muito a vossa atenção. É importante, porque são bons ouvintes. Obrigado por isso! (aqui está mais uma forma de vos prender ao texto, dando-vos graxa, tudo é válido desde que não seja trafulhice).

Terminado o devaneio inicial, apraz-me partilhar convosco que o mês de maio me mostrou, uma vez mais, que estou talhado para as grandes distâncias.

Gosto de correr, é a conclusão.

E gosto de correr sem destino, é a segunda conclusão.

Quando tem de ser, uma distância curta também é aprazível, mas aquela sensação de calçar as sapatilhas e estar duas a três horas (ou mesmo quatro) em comunhão com a estrada é algo que não dá para explicar a quem só gosta de correr pouco ou não gosta de correr de todo.

Não me contento com poucos quilómetros e cada vez tenho mais essa sensação.

Naturalmente que custa, mas o "custo" é relativizado pela sensação de prazer, pela própria felicidade e realização pessoal com que termino.

Esta "pancada" está cada vez mais evidente em mim ao ponto de ter percorrido 28 km no dia 18 de maio, 36 km no dia 24, 20 km no dia 25 e 24 km no dia 26.

Consigo ler nas vossas mentes a seguinte pergunta: e isso não é perigoso para o corpo? Sim, evidentemente tem um lado negativo, porque não sou de ferro e as dores sentem-se com frequência. Contudo, tenho de ignorar essa parte durante algum tempo.

Ando a precisar de me sentir feliz e os treinos longos dão-me essa garantia. Faço sempre por esboçar percursos aliciantes, diferentes e com subidas e descidas "puxadas". Não quero monotonia.

E desse lado, o que preferem? Treinos longos, curtos ou estar parados?

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25
Mai19

A recaída que nunca desaparece...


João Silva

Não é um bicho de sete cabeças. É algo comum. Falo nas recaídas.

Como já disse, reeduquei-me a nível alimentar. Os meus gostos e preferências foram alterados, claramente, para melhor.

Todavia, refiro-me às recaídas de quantidades.

Bem sei o que causa esses episódios, mas, por vezes (muitas, para ser sincero), é difícil manter a consciência e a razão. 

O que faço? Quando não consigo estancar a quantidade que comi e sinto que abusei, nada mais me resta do que tentar manter a calma e retomar a minha rotina assim que possível.

Não há milagres.

Emagreci mas nunca deixei de ter fome. Passei, por outro lado, a ter um aliado de peso para dar cabo do peso: o desporto. Algo que adoro e que, felizmente, vou tendo tempo para praticar, o que vai diminuindo o impacto e a gravidade dos dias mais complicados.

Nos últimos tempos, devo ter "apanhado" alguma "hormona estragada" nos meus cardápios e tenho comido mais do que gostaria. Porém, houve algo de muito bom que aprendi em tudo isto: não vou aceitar culpa nem "morrer culpado" por isso, tenho de perceber (e às vezes custa) que é normal, faz parte. No fundo, após estas recaídas, tento "fazer as pazes" comigo próprio e depois continuo onde estava.

Um aspeto fundamental é nunca perder noção de que não posso alargar a rédea, tenho de manter sempre a preocupação quanto ao peso. O risco de voltar ao que era não desaparece por ter emagrecido, apenas "desvanece".

 

 

24
Mai19

Quando o sonho ganha forma...


João Silva

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Ao longo das últimas semanas fui desvendando o véu, mas agora já se pode ver mesmo e adquirir o "rebento".

Algo com que sempre sonhei ganhou forma e já se encontra disponível na maioria das livrarias online, incluindo as internacionais.

Trata-se do livro "O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista".

Este livro foi pensado e estruturado durante os treinos "longões" de preparação para a maratona da Europa em Aveiro.

No fundo, versa sobre todos os pontos importantes da preparação desde o treino específico às distâncias percorridas, sem esquecer a relevância da alimentação e dos abastecimentos nem os aspetos psicológicos associados como a depressão.

Poderão encontrá-lo aqui, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui.

Fico bastante feliz se sentir e souber que pode ter contribuído para a evolução de algum de vós.

 

 

23
Mai19

É muito bom e é muito mau


João Silva

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Prometo ser breve.

Esta publicação serve apenas como uma pequena "confidência". 

Naturalmente que, antes de mais, é maravilhoso poder recolher os louros do meu trabalho (em conjunto com os meus). Ou seja: sabe bem receber os elogios devido à força de vontade que tive e onde consegui chegar. 

À medida que a história vai ficando conhecida, maior é a quantidade de palavras positivas que vou recebendo. Trata-se de uma coisa lógica e até banal, porque é, efetivamente e sem falsas modéstias, um feito.

No entanto, como tudo na vida, tem sempre um potencial efeito secundário nocivo: ao mergulharmos na piscina das virtudes, achamos que está tudo bem, que o processo acabou e que as coisas vão por si próprias.

Nada mais errado. É fácil elogiar (é mais fácil criticar), mas, por norma, nós portugueses elogiamos pela frente e criticamos por trás.

Contudo, nem é tanto isso que me incomoda com as mensagens positivas. É pensar que poderei não estar à altura, que vai chegar o momento em que jã não haverá elogios porque já se conhece a história. E depois? Depois disso resta manter a humildade e perceber que o caminho é, acima de tudo, meu e da minha família. Portanto, não tento "rebaixar-me", mas tento relativizar tudo o que vou lendo.

Não entra a 100 e sai a 200. Bem sei que há elogios sinceros e que ajudam a criar uma boa autoestima.

Porém, fico sempre de pé atrás em relação. Nunca sei se não voltarei e se não me deixarei recair.

 

Portanto, prudência, meu caro!

(P. S.: fui mesmo mais breve do que o costume).

22
Mai19

Em foco mas por boas razões


João Silva

Alguns de vós já devem ter tido oportunidade de ver isso nas minhas redes sociais Facebook e Instagram a foto que publiquei do Diário de Coimbra do dia 27 de abril.

Na altura, devido à preparação da maratona e a questões logísticas, acabei por não ter tempo e por me esquecer de vos deixar aqui essa nota.

No fundo, trata-se de uma narrativa que serviu o propósito de dar a conhecer a minha história nos últimos dois anos e meio.

Confesso que me senti muito feliz por ver reconhecido o trabalho que levei a cabo desde então e, por outro lado, por sentir que mais pessoas vão acreditar que é possível mudar sem cair em descompensações e em desequilíbrios que mais não fazem do que prejudicar a saúde.

Abaixo, deixo a foto com a notícia e, uma vez mais, coloco-me à vossa disposição quer para partilhar a minha história de vida quer para tentar ajudar quem está onde eu estava há dois anos e meio.

No entanto, quero fazer uma ressalva: não esperem uma resposta rápida. Ela não existe. Por vezes, perguntam-me o que fiz, qual foi a receita e reparo que ficam "desnorteados" quando começo a debitar informação sobre a minha evolução. As pessoas, algumas, pelo menos, querem que diga que tomei alguma coisa ou que cortei outras. Mas não, foi um processo moroso e prolongado no tempo. Para ser franco, ainda é. Agora já faz parte de mim, mas não deixa de ser um ato contínuo.

E, além do mais, um ato que exigiu e exige muito desporto para manter tudo no sítio.

Fico curioso para receber o vosso feedback.

Um bem haja.

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