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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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30
Abr19

Nota positiva para o percurso e para a organização


João Silva

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Foi a primeira edição. E a nota foi claramente positiva. De recomendar e a repetir. Contudo, tal como tudo, a melhorar.

Começamos pela organização: foi divulgando informações sobre aspetos importantes de forma gradual. No fim, sintetizou-as e enviou-as por e-mail, de forma clara e inequívoca. Estava tudo bem claro.

Levantamento dos dorsais bem definido e segmentado por prova. Presença dos responsáveis e da madrinha Aurora Cunha para nos fazerem sentir "queridos" e desejados naquela competição.

Divulgação em vários canais multimédia e de forma constante. Não havia ninguém que não soubesse desta prova.

Oferendas bem interessantes para os atletas, não tanto para os caminheiros. 

No que toca aos percursos, boa estruturação e separação das "águas". Presença constante de elementos da organização nos vários pontos para indicar o caminho, disponibilização mais do que suficiente de águas e de outros abastecimentos, embora não tenha usufruído dos mesmos.

Antes do arranque, certame bem montado, com blocos de tempos devidamente identificados. Muita animação, muito gosto em proporcionar-nos um excelente acolhimento. E conseguiram, verdade seja dita.

Cativação constante da população nas diferentes localidades por onde passámos, de forma a criar um "belo" quadro de público. Exagerado, a meu ver, o facto de terem distribuído bandeiras pelas pessoas em algumas zonas, como foi o caso de Esgueira.

Quanto ao final, chegados à meta, tínhamos à nossa espera uma grande panóplia de "mimos" e ofertas: desde sandes de porco assado no espeto a finos tirados no momento, sem esquecer ovos moles, kits finishers, frutas, gravação dos tempos nas medalhas e degustação de algumas marcas.

Qualidade de topo. Reparo sem querer esticar a boa fé das pessoas: não deveria ser necessário consultar o site de cronometragem antes de gravar os tempos nas medalhas. No Porto, por exemplo, mal entregávamos a medalha e o número do nosso dorsal, isso era automático.

Mais importante do que tudo isto para os atletas da maratona: excelente percurso a passar por todas as zonas mais importantes, turísticas e atrativas de Aveiro, Esgueira, Ílhavo e Gafanhas.

Isso é, sem dúvida, um grande chamariz para novos atletas e para divulgar a prova internacionalmente, por exemplo. Sente-se que há um potencial enorme para a prova ser um sucesso nos próximos anos. 

O facto de nos terem levado para zonas de povoação aumentou os incentivos, os aplausos. Sentimo-nos sempre acarinhados. Pelo menos, acho que o público voltou a ser culpado por me levar até ao fim.

O que lamento: percebo que não seja fácil criar e definir um percurso totalmente povoado, até por causa das certificações internacionais. Percebo isso, mas quando tivemos de passar em Esgueira, no Cabo de São Roque e nas margens das Gafanhas (na zona paralela da A25), senti-me "sozinho". Senti muita falta do apoio do público, o que endurece a prova.

Por último, em relação ao percurso: ao contrário do que se tentou fazer crer, a prova não é verdadeiramente plana. O que quero dizer com isso? É verdade que tem uma baixa altimetria. Não é menos verdade, porém, que, em particular, os primeiros 10 km, com subidas no Cais da Fonte Nova, junto à Loja do Cidadão, no acesso a Esgueira, no acesso à Praça do Peixe, na Avenida Lourenço Peixinho e no acesso e regresso da Praia da Barra (já no percurso exclusivo da maratona e muito para lá dos 10 km), são muito pouco planos, são duros. Não me queixo. Treino em locais mais duros e com percursos mais exigentes, mas é importante deixar essa nota. Não quero que retirem esses elementos, mas dizer que é a mais plana de Portugal parece-me excessivo. Por exemplo, em altimetria penso que será mais "baixa" do que a do Porto. Por aí ok. Mas na do Porto, tirando a passagem entre Porto e Gaia e a subida parcial da Avenida da Boavista, não se encontra nada tão "intenso". Mas adorei, repito.

Senti também falta de mais estrangeiros e de maior moldura humana. No Porto eram 15 mil participantes no total, cerca de 4000 na maratona. Havia zonas em que nem nos conseguíamos mexer. Não foi o caso em Aveiro. E pensar que os cerca de 6000 participantes não passaram a moldura humana que esteve na última meia maratona em Coimbra, da mesma organização, deixa-me um certo amargo de boca. Mas é como tudo na vida: terá de ser "pasito a pasito" e o potencial da prova está lá. Houve divulgação, a organização foi inexcedível.

Se correr tudo bem, para o ano contam novamente com a minha presença.

30
Abr19

Agora veja se descansa...


João Silva

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Terminada a maratona de Aveiro no passado domingo é tempo de preparar a seguinte, em novembro no Porto.

Terei agora seis meses para "defender" o meu tempo naquela cidade no ano passado, 03h33m35s. 

Contudo, depois de ser ter fechado um ciclo com a prova anterior, tenho agora de abrir um novo. Como?

Começando por descansar, por desligar uns dias e por não cometer os erros do passado.

Portanto, segundo os meus planos, agora só volto a correr no próximo dia 7 de maio.

Até lá, vou lamber as "feridas" e deixar que o corpo sinta o lado bom do descanso. Logo eu que tenho tanta dificuldade com isso. Mas os mais casmurros também aprendem...ou tentam.

Ainda assim, não vou estar parado. Dentro de pouco tempo, começarei com caminhadas suaves e mais intensas, passarei por umas pedaladas na bicicleta estática e farei uns trabalhos de reforço muscular, juntamente com um revigorante ioga.

Espero honestamente que ajude a preparar melhor a maratona do segundo semestre e que me deixe com um bom andamento para uma meia maratona que farei pela primeira vez e que me deixa ansioso: a meia maratona do Douro Vinhateiro, no dia 23 de maio no Peso da Régua.

29
Abr19

Povo d'um raio!


João Silva

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Foi incrível. Que apoio saboroso e maravilhoso.

Acho mesmo que as pessoas não imaginam o quanto ajuda receber palavras de incentivo durante uma maratona.

Em todas as provas é especial e importante, mas nas maratonas é uma "obrigação".

E o povo de Aveiro, mas sobretudo de Ílhavo, da Barra e das Gafanhas respondeu presente e superou as minhas expetativas.

Os cordões humanos nas Gafanhas ou na Praia da Barra, os cartazes, os gritos, os incentivos foram de loucos. 

E eu também fiz por isso. Não me neguei a nada. Se para mim as maratonas são especiais, tenho de as viver de forma especial. E transformo-me num verdadeiro "animal" de palco.

Esbracejo, peço palminhas, aplaudo o público, incentivo a multidão a vir connosco, a ser parte do espetáculo. E são. E foram. Desde crianças sozinhas a bater palmas, a olhar para nós com enorme admiração, a senhoras às janelas dos prédios, passando por bandeiras nas varandas ou por testos a bater. Esteve lá tudo. E nem o ladrar dos cães faltou à festa.

Pessoas isoladas, estrangeiros, turistas, tudo lá. Como mandam as regras.

E os últimos 200 metros? Bem, o êxtase foi total. Fui levado "ao colo". Como bem quero e preciso nestes casos. 

Parecia uma subida ao cumo de uma montanha no ciclismo. Que corrente humana, que gritaria, que palmas!

Estremeci, fechei os olhos e absorvi tudo. Deu-me tanta força que fui a um sprint final e consegui passar dois atletas à chegada. Chorei ao atravessar aquele cordão.

Nunca tinha vivido nada assim. Nem no Porto, onde o público, tenho de confessar, foi ainda mais entusiasta.

Mas algo assim? Nunca.

E por isso Aveiro merece voltar a ter uma maratona para o ano.

Foi inesquecível!

Foi maravilhoso!

Povo d'um raio!!!

29
Abr19

Talhado para maratonas


João Silva

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Não ando nisto pelos tempos. 

Se assim fosse, teria de me retirar. Em termos objetivos: o tempo é mediano. E existem infinitos atletas com melhores tempos. Mas corro por paixão ao desporto e porque acredito que é um local incrível para se conhecer pessoas e histórias únicas de superação.

Cruzar cada meta de uma maratona (de qualquer prova, diria), é um motivo de felicidade e de dever cumprido.

Contudo, não sou diferente dos outros e também pretendo fazer o melhor tempo possível. E em competição também tento ser mais rápido. 

Porém, já tinha dito noutro post que o meu maior objetivo era conseguir terminar em saúde, lúcido e bem fisicamente. Se possível, abaixo das 04h00. E, na loucura, se fosse mesmo mesmo possível, com 03h30 minutos.

Não deu para esta última parte. Mas deu para o resto, o que me deixa genuinamente feliz.

Isso e o facto de ter conseguido fazer uma gestão perfeita da minha evolução.

É por essa razão que sinto que tudo compensou. Cada treino e cada quilómetro desde novembro de 2018 até ao dia 28 de abril de 2019.

Comecei no separador das 4h15, aos poucos fui-me "deslocando" para o bloco das 04h00. Tentei sempre estabelecer o paralelismo com a minha prestação na prova do Porto em novembro de 2018.

Até aos 10 km foi assim. Sempre com o pensamento: não é como começa, é como acaba. Frase sábia do mestre José Carlos proferida momentos antes da partida.

E ainda com o lema que me persegue há muito tempo: começar velho para acabar novo.

O problema nesta fase é manter a calma, porque as provas partem todas ao mesmo tempo, os ritmos são obrigatoriamente diferentes e isso obriga a "resfriar os ânimos".

Dos 10 aos 20 km, um ritmo mais intenso, a subir aos poucos, como tinha previsto. É uma parte do percurso propícia a manter um ritmo constante, o que ajuda a ganhar rapidez.

Aos 25 km, encontro o meu caro Ricardo Veiga. Dei-lhe um sermão e continuei. Aqui encontro dois atletas que desconhecia, fui um pouco na "roda" deles, partilhei a minha história de vida.

Ao quilómetro 26, encontro uma grande dupla que foi uma ajuda enorme para o último terço da aventura: o senhor Salazar de Bragança e o senhor Artur de Gaia. Sempre num bom ritmo, a galgar terreno, a derrubar metros e numa cadência constante. Sem esquecer a partilha de histórias de vida e de opiniões quanto a públicos de provas. 

E foram cerca de 10 km nisto.

As dores nas ancas, que comecei a sentir ao quilómetro 6, aumentaram por volta do 36.º km, quando já ia sozinho, a "pedido" do senhor Salazar. O senhor Artur já tinha ficado alguns quilómetros antes.

Essa parte foi dura, porque não era uma zona com muito público e porque o calor começou a apertar. Nada de parede psicológica até aos 37 km. A partir daí, ainda sem esse "fantasma", comecei a perder algum ritmo e a deparar-me com muita gente a parar, a encostar às boxes.

Nunca parei, senti que se o fizesse, ia ser difícil acabar em condições e comecei a perceber que podia fazer perto de 03h50m.

Mantive um ritmo constante, ainda que baixo. 

E senti cada músculo a querer romper. Era evidente que esticar de mais me ia prejudicar. Já sem água, recolhi uma garrafa no último abastecimento, o dos 40 quilómetros. Reguei-me.

Ainda bem que o fiz. Deu para aliviar o calor e para ir aumentando o ritmo. Dou de caras com uma atleta, meti conversa, porque isso distrai e ajuda a libertar o foco das dores que se sentem em cada músculo. 

Todavia, ainda deu para sentir a zona superior do joelho esquerdo a avisar-me: se esticas mais, ficas a pé. Não abusei. Prometo.

E nisto estava no quilómetro 42. Os restantes metros são indescritíveis. São da responsabilidade do povo.

E lá deu para ficar nas 03h49m.

Talvez pela responsabilidade de correr numa prova daquelas e pela consciência das dificuldades, sei que não posso abusar demasiado cedo. É por isso que acho que giro melhor essas provas.

Uma nova para os meus abastecimentos: correram bem, três a cada 40 minutos, os dois seguintes a cada 30 minutos e os últimos dois a cada 20. Foram mais do que pretendia, mas senti necessidade, talvez por causa das dores. Acabei por recorrer às gelatinas de frutas Aptonia da Decathon. São simples, só têm maltodextrina, mas ajudam imenso.

Uma observação também para o gel antifricação da Decathlon que é um grande amigo a evitar foles nos pés e assaduras nas virilhas.

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29
Abr19

Obrigado Aveiro


João Silva

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Final feliz de uma preparação intensa, como são todas para uma maratona.

E no fim, importa agradecer à minha esposa. É incrível todo o apoio que me dá e como me faz sentir. Tudo isto é obra dela. A minha mental coach e também fisioterapeuta, motivadora e repórter.

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Ao mestre das Maratonas da ARCD Venda da Luísa, o José Carlos Fernandes. Este homem tem uma enorme aura. Só pela sua presença já nos sentimos inspirados. É incrível.

Muito obrigado a todos os conhecidos que reencontrei no meu regresso à cidade.

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Muito obrigado aos senhores do Hotel Mizu. Que donos simpáticos e acolhedores. Na véspera da prova, estivemos mais de uma hora à conversa. Obrigado, senhora Sandra pelos seus incentivos À janela. Não pude deixar de olhar para ver se lá estava.

Muito obrigado às pessoas que saíram à rua e nos levaram ao colo.

Muito obrigado ao senhor João Lima do blogue Último KM por me ter reconhecido, cumprimentado e incentivado durante o percurso.

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Muito obrigado à organização por quererem conhecer a minha história. Parabéns pelo percurso,  pelas ofertas e pela presença da madrinha Aurora Cunha. Que simpatia e que prazer ter trocado umas palavrinhas com ela.

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Por último e não menos importante, muito obrigado aos atletas que conheci durante o percurso e que foram essenciais para ter chegado ao fim: o senhor Salazar de Bragança, o senhor Artur Rego de Gaia, o senhor Helder de Gaia e a senhora Ângela. Os dois últimos encontrei-os ao quilómetro 26, os dois primeiros acompanharam-me do 26.º km ao 35.º. E assim se partilham histórias maravilhosas e que me fazem ficar grato por estar neste mundo das corridas.

Nesta senda de agradecimentos, uma palavra de saudação para os meus outros colegas de equipa, no caso, três deles completaram a sua primeira maratona de estrada, todos eles com excelentes tempos: João Pedro, Arlindo Ribeiro e André Monteiro. Um elogio ainda para o Francisco Silva que fez uma boa meia maratona.

Por último mas não menos importante: foi tão bom rever os meus velhos conhecidos destas andanças: o Ricardo Veiga, a quem prometi "tratar da saúde" por estar na sua maratona de 2019 e no espaço de um mês, a sempre guerreira Lígia Casimiro, o craque Edivaldo, que me parecia verdadeiramente lançado, e o estimado Joel Santos, por quem fiquei mesmo muito contente, pois completou também a sua primeira maratona.

Parabéns meus caros e obrigado a todos. Sobretudo à cidade e ao povo que a encheu e que se espalhou por Esgueira, Gafanhas e Ílhavo.

Não imaginam o quanto nos apoiaram e o quanto precisamos de vós para fazer esta distância monstra.

Vemo-nos na próxima...

 

 

28
Abr19

Faça chuva ou faça sol?


João Silva

Há corredores para todos os gostos, bem sei.

Há os que preferem de manhã, o que privilegiam a noite, os que gostam do frio ou os que abraçam o calor.

runtastic2018-06-15_09_04_20.jpgAlém de tudo isso, há os que "morrem de amores" pela chuva e os que querem é solzinho do bom e do belo.

Contem lá, qual é o vosso "cenário" de treino preferido?

Pessoalmente, gosto de correr com um tempo ligeiramente fresquinho, daí também preferir manhãs, mas sem gelo, como muitas vezes apanhei no outono e no inverno (e mesmo agora na primavera). Junta-se uma pitada de solzinho sem aquele calor abrasador e está o dia perfeito para um treino à maneira.

Sinceramente, nesses dias, em que nem as nuvens se atrevem a estragar a beleza do céu, encontro o cenário perfeito. Se possível, sem calor em excesso. No passado mês de agosto de 2018, na semana em que as temperaturas atingiram os 40 graus, cometi o erro de ir treinar bem cedo e sente-se que o ar fica muito mais pesado e que facilmente ficamos desidratado.

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Mas não gosto só de correr com sol e tempo ameno. 

Há determinados dias em que ser acompanhado por uma chuva e por um céu mais cinzento é muito agradável. 

Gosto particularmente de uma bela chuva, mesmo de um dilúvio, quando faltam aproximadamente 10 minutos para acabar um treino. Não é sempre, porque depois as constipações e as gripes não perdoam.

Em provas, já apanhei muitas com alguma chuva, como o Trail de Soure em 2017, onde tive de correr sem óculos por causa disso  e foi uma grande complicação:

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Cerca de um ano depois, curiosamente, também na primavera, passei por aquele que foi o trail mais adverso, não só pela chuva como pelo facto de estarmos numa serra que tinha ardido em 2017 e por estar repleta de cinzas, que, juntamente com a água vinda dos céus, formava uma lama que complicou e muito a vida aos corredores. Foi no trail de Alcabideque:

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Não sou muito de trails, mas aquele ficou-me na memória por ter sido tão duro e tão bom.

Passo quase todas as semanas por aquele local nos meus treinos e lembro-me sempre de todas as aventuras daquele dia.

Em novembro 2018, fiz uma prova sob um belo dilúvio. Foi a maratona do Porto, mas foi tão saboroso, que não me importei minimamente de chegar completamente encharcado. Muito vento, chuva, um frio de rachar, mas um calor humano fantástico que fez esquecer tudo o resto.

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No passado dia 07 de abril, em Ílhavo, passei por um dilúvio semelhante e por um frio que em nada se ficava atrás do de novembro. No entanto, talvez por o resultado não ter sido bom, não senti o mesmo prazer.

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27
Abr19

Os números antes de mais um (grande) número


João Silva

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E o que vai acontecer dentro de umas horas?

Não faço a mínima ideia.

Espero apenas o melhor. Como já referi nos últimos dias, o meu principal objetivo é terminar a prova de boa saúde, a correr e em plena consciência.

Pode parecer de somenos, mas, só de pensar nas dificuldades que vou enfrentar e no estado do meu corpo, é legítimo não pedir mais por agora. Talvez a preparação para a maratona do Porto em novembro de 2019, daqui a sensivelmente seis meses, corra melhor e me dê outras perspetivas.

Por agora, não é possível. Cometi alguns excessos de treino e de quantidades alimentares que se refletiram em alguns "transtornos" no decorrer das últimas semanas.

A terminar e antes de ir descansar para ver se consigo fazer um "brilharete" amanhã, aqui deixo, a titulo de curiosidade, os meus melhores tempos nas 30 provas em que corri até ao momento:

8 km - 00:30:55 - SPAIC Mundipharma Figueira da Foz, setembro de 2018

10 km - 00:39:28 - Mini Maratona EDP Coimbra, outubro de 2018

15 km (trail) - 01:29:34 - Trail dos Moinhos Bajouca, abril de 2017

21, 097 km (meias maratonas) - Eco Meia Maratona Coimbra, setembro de 2018

25 km (trail) - 03:04:33 - Trail de Sicó Condeixa, fevereiro de 2018

42,195 km (maratonas) - 03:33:35 - Maratona Porto, novembro de 2018

 

A todos os que estarão amanhã em Aveiro, um muito bem haja, votos de uma excelente prova e que no fim possam celebrar a conquista dos objetivos a que se propuseram.

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27
Abr19

Levem-me ao colo, cagaréus!


João Silva

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Façam-me esse favor!

Amanhã regresso a "casa", ainda que por umas breves horas. É na fantástica cidade de Aveiro que vou correr a minha segunda maratona.

Nem me sentiria bem comigo, se não fosse lá rever velhos conhecidos e percorrer as estradas e ruas da cidade que me acolheu em 2007. É uma cidade cuja história se mistura com a minha. Fui tão feliz naquele espaço. Naturalmente, como não podia deixar de ser, também houve momentos maus, mas os bons fazem a balança pender claramente para uma avaliação positiva.

Foi lá que me formei em tradução, que trabalhei e estudei em simultâneo, que estive sete anos numa empresa, que fiz bons amigos e que conheci a mulher da minha vida, com quem casei (também naquele espaço).

Foram quase dez anos, ou seja, perto de um terço de tudo o que sou hoje. Quando deixei o distrito de Coimbra, de onde sou natural, foi ali que encontrei o meu porto de abrigo.

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E é por isso que regressar agora representa um "mundo" para mim. É como se fosse mostrar o desportista em que me tornei.

Por essa razão, "peço" e espero que o apoio vindo do público seja avassalador. Quero sentir uma simbiose como a que vivenciei no Porto, em novembro. Quero poder fechar os olhos e ter a sensação de que as "gentes" dali, os cagaréus, me levam ao colo até à meta, que vão ser responsáveis por acrescentar mais uma maratona ao meu "palmarés".

Como já tive oportunidade de o referir aqui, o meu grande objetivo é mesmo terminar a prova. Para que tal suceda, é importante, diria mesmo essencial, sentir o carinho daquela terra, que também já foi mim e cuja essência trago em mim.

Desde já e sem saber como será, muito obrigado pelos vossos incentivos.

A julgar pelo calor humano em Ílhavo no passado dia 07 deste mês, diria que vocês serão fantásticos.

Amanhã darei conta, de forma resumida, da prova. A partir de segunda-feira, tratarei de fazer os devidos relatórios.

Até lá, ajudem-me cagaréus! 

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27
Abr19

No fim, toma um banho friamente quente


João Silva

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Parece mais um assunto de somenos importância mas é precisamente o contrário. Tal como os alongamentos, os banhos são vitais no processo de recuperação e de impedimento de lesões.

Assim, idealmente, devem ser feitos em “duas correntes”, quente e fria, alternadas, numa sequência individual de 3-5 minutos. Consistem no seguinte: água quente (tão quanto o corpo suporta sem se queimar) direcionada para os músculos afetos à corrida ou ao treino (de força, por exemplo). O chuveiro deve ser “aplicado” e baixo para cima sobre os tecidos, por exemplo, sobre gémeos, quadris, abdómen, etc, servindo o propósito de abrir os poros e de permitir  circulação sanguínea.

A sequência gelada deve ser efetuada na mesma posição e visa “chocar” o corpo, obrigá-lo a reagir, destruindo eventuais radicais livres e fechando os poros, bloqueando, pois, a transpiração.

Mesmo em épocas mais frias é extremamente aconselhável que se proceda desta forma, pois tornará o corpo mais resistente face a eventuais lesões. Pode dizer-se que se trata de um complemento simples e eficaz aos alongamentos. O ideal seria efetuar este processo uma vez por semana. Apesar do frio momentâneo, o corpo fica fresco, menos preso.

Fazer isso antes de uma folga de treinos, ajuda a impedir o inchaço muscular.

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