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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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27
Dez21

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Hoje dou-vos a conhecer mais um atleta.

Este vem do norte e é um homem que já trata as grandes distâncias da corrida por tu.

Conheço-o desde setembro de 2019, numa Eco meia maratona  de Coimbra.

Com a falta de vergonha do costume, fui pedir a alguns elementos da equipa do Boavista para tirarem uma foto comigo.

Este jovem fazia parte da mesma. Encontrei-o ao longe na maratona do ano de 2019.

Passei a admirá-lo pelo seu amor à corrida. Vejo nele a paixão do desporto que quero ter um dia, quando passar os 50 anos.

Tinha obrigatoriamente de ter o testemunho dele aqui.

Como faço com todos, pedi que me respondesse a umas questões. 

Em vez de o fazer de forma segmentada, este entrevistado criou um texto corrido onde se percebe claramente o lado humano a comandar o atleta.

Por isso mesmo, quero partilhar convosco o texto na sua versão natural, sem adaptações.

Fiquem, pois, com o estimado Baltazar Sousa.

BALTA GCV.jpg

Pratico atletismo desde Julho de 1983. Atualmente, represento o SC Salgueiros como corredor e treinador. Não gosto de me intitular atleta para não desvirtuar a modalidade. Ser atleta é uma coisa, ser corredor é outra. Já fui atleta. 

A disciplina que desde jovem gostei mais foi o Corta Mato. Depois passei a gostar de correr maratonas. Em termos de espetáculo em campeonatos, gosto de ver a estafeta de 4 x 400 metros. 

Na minha idade (52 anos), a minha preferência é mesmo deteeminada pela força da circunstância (deixamos de ter fibras rápidas) as longas distâncias, mas adorava correr os 1500 m e os 3000 m em pista ao ar livre e pista coberta (mais até em pista coberta), também corri provas de 10.000 metros em pista e gostava. 

Sem contar com os momentos em que me encontro impossibilitado de treinar, em situação normal, ainda treino 7 dias por semana, num volume total entre os 90 a 120 km.

No Ar.jpg

Os treinos devem ser feitos regularmente, de forma planificada e supervisionada por um treinador. Só assim o praticante poderá ver a sua dedicação recompensada nos resultados nas provas, até mesmo na prevenção de lesões e da própria saúde, isto porque os dias de descanso também devem ser aplicados na planificação do treino. 

Não gosto muito de fazer comparações entre os atletas antigos ou o atletismo de antigamente e o de hoje. Entendo que nos devemos concentrar em ver o que se passa hoje, respeitar quem não viveu no passado e vive a sua própria história. As circunstâncias são diferentes, é certo. O atletismo, os atletas e treinadores de antigamente foram os pioneiros na conquista do impensável, foram os que desbravaram caminhos. 

Não devemos pensar que se ganha uma medalha olímpica ou se bate um record nacional a qualquer hora...

Uma história da minha vida um tanto ou quanto insólita, isto no conjunto de imensas histórias, foi a primeira maratona do Porto em outubro de 2004: passava eu aos 30 km, numa fase muito complicada, ia em 7.º lugar e era o primeiro português a passar, os africanos já tinham passado há uns bons minutos à minha frente (claro) a zona ribeirinha e, enquanto os pescadores pescavam de anzol e lesca,  escuto um deles a " incentivar-me". Diz ele: "olha, os africanos já passaram há meia hora, vai mas é ali à tasca comer uma posta de bacalhau e beber um copo!"

SCS Balta.jpg

Penso que o atletismo daqui a cinco anos estará muito melhor. Acredito que alguns jovens irão evoluir e até mesmo o pelotão irá melhorar em termos de performance, isto porque vejo muitos runners a procurarem apoio para treinarem melhor, como tem acontecido desde que o SC Salgueiros, pela mão do seu Presidente Gil Almeida, abriu portas a todos os amantes da modalidade, estando neste momento a acompanhar diariamente cerca de 60 corredores de estrada e mesmo de pista, com várias idades.

O prof. António Ascensão é o nosso diretor técnico, contando comigo e com o Manuel Azevedo no cumprimento das nossas tarefas e objetivos para o clube e, inerentemente, para a modalidade.

Já corri cerca de 160 meias maratonas e 25 maratonas, mas a minha prova mais longa foi esta última Maratona do Porto, realizada no dia 07/11. De facto, foi a mais longa, porque demorei 4:27.

Foram mais 2h07 do que a minha melhor marca. Corri de uma foma controlada, isto por estar a recuperar de uma lesão. Nunca até então corri quase a passo (em alguns momentos fui mesmo a passo, só queria sentir a alegria do que é a festa da chegada na minha Maratona de eleição - a do Porto). Aproveito desde já para felicitar a empresa organizadora do evento, a Runporto.

Sevilha.jpg

 

Após este longo período de proibição de organização de provas, brindou os "seus" maratonistas de todo o mundo com este êxito, que já o é desde 2004. Cumpriram todas as restrições impostas pela DGS, que todos nós, os participantes, também cumprimos.

Não tive nem tenho problema algum em divulgar esta entidade, até porque fez de mim alguém mais resistente ou persistente.   

 

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