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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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07
Set21

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Novo mês, nova entrevista.

Desta feita, uma mulher. A verdade é que são cada vez mais as mulheres a participar em provas de corrida.

Hoje trago uma mulher da ARCD Da Luísa. Mas não é uma mulher qualquer. Tem fibra. E garra. De fora, a sensação que dá é que semana após semana está a subir aos pódios. Mesmo tendo sido "abalroada" por uma lesão durante cinco meses.

Além da participação em muitas provas, tem outro traço marcadamente distintivo em relação a todos os outros atletas: não há corrida que faça sem a companhia da sua cadela, a sua Princesa, como lhe chama. É ainda a sua melhor amiga e tem um canal próprio de Instagram,  "Princesa do Sicó".

Fiquem, pois, com as respostas da Andreia Pita às minhas questões.

Nome
 
Andreia Pita
 
· Idade
 
41
 

FB_IMG_1557157510102__01.jpg

Foto: UTG Gardunha, os primeiros 25 km

· Equipa
 
ARCD VENDA DA LUÍSA
 
· Praticante de atletismo desde
 
Outubro 2019.
Sempre gostei de praticar desporto, em miúda, saltava ao elástico, jogava à apanhada, polícias e ladrões, eixo, "pónei catrapónei", gostava imenso de andar "uma volta" de bicicleta, mas o meu passatempo preferido era subir e descer o rio dos Mouros, pedra sobre pedra! 
 
Na adolescência, praticava karaté, fui federada em futebol 5 e adorava ginástica acrobática, pinos e pontes, salto mortal e cambalhotas!
Gostava de todos os desportos mas correr é que não!
Lembro-me que quando, em Educação Física, o professor mandava correr 15 ou 20 minutos para aquecimento, eu passava o tempo todo a apertar os ténis!
 
Em adulta comecei a frequentar o ginásio, nunca corri! 
 
· Modalidade de atletismo preferida
 
Trail Running
 

IMG_20191029_172456_803__01.jpg

Foto: trail Estrela Açor

· Prefere curtas ou longas distâncias
 
Médias (risos)
 
· Na atual equipa desde
 
Acho que meados de  2019, mas, como me inscrevi a meio da época, não fiquei atleta federada.
 
· Volume de treinos por semana
 
5, 6 ou 7...depende, se tenho provas, da vontade e da disponibilidade horária, se bem que mesmo com pouca disponibilidade horária acabo sempre por arranjar tempo para treinar. O importante é ter foco e vontade de evoluir. 
Os treinos além de nos fazerem evoluir, também nos proporcionam momentos de socialização, sim, porque, tento sempre correr em grupo! 
Não gosto de treinar sozinha! 
 
· Importância dos treinos
 
Sem dúvida que são muito importantes, nada se consegue sem empenho, dedicação e objetivos. 
Aprendi que o treino orientado nos faz evoluir e, sem dúvida, evita lesões.

IMG_20190225_191544_405.jpg

Foto: trail de Sicó 2019

 
· Se tem ou não treinador
 
Sim tenho, Raquel Carmo, a minha "Princesa" e o Tito! 
Como havia referido, comecei a correr muito recentemente, talvez em setembro ou outubro de 2018.
Fiz o meu primeiro trail em fevereiro de 2019, "Poiares 19 km".
Depois desse nunca mais parei:
Sicó 15 km
Piódão 12 km - primeiro pódio 2.a na geral feminina
Milagres 15 km
Pereira 15 km
Infante 17 km
Requeijão 15 km  no dia dos meus anos (13 de abril) - andei à procura de um trail para este dia e fiz o 2.° pódio
Azenhas 21 km
UTG (Gardunha) - foi o meu primeiro com a distância de 25 km, adorei! 
Castellum trail 25 km
Estrela Grande Trail 15 km (pódio)
Estrela Açor 22 km
4 estações venda da Luísa 13 km
Chicharro 12 km
Ladeia 28 km, que na verdade foram 30,800 km  (ficou perplexa) - foi a distância mais longa que fiz, estava fartinha de subir tanto monte: Germanelo, Jurumelo, credo! Foi uma prova muito difícil para mim e marcante, porque foi a última antes de me lesionar (revelou desalento) mas fiz pódio.
Em novembro de 2019, lesionei-me no trail "Caminhos do Diabo". Fiz uma contusão óssea no fémur. Estive parada 5 meses.
Esta lesão foi o caos para mim!
Depois de ter descoberto uma modalidade fantástica, o "Trail", depois de finalmente perceber que gostava de correr, tive de parar.
Não foi nada fácil, andei um mês de muletas, quatro meses a mancar. Após cinco meses de convalescença, entre médicos e fisioterapeutas, ressonâncias, medicamentos, infiltração, recuperei.
Em abril, comecei a pouco e pouco a treinar em casa, acompanhada online pela minha PT Raquel Carmo.
Fazia treino funcional, caminhadas, bicicleta e aos poucos comecei a correr.
Percebi que o treino deve ser acompanhado e orientado! Não pode ser só correr, temos de fazer Reforço muscular, Mobilidade, Core, Isometria par evitar lesões.
Desde essa altura que tenho PT e sem dúvida que evoluí. 
 

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Foto: trail de Ladeia, o mais longo até ao momento

 
· Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual
 
Não sei bem. Nunca tinha praticado esta modalidade, no entanto, acho que evoluiu bastante!  Ultimamente só se veem pessoas a correr, acho que está na moda! Também pode ser pela sensação de liberdade, sair para a rua e correr é uma sensação fantástica que só quem pratica percebe! Tantos meses em confinamento deu ainda mais vontade de ir para a rua correr!
 
· Histórias insólitas, curiosas ou inéditas
 
Quando fiz o meu primeiro pódio (risos)'
estava a chegar à meta e o speaker Hugo Águas começou a gritar "e aí vem a segunda mulher, aí vem ela" eu comecei a olhar para trás a tentar ver a mulher e não vi ninguém! Quando cheguei à meta, a mulher era eu. (risos)
 

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Foto: trail Oh Meu Deus 2021
 
· Aventura marcante
 
Sem dúvida o UTG Gardunha. Foram os meus primeiros 25 km, rodeada de uma paisagem fantástica, entre montes e cascatas, trepámos tanto (risos), andámos praticamente sempre de gatas! Nunca vou esquecer que encontrei um atleta sentado numa grande pedra a comer massa. (risos)
 
· Participação em prova mais longa
 
Ladeia 30,800 km 
 
· Objetivos pessoais futuros
 
Continuar a evoluir, em segurança, sem lesões e principalmente divertir-me, usufruir das paisagens maravilhosas que só o Trail proporciona! 
 
· Como vê o atletismo daqui a 5 anos
 
Se até aqui tem evoluído, acho que, a avaliar pela quantidade de atletas,  daqui a 5 anos irá ser reconhecido e quiçá até passará a estar nas olimpíadas!
 
· Como se vê no atletismo daqui a 5 anos
 
Vejo-me com 46 anos (perplexidade e incredulidade), mais experiente e quem sabe a fazer ultramaratonas.
Um ano de cada vez! 
Este ano estou a fazer o Campeonato Longo da ADAC e ATRP! 
 

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Foto: trail Encostas do Mondego 2021
 
· Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?
 
Na verdade, existem mais homens que mulheres a fazer Trail, no entanto, cada vez há mais adeptas femininas! Este ano, tenho visto muitas mulheres em provas e tende a aumentar! 
Quanto às longas distâncias, o homem sempre foi mais aventureiro, no entanto, há cada vez mais mulheres a superarem-se e a praticarem longas distâncias! Na equipa, temos várias guerreiras de longas distâncias.
 
· Existem diferenças de tratamento em relação aos homens?
 
Não vejo qualquer diferença! Não temos vantagens, nem privilégios!
Somos todos iguais e tratados como tal! 
 
. O que mudou com a pandemia?
 
Começaram mais atletas a correr, já que era a única hipótese de saírem de casa sem ser multados! 
Quanto às provas, temos de assinar um termo de responsabilidade em como não temos Covid e não começamos todos ao mesmo tempo!  Somos distribuídos em boxes de 10 pessoas e de 2 em 2 minutos! 
 
. Já participou em provas reais desde a pandemia?
 
Se já! 
Estava ansiosa por voltar aos trilhos! 
Depois da lesão, veio o confinamento e o cancelamento das provas.
Participei logo na primeira!
No VII Trilho de S. Tomé! 
 

2 comentários

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    João Silva 12.09.2021

    Dá gosto ver e dão um brilho diferente às provas e aos treinos. Fazem falta, senão é demasiada testosterona 🤣
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