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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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07
Set20

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Segue-se hoje uma entrevista a uma pessoa que se destaca pelo seu lado mais discreto, mas também por já saber muito da "poda". É simpático e parece andar nisto pela diversão e pela vitalidade que recebe em troca. No entanto, ao ouvi-lo falar, dá logo para perceber que o homem tem muito conhecimento...nestas andanças. 

Pois bem, é essa experiência andante que dá um prazer enorme absorver. 

O meu contacto direto com o Francisco é muito reduzido, mas sempre foi muito cordial e deixou-me satisfeito, confesso, o facto de ter manifestado interesse em saber a forma como treino no último jantar da equipa. 

Curioso o facto de termos entrado os dois na equipa ARCD Venda da Luísa no mesmo ano...e de termos começado a levar a corrida a sério em 2016.

Sem mais demoras, deixo-vos mais um testemunho interessante de um verdadeiro jovem muito experiente

 

  • Nome

Francisco António Coelho e Silva

Francisco_2.jpg

  •  Idade

58 anos

  • Equipa

ARCD Venda da Luísa

  • Praticante de atletismo desde

2016

  • Modalidade de atletismo preferida

Trail running

  • Prefere curtas ou longas distâncias

Os trails que mais aprecio são na casa dos 20 km mas esta época tenho corrido só trails curtos

  •  Na atual equipa desde

2018

Francisco_7.jpg

  •  Volume de treinos por semana

Em condições normais 5 treinos por semana, mas varia um pouco em função da disponibilidade pessoal

  •  Importância dos treinos

Sem se treinar de forma adequada não se obtêm resultados. É óbvio que nos podemos divertir correndo alguns quilómetros ao longo da semana e participando em algumas provas mais fáceis mas se pretendermos superar-nos e atingir os melhores resultados possíveis temos de treinar de forma planeada e com total dedicação. E não esquecer que treinar não é apenas correr. É necessário não descurar os alongamentos, treinos de força. 

Francisco_6.jpg

  •  Se tem ou não treinador

Tenho treinador desde finais de 2017, antes da minha primeira participação nos Abutres. Após algumas experiências anteriores em trails mais longos, decidi que necessitava de orientação para conseguir completar trails mais longos ou para fazer provas mais curtas em tempos competitivos para a minha idade e condições físicas.

  •  Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual

Não tenho grande experiência no atletismo no passado (fiz uma meia maratona nos anos 80) mas tenho a ideia que a grande diferença se relaciona com a popularidade do trail running que atraiu muitas pessoas para a prática do atletismo e que se reflete também numa participação mais alargada nas provas de estrada.

  •  Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

Na minha primeira participação no Trail da Serra da Freita, ia ali pelo meio do pelotão e ao chegar às eólicas, no abastecimento onde havia um controlo de tempo, vejo um grupo de corredores a aproximar-se fora do percurso. Eram os primeiros classificados que tinham sido enganados por uma voluntária e fizeram uma volta maior. Assim, durante alguns quilómetros fui correndo no meio dos atletas mais rápidos que me foram ultrapassando, praguejando contra a organização. Uns quilómetros mais à frente, já a andar mais que correr, integrei-me num grupo e comecei a conversar com uma pessoa que reconheci, não sabia de onde. Só quando vi o nome no dorsal o identifiquei. Era o Rui Quinta, que durante algum tempo foi treinador de futebol do FC Porto.

Francisco_5.jpg

Nos Trilhos do Luso-Bussaco de 2018, para não ter de me preocupar com a recolha do dorsal antes da partida fui na 6ª feira recolhê-lo à Mealhada, depois do trabalho, no regresso de Coimbra para Aveiro. No Domingo de manhã lá saio de casa, sossegado, com tempo mais do que suficiente para chegar o Luso, aquecer e fazer a prova. A meio caminho lembrei-me do dorsal. Tinha-o deixado em casa. Tinha tempo, voltei para trás, fui a casa e retornei ao caminho para o Luso. Chegar, estacionar o carro, ir para a zona da partida, acabei por sair 10 min depois da partida, no meio do pessoal da caminhada. Mesmo assim, fiquei em 176.º em cerca de 500 atletas que concluíram a prova dos 15 km e em 5.º no escalão.

  • Aventura marcante

A situação mais marcante foi num treino: ia isolado numa zona de pinhal quando me apareceu pela frente uma matilha de cães vadios. Tentei evitá-los e passar ao lado mas 2 cães começaram a correr atrás de mim. Parei e enfrentei-os. Não sei o que apanhei do chão para me defender mas, de imediato, eles pararam e voltaram para o grupo. Pude, então, afastar-me em segurança. Mais tarde avistei-os ao longe a vaguearem na zona onde treinava. Não voltei mais para essa zona de treino.

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  • Participação em prova mais longa

A prova mais longa foi o Trilho dos Abutres em 2019, no traçado do Campeonato do Mundo. Foi a minha única experiência num ultratrail (44 km). Aguentei-me bem nos primeiros 23 km mas depois tive de gerir o esforço até ao final.

  • Objetivos pessoais futuros

Se voltar o campeonato de trail da ADAC, vou tentar o pódio no escalão M55. Mas, neste momento o meu objetivo principal é poder voltar a correr com total liberdade e conseguir manter-me mais alguns anos em competição. Esta época tem sido marcada por lesões sucessivas e só muita perseverança me tem permitido manter a treinar e a competir.

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  • Como vê o atletismo daqui a 5 anos 

Penso que ultrapassada esta fase da pandemia, iremos ter um crescimento moderado nas provas populares de estrada e trail. Se os clubes e entidades do atletismo aproveitarem a popularidade do atletismo, poderemos vir a ter um aumento também no número de praticantes nas provas de pista.

  • Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Se as minhas condições físicas o permitirem, irei tentar estar a competir no circuito ATRP e participar em algumas provas internacionais. 

Francisco_8.jpg

 

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