Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Há coisas que sabem melhor num determinado contexto.
Com uma ou outra exceção, desde novembro de 2016 que procuro ter companhia auditiva nos meus treinos.
Começou por ser a música, mas rapidamente deu lugar aos muitos e variados podcasts.
Quando corro, levo sempre o telemóvel em alta voz. Correr de fones é um risco elevado em ambiente urbano. Gosto de ter noção do que me envolve.
Quando faço exercício físico em casa (reforço muscular ou bicicleta estática), também ouço podcasts. Mas já reparei várias vezes que ouço melhor e com mais atenção quando estou na estrada a correr.
Sim, num espaço com mais barulho e movimento, estou mais atento ao que ouço. Parece que me sabe muito melhor.
Também é assim convosco? Por que será que vos acontece?
Procurei na minha "base de dados" preferida, na página A pitada do pai. E encontrei!
Comecei por fazer para ela, logo, não provei, porque usei açúcar, mas ela disse que tinha gostado.
Daí a uns tempos, decidi refazer o pudim, mas em duplicado, para que pudesse ter um para comer. No meu, juntei sumo de clementina. Bem, que sabor fresquinho maravilhoso!
Na segunda tentativa para mim, subi um degrau e usei uma maçã ralada e canela. Fiz, pois, um pudim mais invernal.
Para mim, não há sabor que cheire mais a outono ou a inverno do que maçã e canela.
Resultado da experiência: ficou ainda melhor.
Pronto, chega de "suspense". Vou partilhar a minha versão do pudim.
Ingredientes:
300 ml de leite (ou bebida vegetal);
3 colheres de sopa de farinha maizena
1 maçã ralada
1 colher de sopa de canela
Preparação: tudo para o tacho, mexer bem e durante algum tempo. É normal que demore uns minutos (mesmo com fogo alto) e desligar assim que ficar espesso (percebe-se bem a diferença).
Levar 1 hora ao frigorífico e meter a colher... para comer...
Na imagem podem ver a versao de café do pudim. É maravilhoso. Ah, e o pudim também funciona bem só com duas colheres de farinha maizena.
O dilema já vêm de trás. Não é o meu caso, mas há muitas pessoas que pagam ginásio e agora há cada vez mais que preferem subscrever aplicações e seguir um caminho próprio. Este fenómeno é mais recente e terá tido o seu expoente máximo durante e depois da pandemia.
Não acho que seja uma decisão óbvia. Nem uma questão de trincheiras como agora se vê muito.
Onde me parece que começa o problema é quando se prometem sonhos inalcançáveis às pessoas. Mas isso passa-se nos dois polos.
A meu ver, o ginásio é toda uma experiência social, no sentido em que é mais do que mero exercício físico. Há um statu quo, uma espécie de elitismo associado.
Tem a enorme vantagem de disponibilizar diferentes ferramentas de treino. Permite uma grande progressão muscular. Oferece acompanhamento da evolução e ainda permite diversificação de modalidades. Outro grande trunfo é o contacto social. A aprendizagem através da partilha.
No entanto, o tal contacto social também funciona como uma feira de vaidades e, não poucas vezes, culmina em influências estúpidas de consumos de substâncias ilícitas. Além disso, se a camparacão permite aprender, também pode destruir a confiança.
Analisando agora as aplicações de uso "doméstico", vejo-as como elemento positivo de apresentação de diferentes exercícios, muitos deles sem recurso a aparelhos. Só com o peso do corpo (conhecido como bodyweight).
A diversidade de exercícios e de grupos musculares é tanta que o difícil é mesmo escolher.
O grande trunfo é fazer o que se quiser, onde se quiser, quando e como nos aprouver. Quem não tem horários disponíveis encontra aqui uma excelente forma de fazer o seu exercício.
A margem de progressão depende da disciplina de quem usa a aplicação. E é aqui que uma vantagem pode passar a desvantagem. Quem precisa de incentivos para fazer desporto vai ter problemas em encontrar motivação. Fazer desporto de forma solitária não é algo que todos consigam tolerar. Uma grande desvantagem é, pois, a ausência de contacto social. Neste caso, também aqui considero que a comparação (ou falta dela) pode ser boa e má em simultâneo.
Não sei já ouviram falar, mas a Freeletics é uma das aplicações mais completas em termos de exercícios para fazer de forma individual. Este site reúne métodos de treino, treinadores, planos específicos e vídeos, muitos vídeos de execução de exercícios. E por que venho eu falar nesta aplicação que não me encomendou qualquer sermão?
Porque usufruí muito da versão gratuita. Como tem vários níveis de exercícios, podemos escolher em função do patamar onde estamos.
Fazer exercício de forma autodidata é algo que requer muita disciplina e motivação, mas é algo que aconselho vivamente. Ainda assim, sou suspeito, porque gosto de ser eu a determinar os meus passos.
Muito antes de 2016, andei num ginásio. Conheço bem as duas vertentes. No entanto, por tudo, assumo claramente que gosto de ir buscar os meus exercícios e que gosto de fazer à minha vontade. Mas sem me enganar. Não vou atrás de sonhos cegos. Quis e quero ganhar massa muscular para poder correr melhor e para poder não ter um corpo flácido.
Há pouco tempo, deparei-me com um vídeo de um canal alemão onde fazem bem a distinção entre estes dois setores de exercício físico, que, na verdade, até se podem complementar.
O vídeo está em alemão, não sei se ajudará muito a que todos percebam o tipo de sonhos e de riscos associados aos dois polos. Seja como for, acho que vale a pena dar uma espreitadela.
Como reagiríamos se falhássemos um grande objetivo? E o que sente quem morre na praia por não ter chegado onde queria?
Uma das formas de motivação mais usadas no desporto e na corrida é a ação de imaginar o momento de cortar a meta. Portanto, projetamos o sucesso. E isso não está errado.
Mas imaginar a derrota e o momento em que falhamos também pode ser muito importante para valorizarmos as conquistas e para compreendermos os outros.
É fácil criar empatia com coisas ou pessoas boas. Com aspetos negativos nem tanto.
Não defendo uma espécie de espiral negativa. Mas pormo-nos na pele do outro e imaginar como reagiríamos perante o insucesso são duas ferramentas muito importantes no desporto e na vida.
P. S.: Reli este texto propositadamente num dia em que recebi uma notícia de um projeto fracassado. Soube bem ver que, de certo modo, me preparo para lidar com isto com normalidade. As decisões que tomamos aproximam-nos mais ou menos do caminho que queremos seguir. Assim foi. No futuro saberei se isso teve um propósito.
Esta receita foi daquelas que fiz para o Mateus e que passaram a fazer parte do cardápio.
Basicamente, são uns belos croquetes ou uns maravilhosos pastéis de "bacalhau" mas feitos com pescada, batata doce, cebola, sal, azeite, pimenta, ovo e "panados" com linhaça.
Depois de cozerem e de desfilarem a pescada, cozem a batata doce na mesma água, escorrem e misturam todos os ingredientes numa taça.
No fim, panam com a linhaça (ou pão ralado). Nunca tinha panado com a dita linhaça, mas confesso que fiquei fã.
Aqui encontram as indicações mais precisas e a fonte original da receita:
Na verdade, a segunda escolha também já tinha sido boa. Só que a necessidade de mais luz e mais alcance fizeram-me procurar um frontal melhor.
Além destes dois fatores, também era importante ter um equipamento que desse para carregar na corrente.
Com o outro, andava a gastar imensas pilhas.
Assim, lá me decidi pelo Forclaz Trekk 500.
Foi uma excelente escolha, devo dizer. Tem um alcance máximo de 60 metros, quatro níveis de luz para as diferentes situações e ainda permite um ajuste na cabeça. Assim, pode apontar mais para a estrada ou para a frente.
Para quem, como eu, corre muito de noite e fica sem luz pública (este frontal é também ideal para trail) em alguns casos e pretende uma escolha barata (custava 20 euros), este Forclaz é maravilhoso:
Falo do relógio e do ato de o parar ou não quando há necessidade de parar a corrida, por exemplo, devido ao "chamamento do corpo".
Bem sei que nas provas o relógio não pára. Logo, por aí, seria melhor se o fizesse também em treinos.
Acontece que gosto de treinar o tempo exato que programo.
Se estipulo 1h30 de corrida, pelo menos, tem de aparecer 1h30 no mostrador do relógio GPS. Não aceito ter programado 1h30 e ter perdido 5 ou 10 minutos em pausas (já aconteceram infortúnios nessa ordem).
Importa também depois saber lidar com isso em provas.
Aí o método para tudo correr bem é treinar bem o corpo para não haver necessidade de paragens.
Quando estipulam tempo de treino, também têm de o fazer na totalidade ou separam as pausas?
Sempre foi este o meu lema para fazer exercício físico desde novembro de 2016.
Já falei na minha vontade de ver uma oportunidade em tudo.
Desta feita, foi uma simples compra numa loja, a The Flying tiger.
Uma "bola hexagonal". Uma espécie de dado com várias faces onde estão escritos tipos de exercícios (em inglês) e as respetivas repetições.
E nem precisamos de materiais adicionais. Só do corpicho.
E assim sendo, mesmo para quem não tem planos de reforço muscular, é uma forma "divertida" de não estar parado, de fazer algo pelo corpo. Alguém concorda?
No fundo, este conceito diz respeito ao ato de provocar algum cansaço no organismo antes de um treino específico de corrida.
Como se sabe, o treino gera cansaço e o cansaço leva ao progresso, quando aplicado nas devidas proporções, porque vai obrigar o corpo a regenerar e esse processo vai melhorar a condição do corpo.
Em alguns treinos de velocidade, por exemplo, já numa fase próxima de uma maratona (cerca de um a um mês e meio antes), pode dar uma grande ajuda, para manter a tensão necessária e não fazer o corpo relaxar.
No entanto, por se tratar de um treino que gera treino intenso em dose dupla, é preciso fazê-lo com calma.
Um exemplo disso seria um treino forte de reforço muscular (de glúteos ou coxas) seguido de um treino fracionado de velocidade como 10 x 1'5''/1'5''. Aqui é preciso dar descanso. Talvez um mínino de 24 a 36 horas. Caso se treine, corrida, por exemplo, é importante fazê-lo a um ritmo muito lento.
Nem sempre vi isto desta forma, mas percebi que a melhor forma de evoluir é olhar para dentro e perceber o que fiz mal, onde errei. Porque é isso que me vai fazer evoluir.
A solução começa no momento em que reconhecemos o que fizemos mal.
Claro que isto dói, porque não há filtros para nos proteger. É um pouco como ser ateu (algo que sou): não há a barreira da crença num Deus para ajudar nos momentos de aperto.
Sermos honestos connosco é o mínimo que podemos fazer pelo nosso bem e pelo bem de quem nos rodeia.
Isto aplica-se a tudo!
Indo para o assunto deste blogue, no fim das provas, procuro fazer uma análise dura. Nunca é imparcial e tem muito de injusto porque se cria a ideia de que nunca nada chega. É um pouco como a procura da perfeição! Isso também não corresponde à verdade. É preciso juntar autocompaixão e contextualização. Isso foi algo que ganhei ao longo de 2023.
Mas é a olhar dessa forma que consigo identificar onde errei e como posso mudar. Se sei que posso mudar, não vivo enganado nem iludido. Isso já me ajudou no regresso aos treinos de velocidade, em alguns cortes alimentares e na implementação de treinos de reforço específicos.